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segunda-feira, 16 de outubro de 2023
O SEGREDO DA PIRÂMIDE
quarta-feira, 7 de junho de 2023
CONSCIÊNCIA E AÇÃO ECOLÓGICA.
CONSCIÊNCIA E AÇÃO ECOLÓGICA.
Por Beto Magno
Mesmo não me encontrando em tempo pleno em Vitória da Conquista, não deixo de observar os movimentos construtivos e edificantes de nossa amada Cidade. Tive a oportunidade de observar o que pouca gente notou. Na providencial revitalização da Lagoa das Bateias promovida pela Prefeita Sheila Lemos, com a limpeza completa, restabelecendo a visão da lâmina d'água, proporcionando para o cidadão conquistense um belo espaço de lazer. Isso certamente todo mundo notou.
O que quase ninguém sabe é da sacada genial da secretária do meio ambiente, Ana Cláudia, que está utilizando o espurgo da lagoa, material riquíssimo em macro e micro nutrientes, para revitalizar um solo degradado no Museu de Kard, uma vez que esse material seria descartado, é sem dúvidas uma saída muito inteligente, dando ao mesmo uso pratico.
sexta-feira, 8 de julho de 2022
Depoimento Museu de Kard - Eugênio Avelino (Xangai) Secretário de Cultur...
Neste depoimento sobre o Museu de Kard, o Secretário de Cultura e Cantador Xangai ( Eugenio Avelino ) fala sobre sua emoção e encantamento com o museu, convidando a todos para uma visita, localizado em Vitória da Conquista, na Bahia.
terça-feira, 16 de novembro de 2021
COMEMORAÇÃO AOS 100 ANOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922
Título: Café Di Cavalcanti Técnica: Acrílica sobre painelAno:2021Dimensão: 174 x 120 cmArtista plástica: V. Vidigal
Di Divalcanti
No ano de 1954, o artista plástico Emiliano Di Cavalcanti criou, com exclusividade para o Instituto Brasileiro do Café, IBC, cartaz que enaltecia o café do Brasil.
Em fevereiro próximo, comemoramos o centenário da Semana de Arte Moderna.
Minha contribuição foi criar esta releitura da obra de Di Cavalcanti – tributo ao grande artista e um dos principais idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Minha homenagem, de forma bem brasileira: acrescentei, na parte inferior, detalhes da bandeira brasileira e do símbolo do IBC.
Di Cavalcanti ( *1897 - +1976 )
Valéria Vidigal (1968...)
A releitura de arte é a criação de uma nova obra sem se desviar por completo do original, é um exercício de conhecimento e criatividade, recheado de alta intelectualidade.
domingo, 6 de junho de 2021
VITÓRIA DA CONQUISTA E A GERAÇÃO QUE VIVEU TUDO...
De volta a Vitória da Conquista, sua terra natal, mergulhou nos estudos. Em seu escritório - home office - fez grandes descobertas e reflexões: ouvia músicas de excelente qualidade (amava as rádios russas e americanas), fazia cursos por correspondência, escrevia crônicas e artigos para jornais, etc. Cinéfilo pesquisador e filósofo, Mamola contribuiu imensamente para cultura de Vitória da Conquista. Foi membro junto com seu irmão, do "Magnatas" um time de futebol e um grupo onde reuniam inúmeros amigos que alegravam e davam vida a cidade. Um figura folclórica desta terra!
Wilton era um homem que, na juventude, viajou muito pelo Brasil e pelo mundo. Teve a vida desregrada com seus horários, sim! Mas, a partir de uma certa idade começou a ser disciplinado e religioso, ficou mais recluso, resumindo a sua vida social à pouquíssimos amigos e frequentando apenas poucos estabelecimentos, como a Chame Chame, mercearia Gloria e o bar do Paulinho - onde ia com mais frequência. Mas, como era uma figura notívaga, atendia os amigos nas madrugadas e cotidianamente conversava com professores universitários, médicos, jornalistas, boêmios, filósofos, filólogos e qualquer um que o procurasse em sua casa. Tínhamos longos papos ao telefone durante toda a madrugada, como era proveitoso!
Além de inúmeros fatos e episódios inusitados e engraçados, eu mesmo pude presenciar inúmeras facetas deste grande representante da cultura, da sociedade e da produtividade cultural conquistense, chamado Wilton Amorim, o nosso Uita “Mamola”.
