Vladimir Brichata e Walmor Chagas
Por Blog da Maria Preta
Bernard Attal, dedicou o prêmio ao povo da Região Cacaueira da Bahia.
"A imagem que guardo do Walmor Chagas é o riso dele. E isso é ainda muito forte", recordou no debate de sábado (17) do longa A Coleção Invisível um dos filmes premiados do Festival de Cinema de Gramado, o francês Bernard Attal, último cineasta a dirigir o ator, morto em janeiro, aos 82 anos e homenageado na noite de premiação do evento com o Kikito de Melhor Ator Coadjuvante.
"Eu era muito fã do Walmor, mas foi o último papel que eu escalei. Eu nem sabia se ele ainda trabalhava, porque fazia tempo que não saía nada dele no cinema", continuou o diretor, que rodou o longa na Bahia, em 2011. "Mandei o roteiro para ele, ele gostou, então fui buscá-lo no sítio (onde Walmor morava, no interior de São Paulo), algo bem comparável à viagem de Beto”, declara Attal.
“A Coleção Invisível”, filme do baiano-francês Bernard Attal,apresenta Vladimir Brichta pela primeira vez como protagonista e Walmor Chagas em seu último longa-metragem. Baseado em conto homônimo do austríaco Stefan Zweig, estreia no dia 06 de setembro em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. O longa recebeu o Prêmio de Melhor Filme no Fest-In de Lisboa. Em Gramado, além do prêmio para Chagas o filme também levou Atriz Coadjuvante para Clarisse Abujamra e Melhor Filme, pelo juri popular, Bernard Attal dedicou o premio ao povo da Regiao Cacaueira da Bahia.
A produção mostra a trajetória de Beto (Vladimir Brichta) quese aventura pelo interior da Bahia em busca de uma coleção de gravuras raras, para resolver a crise financeira da loja de antiguidades da família. Ao longo da viagem, encontra Samir (Walmor Chagas), o colecionador, e a sua família arruinada pela decadência das plantações de cacau. O encontro o faz mergulhar na própria historia familiar e mudar sua visão do mundo.
O filme tem como cenário as plantações de cacau do Sul da Bahia, paisagens que Attal, apaixonado por literatura, conheceu nos romances de Jorge Amado. O cineasta percorreu a região cacaueira durante muito tempo, entrevistando as pessoas que tinham vivido no esplendor da “época de ouro do cacau”, as viagens deram origem ao premiado documentário “Os Magníficos” (2009), e agora inspiraram “A Coleção Invisível”. Cenas inéditas serão disponibilizadas no canal do filme no YouTube.
O roteiro de“A Coleção Invisível” é inspirado no conto homônimo do Stefan Zweig. Refugiado no Brasil no final dos anos trinta, após o avanço do nazismo, Zweig é também o autor da obra “Brasil, país do futuro”.
A Coleção Invisível será lançado em Setembro, nos cinemas.
Sobre o diretor – O baiano-francêsBernard Attal dirigiu três curtas-metragens, “29 Polegadas”, “Ilha do Rato”, “Um Passeio de Bicicleta”, e “Os Magníficos”, um documentário para a TV Pública Brasileira. Todos os filmes participaram e ganharam prêmios em Festivais ao redor do mundo, incluindo Palm Springs, Londres-BFI e Clermont-Ferrand.
A COLEÇÃO INVISÍVEL
Diretor:Bernard Attal
Elenco: Vladimir Britcha (Beto), Walmor Chagas (Samir), Ludmila Rosa (Saada), Conceição Senna (Dona Iolanda), Clarisse Abujamra (Dona Clara), Frank Menezes (Néemias), Wesley Macedo (Wesley) e Paulo-César Pereio (locutor de rádio).
Duração: 89 min
Classificação indicativa: 14 anos
Distribuição: Pandora Filmes
Sinopse - Beto, um jovem sem rumo, atravessa uma crise pessoal e financeira que o leva a viajar pela região cacaueira. A partir do encontro com um velho colecionador de arte, mudará definitivamente sua visão de mundo. Entre o jovem Beto e Samir, um intervalo de tempo se interpõe e se completa, Beto irá descobrir um segredo guardado no tempo e Samir o fará reencontrar-se com sua própria história familiar.
Trailer:
Fonte Kalik Produções Artísticas