AGRONOMIA.
Por Allan de Kard
As Ciências Agronômicas são de uma beleza indescritível, é claro exemplo da inteligência humana agindo em favor do progresso da humanidade, na medida que desvenda os segredos dos recursos naturais postos a disposição do homem no trânsito pelo vida, onde consolida os propósitos Divinos na marcha ascencional. Na sua infância, a diminuta humanidade terrena colhia os frutos e outros recursos oferecidos pela natureza para sua sobrevivência. E para tal perambulava aqui e alí, numa busca frenética e inesgotável, sobrando-lhe escasso tempo para quaisquer outras atividades que não fossem a busca por comida, assemelhando-se muito com os demais representantes do Reino animal. A necessidade o conduziu ao abandono do hábito nômade em favor do Sedentário. E agora os desafios eram de outra natureza. E a inteligência humana posta a serviço do progresso, fez nascer a observação criteriosa dos fenômenos Naturais, como regime de chuvas, as estações propícias para o cultivo, a descoberta de vegetais adequados ao cultivo, a domesticação de animais e consequente aproveitamento de suas aptidões específicas. Mais tarde o mergulho profundo no conhecimento da intimidade dos solos, com a identificação dos macro e micronutrientes essenciais a vida vegetal, esmerou-se no controle de pragas e doenças que ameaçavam o cultivo. Daí nasceram as pequenas aldeias que por fim se transformaram em grandes cidades, consolidando a Exuberância do homem na Terra. E quando Maltus no século XVIII, Afirmou categoricamente, na sua visão pessimista, que haveria uma fome destruidora da raça humana, mais uma vez a Ciência Agronômica, veio em socorro da humanidade, com seus recursos infindáveis, vencendo o monstro devorador da fome. Me orgulho em um dia ter sentado nos bancos escolares, para estudar os princípios desta maravilhosa ciência, e tais conhecimentos agora me são muito úteis, no enfrentar os enormes desafios de transformar o solo árido e improdutivo em um belo jardim. Vitória da Conquista, local onde a Providência Divina me colocou, com vistas ao exercício continuo da aprendizagem, encontra-se geograficamente no ponto que separa a outrora exuberante Mata Atlântica, e o bioma da Caatinga, numa zona de transição denominada Mata de Cipó. E é aqui que me encontro, diante de um solo árido, desgastado por décadas initerruptas de exploração extrativistas, sem quase nenhum cuidado de conservação e reposição dos elementos essenciais a vida vegetal, acrescido da baixa precipitação pluviométrica, constituindo-se num quadro desafiador que certamente faria desistir competentes profissionais da área. Uma inexplicável força interior me empurra em direção aos grandes desafios, assim aqui estou, um mero Operário das Artes, carente dos grandes conhecimentos dos homens habilitados, para vencer este desafio. FORTITUDO ET FIDES, ( Coragem e Fé) esta é a frase que define o Museu de Kard, e que estará inscrita no frontão da galeria da Pirâmide. A Coragem é a Resistência Moral que se tem ante os desafios, e Fé, nada mais é que a certeza que se tem de uma Realização. Na minha pequenez e insuficiência, procuro cultivar diuturnamente ambas. Só assim poderei vencer todas as adversidades que me são postas. Allan de Kard, inverno de 2023
Depois
A mesma área em dois tempos. No primeiro o encontro com a aridez do solo, no segundo o resultado prático da ação persistente e direcionada nas realizações que projetamos em nossas vidas. Essa é mais uma performance nos mais variados campos do saber, as quais me propus exercitar. Pois a Arte é também a arte de saber viver, transformando para melhor o mundo a nossa volta
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