Eu cheguei a homenageá-lo em 2002 fazendo um singelo filme curta metragem para ele o “MEMÓRIAS DE UM PERDULÁRIO ”. Uita era uma pessoa extraordinária e única sob todos os aspectos. Vai ser impossível encontrar outro “Mamola”, até no nome ele foi diferente...Uita Mamola...muito mais do que Wilton Amorim... quem é Wilton Amorim perto de “Uita Mamola”? Ele foi dois e para sempre será. Sabe-se lá onde estão agora.
Beto Magno.
VM FILMES.
sábado, 29 de maio de 2021
MORRE, AO 85 ANOS, O DIRETOR DE CINEMA MAURICE CAPOVILLA, ( Capô )
A nota triste deste sábado (29) é a morte de Maurice Capovilla, aos 85 anos, em decorrência de uma doença pulmonar. Capô, como todo mundo carinhosamente o chamava no meio cinematográfico, foi diretor de talento. Entre seus vários filmes, destacam-se documentários como Subterrâneos do Futebol (1965) e ficções como Bebel, Garota Propaganda (1967), O Profeta da Fome (1970) e O Jogo da Vida (1977).
Teve também extensa carreira como produtor, ator e docente de cinema. Trabalhou no projeto original do Instituto Dragão do Mar, núcleo cinematográfico criado pelo governo do Ceará, em Fortaleza, uma fugaz fonte de inspiração para o nosso cinema.
Bebel, Garota Propaganda é adaptado do romance de Ignácio de Loyola Brandão, e O Jogo da Vida, de Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio. São filmes muito bons.
Talvez seu trabalho mais marcante e original seja o incisivo, estranho e corrosivo Profeta da Fome, estrelado por ninguém menos que José Mojica Marins, o Zé do Caixão. O personagem vive de exibir-se como faquir e acaba, involuntariamente, por criar uma seita, na qual seria o guru e salvador. Mas o espírito iconoclasta da figura tão bem interpretada por Mojica impede a seita de prosperar.
Na avaliação da obra de Capô, o crítico hesita em colocar Profeta da Fome ou Subterrâneos do Futebol como a obra-prima do diretor.
Subterrâneos, com seu corte sociológico, talvez ainda a melhor radiografia do nosso esporte mais popular. Esporte, por falar nisso, ao qual Capô sempre esteve muito ligado, tendo passado perto de se tornar atleta profissional em sua juventude, quando saiu de sua Valinhos natal para treinar no Fluminense. Vale rever esse filme.
Fonte: ISTOÉ GENTE
quinta-feira, 27 de maio de 2021
VADINHO BARETO ( PROJETO QUINTAS DE MAIO ) VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA
Vadinho Barreto
Conheci Vadinho Barreto durante um show dele, numa noite de 1985, no "Cascas Bar". Ao fim do show seguimos pra Uma "esticada" na noite, paramos no "Massa Rara"... Estávamos eu, uma namorada minha, Nenê ( Carlos Zepelim ), Vadinho Barreto, seu empresário e alguns novos amigos que acabamos de conhecer no ultimo bar. Todos juntos, na farra, numa camionete que eu tinha! Foi a primeira de várias que estavam por vir! Lá no "Massa Rara", inevitavelmente. Vadinho teve que da uma canja...Ah, a festa estava só começando! Foi uma noite inesquecível! Depois não parou mais...lá estávamos nós, Eu e Vadinho... por varias vezes entre canjas e goles nas maravilhosas noites frias de Vitória Conquista, no "Dose Dupla", no "Taquara Drink Som", "A Chácara," "Portugal", "Boate Cafezal", "Boate Carrascão", "Ali Bar", "Cio da Terra", "Saloon", "Mistura Fina"," Bar Cai 1" "Bar Cultura", "Acalanto", "Mocófaia", "Raízes, Luar do Sertão", "Bareta", "Esquina de Massú", "Luar", "Largo da Carioca", "Barão Bar", "Scala", "Bar do Sabino", "Castelo do Vinho", "Privê dos curtidores", "Bar Doce Bar", "Panela de Barro", "Arnaldo's", "Ponte de safena", Ali Bar", "Primavera". Antes não havia lojas de conveniência então o point dos notívagos, boêmios e poetas eram: ( Bareta, Bar 24 horas e um tal Brasa de Ouro). E muitos outros que de tanto tempo já me falha a memória . Em cada lugar desses pude ver meu amigo cantar, sorrir, poetizar e, assim, a minha admiração por este artista obstinado pelo ofício de cantar foi crescendo. Hoje, assisto ao resultado de tanto talento e determinação concretizado no seu projeto QUINTAS DE MAIO que de forma pungente apresenta e revela os grandes nomes da MPB Nacional e Regional. Sempre no A.A.B.B e no aconchegante "Cultura Bacana".
