Carta Aberta ao MINC sobre a inclusão das Associações locais no G20 da Cultura
Prezada Sra. Margareth Menezes - Ministra da Cultura;
Prezada Sra. Joelma Gonzaga - Secretária do Audiovisual;
Prezado Sr. Francisco Szabó C. Guerreiro- Chefe de Gabinete da Ministra;
Prezado Sr. Carlos Paiva - Assessor Especial da Ministra
Prezada Sra. Roberta Cristina Martins - Secretária dos Comitês de Cultura;
Prezado Sr. Bruno Melo - Assessor Especial de Assuntos Internacionais
Nós, profissionais do audiovisual baiano, manifestamos nossa preocupação e descontentamento com a ausência de representantes das Associações do Audiovisual Baiano no G20 da Cultura, realizado na Bahia e com um enfoque central no desenvolvimento do setor audiovisual.
Questionamos o Ministério da Cultura (MINC) o motivo de nenhuma associação local ter sido convidada a participar deste evento de grande relevância, que acreditamos devesse refletir um compromisso com a inclusão e a diversidade das vozes regionais. A Bahia, que historicamente contribui de forma expressiva para a identidade cultural e artística do país, deveria ver seus profissionais e associações de audiovisual contemplados em discussões tão cruciais para o futuro da indústria cinematográfica.
A importância do diálogo entre países internacionais e produtores e agentes do audiovisual local é fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico do setor. Ao abrir espaço para a troca de experiências, conhecimentos e oportunidades de co-produção, esse intercâmbio fortalece a indústria local, possibilita o acesso a novas tecnologias e metodologias, e cria redes de colaboração que favorecem tanto a circulação de conteúdos quanto a geração de emprego e renda. Além disso, parcerias internacionais trazem visibilidade global para produções locais, promovendo uma valorização cultural que amplia o alcance de histórias e talentos regionais. Esse diálogo contribui diretamente para o crescimento sustentável do setor audiovisual, diversificando fontes de financiamento e promovendo uma economia criativa inclusiva e dinâmica.
Portanto, uma participação efetiva das associações agregaria valor às discussões e traria perspectivas diretamente ligadas à realidade crescente do mercado internacional, que para inserção nacional, também precisa dialogar com agentes regionais e realidades locais. Assim, criticamos e defendemos um espaço mais democrático e representativo, onde o desenvolvimento do audiovisual brasileiro possa ser amplamente discutido por todos os que trabalham e fortalecem o setor.
Cordialmente,
FEAB- Fórum das Entidades do Audiovisual da Bahia
- APC - Associação de Produtores e Cineastas da Bahia;
- AUTORAIS - Associação de Autores Roteiristas da Bahia;
- CONNE – Conexão Audiovisual Norte, Nordeste e Centro Oeste
- APAN – Associação de Profissionais do Audiovisual Negro
- GAMA - Associação de Games e Animação
- SASB - Associação do Setor Audiovisual do Sudoeste Baiano
- AVIBA - Articulação Audiovisual do Interior da Bahia
- Exibidores Independentes de Salvador
- Coletivo Setorial Audiovisual de Ilhéus
- Rede Cineclubistas nas Escolas;
- União dos Cineclubes da Bahia;
- Cineclube Mocamba;
- Cineclube Anandamida;
- Cineclube Viola, Eunápolis-BA.
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