Hermano Penna
Trinta anos se passaram desde que “Sargento Getúlio” (1983) transformou o (então estreante) cearense Hermano Penna em uma das maiores promessas do cinema brasileiro. Depois de viajar por 20 festivais internacionais, uma leva de 32 prêmios celebrizou a adaptação do romance homônimo lançado em 1971 pelo baiano João Ubaldo Ribeiro e que, até hoje, jamais saiu em DVD. Tudo começou por Locarno, na Suíça, em cuja mostra Penna ganhou um prêmio especial de direção, empatado com um cineasta negro americano estreante, um certo Spike Lee, laureado por “Joe’s Bed-Stuy Barbershop: We cut heads”. Ali foi o pontapé de uma carreira ascendente, que ao longo de três décadas jamais repetiu o mesmo feito. Mas ela agora esboça uma retomada, com um longa novo, já finalizado: “Aos ventos que virão”, com Rui Ricardo Dias (de “Lula, o filho do Brasil”). Sua ambientação é similar à do faroeste caboclo com Lima Duarte, que, nos anos 1980, conquistou cinco Kikitos em Gramado e fez História como um painel das sequelas do Estado Novo, ao ser lançado no fim da ditadura militar.
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