Parabéns, Vadinho Barreto, pelo esforço, dedicação e empenho pessoal para manter e sustentar um projeto artístico-cultural dessa magnitude por longos 16 anos só com muito empenho e apoio de grandes parceiros. E você sempre com alegria, garra e vontade conseguiu cair nas graças da sociedade Conquistense, profissionais liberais, empresários e o próprio poder público. Sem contar os inúmeros artistas geniais que nossa cidade oferece.
Eis aqui um fã de seu trabalho e de sua arte.
Beto Magno.
( VM FILMES ).
domingo, 16 de maio de 2021
MEMÓRIAS DE UM PERDULÁRIO ( O FILME )
sábado, 15 de maio de 2021
quarta-feira, 5 de maio de 2021
WILTON AMORIM (MAMOLA)
domingo, 4 de abril de 2021
DR. CLOVIS ASSIS (1945/2021)
segunda-feira, 22 de março de 2021
HERZEM GUSMÃO
domingo, 28 de fevereiro de 2021
HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO
Menos de um ano depois dos irmãos Lumière fazerem uma exibição em Paris, aconteceu a primeira exibição de cinema no Brasil, que ocorreu na cidade maravilhosa. No ano seguinte a primeira sala de cinema é inaugurada pelo imigrante italiano Paschoal Segreto, também no Rio de janeiro. As primeiras filmagens em terras tupiniquins aconteceram por conta de Afonso Segreto que filmou em 1898 na Baía de Guanabara e no ano seguinte em São Paulo, durante a celebração de unificação da Itália. No próximo ano, o italiano Vítor di Maio abre a primeira sala de cinema em São Paulo. Nessa mesma época, passou-se a rodar vários filmes sobre o cotidiano carioca.
Os primeiros 10 anos foram mais difíceis por conta do envio de fitas e pela precariedade da energia elétrica, mas, em 1907, com a inauguração da usina hidrelétrica de Ribeirão de Lages tudo melhorou e passou-se a exibir muito mais filmes. O repertório não era muito diferente do resto do mundo. Não existiam ainda uma ampla variedade de filmes. Depois da hidrelétrica parece que algumas coisas passaram a mudar pelo Brasil. Antônio Leal, produziu o primeiro filme de ficção brasileiro, com 40 minutos de duração em 1908. Nesse mesmo ano, mais de 30 curtas e médias metragens foram produzidos, foi ai que começaram a surgir os primeiros atores de cinema, alguns vinham do teatro como Adelaide Coutinho, Abigail Maia, Aurélia Delorme e João de Deus.
Quando tudo parecia estar evoluindo no cinema nacional acontece a Primeira Guerra Mundial, isso faz com que o fornecimento de matéria-prima seja interrompido e as produções acabam por paralisadas. Entre 1912 e 1922 por exemplo, produziu-se apenas em torno de 60 filmes no Brasil, predominando o gênero documentário. Nesse mesmo período, em 1911 Francisco Serrador compra salas de exibição por todo o Brasil porém, sua política de exibição de filmes estrangeiros termina por enfraquecer o cinema nacional. A partir de 1915 é produzido um grande número de fitas inspiradas na rica literatura brasileira, como “Inocência”, “A Moreninha”, “O Guarani” e “Iracema” e o italiano Vittorio Capellaro é o cineasta que mais se dedica a essa temática. E em 1917 foi produzido "O Kaiser", do desenhista Seth, a primeira animação brasileira.
