Florisvaldo Rodrigues
( O MARQUÊS DA SERRA PRETA )
Em um certo lugar não muito distante da sede do municipio. No povoado de Duas Vendas, onde há o cemiterio no meio do povoado. Tendo ruas de um lado e do outro, comercio, residências, escola e até igreja. Tudo junto. (no meio do cemiterio existe um poço artesiano que abastece a comunidade) Na porta do cemitério tem um butéco, do seu Manoel do bigode. Que tem tambem a sua clientela. Dentre eles, figuras como o Zé de Naninha que tem horário marcado todos os dias, na mesma hora ele chega e pede para o seu manoel uma talagada de pinga, depois sai na porta do cemitério, que fica em frente, e diz para os defuntos: defuntada, é servido tomar uma? Os defuntos não responde, ele gola o copo. O seu manoel, católico e respeitador dos mortos, chamava ele sempre atenção. E ele dizia: Ta tudo certo. Ta tudo certo. Todo mundo aí é meu amigo. E isso durou muito tempo, ele fazendo isso todo dia, sem falta. Eis que, numa dessas, apareceram uns estudantes no cemiterio no mesmo horario da sua cachaça e apreciou toda sua prosopopeia com os defuntos... Aí então resolveram pregar uma peça no Zé de Naninha, combinados com o seu Manoel do buteco. Foram em casa e pegaram Lençóes brancos, fizeram furos nos olhos, e se esconderam nas sepulturas para espera-lo no outro dia. No mesmo horario, foi batata, chegou o Zé de Naninha, pediu uma cachaça para o seu Manoel, foi à porta cemetrio e disse: Saúde defuntada, vamo tomar uma? Os estudantes levantaram de Lençóis brancos na cabeça e pau nas maõs, gemendo uuuuuuuuuu e agarraram o Zé com copo e tudo e jogaram pra dentro cemiterio, deram lhe uma sova de cacete das boas, e sairam gemendo novamente uuuuuuuuuu se escondendo no cemitério. O Zé foi socorrido por seu manoel e levado para fazer curativos. No outro dia, no mesmo horario quem aparece no boteco, todo cheio de esparadrapo e mercurio cromo, perna e braço machucado... O Zé de Naninha... E pediu outra pinga. O seu Manoel do Bigode que lhe disse: voce foi avisado, mas não quis ouvir... por isso ta todo quebrado. Ele respondeu: “Ta tudo certo. Ta tudo certo! "O que não ta certo é enterrar defunto com pedaço de pau na mão." Bebeu a pinga, mais uma vez, e nunca mais ofereceu cachaça aos defuntada.... Moral da historia: "Pobre do zé, até hoje não sabe que foi vitima das crendices do seu Manoel do bigode, e da traquinagem dos estudantes." ...
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