Nos anos 20, o Brasil passa a se tornar um dos maiores importadores de filmes americanos, mesmo assim o país vive uma expansão e produz cerca de 120 novos títulos, as produções ocorrem principalmente em Minas Gerais e Pernambuco, com destaque para Edson Chagas e Gentil Roiz. Outro fato importante da década de 20 é o filme "Noite de São João", de Francisco de Almeida Fleming, que surpreende por apresentar um processo de colorização manual.
A década de 30 exibe filmes sonoros e mudos e as produções com som são geralmente voltadas ao estilo carnavalesco, nesse momento atores de rádio passam a atuar também no cinema, é bem nessa época que o Brasil conhece o talento de Carmen Miranda, que em 1933 faz sua estreia em "A Voz do Carnaval", de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro. Em 1930 é criada por Gonzaga a Cinédia, o primeiro grande estúdio cinematográfico do país e em 1936 o Instituto Nacional do Cinema Educativo, por Roquete Pinto. Depois de Francisco Serrador exibir só filmes estrangeiros, é decretada uma lei em 1939, que impõe uma cota mínima de exibições de filmes nacionais.
As chanchadas, primeiro gênero de filmes criado no Brasil, ganham destaque nos anos 40. Em 41, é criada por Moacir Fenelon e José Carlos Burle, a Atlântida, que produz filmes de baixo orçamento se associa ao exibidor Luís Severiano Ribeiro para garantir espaço e promover o desenvolvimento industrial do cinema brasileiro. Dois anos depois, estreia "Moleque Tião", dirigido por Burle com Grande Otelo como protagonista, primeiro filme da Atlântida. Em meados da década de 40 a Atlântida se consolida como maior produtora brasileira. São produzidos 12 filmes e é em 44 que Oscarito e Grande Otelo atuam juntos pela primeira vez. Em 1947 a produtora passa a ter Luis Severiano Ribeiro Jr. como sócio majoritário. Isso faz com que as chanchadas tornem-se marcas registradas da companhia. Alguns filmes sobre problemas sociais também não produzidos, mas não fazem tanto sucesso com o público.
Os anos 50 começam com duas produções musicais de Watson Macedo “Aviso aos Navegantes”, em 1950, e “Aí Vem o Barão”, em 1951 e com isso consolidou-se a dupla Oscarito e Grande Otelo, grande fenômeno de bilheteria para o cinema no Brasil, lembrados até hoje. Em 1953 tem-se o primeiro filme nacional em cores, "Destino em Apuros" de Ernesto Remani. Também tem o primeiro filme brasileiro ganhando Festival de Cannes "O Cangaceiro". Além disso, acontece o surgimento do jovem Carlos Manga com seu primeiro filme "A Dupla do Barulho". Manga se destaca por dominar as técnicas e pela sua identificação com o cinema norte-americano. Meados dessa década vemos a Chanchada perdendo sua força e depois do filme "Rio 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos, marca-se o início da corrente do Cinema Novo. Em 1956 é criada a Cinemateca Brasileira em São Paulo, porém no ano seguinte um incêndio destrói grande parte de seu acervo. Em 1959, outra vitória para o Brasil, o filme é francês "Orfeu Negro", dirigido por Marcel Camus, porém foi inspirado no musical Orfeu da Conceição, de Vinicius de Morais e Tom Jobim. O filme levou o Palma de Ouro em Cannes e Oscar de melhor Filme Estrangeiro nos EUA.
Os anos 60 são marcados por grandes nomes no Cinema como Nelson Pereira dos Santos, Roberto Santos, Glauber Rocha e Arnaldo Jabor com filmes que buscam uma discussão da realidade econômica, social e cultural do país, características do Cinema Novo. Esse movimento teve força em diversos países como Espanha, Itália e França. No Brasil ele se tornou uma arma contra o governo. A frase “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, foi lema dos cineastas de 60. A ideia era realizar filmes com teor social a baixo custo. Fosse discutindo problemas rurais (primeira metade dos anos 60) ou problemas políticos (segunda metade de 60), o Cinema Novo brasileiro foi de extrema importância pois tornou o Brasil reconhecido como cenário importante no cinema mundial, além de ter apontado para a população problemas importantes que até então não tinham grande relevância. Em 1966 é criado o curso de Cinema e Audiovisual em São Paulo (ECA-USP). No ano seguinte é criado o Festival de Brasília, um dos maiores festivais de cinema do Brasil até os dias atuais. Porém, em 1969, auge dos tempos de ditadura, o governo militar brasileiro cria a Embrafilme, empresa estatal, para promover e controlar a indústria cinematográfica. Ainda assim filmes eram produzidos, porém o teor deles era velado e o conteúdo tinha que ser disfarçado. Ainda assim a Embrafilmes, abre espaço em lei para filmes nacionais.
Outro movimento passa a surgir, agora no início de 70. O Boca do Lixo produz filmes de baixo orçamento com algum ou muito apelo erótico. Esse movimento, com influência italiana, nasce em São Paulo e seus filmes são conhecidos por Pornochanchadas. Vários atores hoje consagrados, iniciaram suas carreiras nesse estilo de filmes. Nessa década, tem-se o destaque de Carlos (Cacá) Diegues, que havia começado a fazer filmes e críticas aos 17 anos. Outro grande diretor que ganha destaque é Hector Babenco que iniciou sua carreira no cinema como figurante. É também na década de 70 que o fenômeno "Os Trapalhões" surgem atraindo milhões de espectadores. Em 1976 tem-se um recorde de bilheteria no Brasil. "Dona Flor e seus Dois Maridos", uma história de Jorge Amado, adaptada por Bruno Barreto, Eduardo Countinho e Leopoldo Serran, foi dirigido por Bruno Barreto e teve Sônia Braga, Zé Wilker e Mauro Mendonça nos papéis principais.
Com a chegada do vídeo-cassete e o cinema dentro de casa, tem-se a proliferação de vídeo-locadoras no país. Em 1985 com o fim da ditadura militar, o cinema no Brasil acompanha a crise financeira do país e enfrenta problemas pois a Embrafilme deixa de financiar produções fazendo- as decaírem vertiginosamente. As salas passam a receber apenas 1/3 do público. No final da década, com a obrigatoriedade de exibir curtas metragens no cinema e com o Prêmio Estímulo, surge uma grande quantidade de curtas produzidos principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Destaque para o curta "Ilha das Flores", de Jorge Furtado que em 1989 vende o Festival de Berlim e é eleito pela crítica europeia um doa 100 mais importantes curtas do século XX.
A crise só piorava e o governo Collor que privatizou muitas empresas estatais acaba com a Embrafilme e outros órgãos públicos do cinema. Com as salas quase vazias de espectadores, as produções quase não aconteciam mais e o Festival de Brasília teve que ser adiado por falta de concorrentes enquanto o de Gramado teve que abrir inscrições para filmes internacionais para poder sobreviver. A partir de 1993 há uma retomada da produção nacional através do Programa Banespa de Incentivo à Indústria Cinematográfica e do Prêmio Resgate Cinema Brasileiro, instituído pelo Ministério da Cultura. Os diretores passam a receber financiamentos para a produção, finalização e comercialização dos filmes com isso as produções de cineastas como Nelson Pereira dos Santos, Carlos Reichnbach, Sérgio Rezende, Paulo Thiago, Mauro Frias, Sérgio Bianchi vão aparecendo e e esse período fica conhecido por Cinema da Retomada. Em 1994, Carla Camurati produz o primeiro filme com verba da Lei Audiovisual. Em 1997 o filme "O que é isso Companheiro", de Bruno Barreto é indicado ao Oscar e no ano seguinte "Central do Brasil", de Walter Salles, que já havia ganhado Berlim, tem Fernanda Montenegro como indicada a melhor atriz no Oscar.
Inicia-se o século XXI e o cinema nacional passa a procurar por maior qualidade. Em 2002 é criada a Academia Brasileira de Cinema, instituição que reúne realizadores, distribuidores, produtores, exibidores, técnicos, atores e demais profissionais do cinema e do audiovisual. O cinema nacional tenta conquistar maior participação no mercado, produzindo cada vez mais filmes com qualidade. São lançados filmes de grande sucesso de público e reconhecimento internacional. "Cidade de Deus" de Fernando Meirelles, tem grande destaque e fica mundialmente conhecido. Outros filmes como "Carandiru", de Hector Babenco e "Tropa de Elite", de José Padilha também tornam-se destaques mundiais e o cinema brasileiro passa a ser mais visto e procurado.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema-no-brasil/