De volta a Vitória da Conquista, sua terra natal, mergulhou nos estudos. Em seu escritório - home office - fez grandes descobertas e reflexões: ouvia músicas de excelente qualidade (amava as rádios russas e americanas), fazia cursos por correspondência, escrevia crônicas e artigos para jornais, etc. Cinéfilo pesquisador e filósofo, Mamola contribuiu imensamente para cultura de Vitória da Conquista. Foi membro junto com seu irmão, do "Magnatas" um time de futebol e um grupo onde reuniam inúmeros amigos que alegravam e davam vida a cidade. Um figura folclórica desta terra!
Wilton era um homem que, na juventude, viajou muito pelo Brasil e pelo mundo. Teve a vida desregrada com seus horários, sim! Mas, a partir de uma certa idade começou a ser disciplinado e religioso, ficou mais recluso, resumindo a sua vida social à pouquíssimos amigos e frequentando apenas poucos estabelecimentos, como a Chame Chame, mercearia Gloria e o bar do Paulinho - onde ia com mais frequência. Mas, como era uma figura notívaga, atendia os amigos nas madrugadas e cotidianamente conversava com professores universitários, médicos, jornalistas, boêmios, filósofos, filólogos e qualquer um que o procurasse em sua casa. Tínhamos longos papos ao telefone durante toda a madrugada, como era proveitoso!
Além de inúmeros fatos e episódios inusitados e engraçados, eu mesmo pude presenciar inúmeras facetas deste grande representante da cultura, da sociedade e da produtividade cultural conquistense, chamado Wilton Amorim, o nosso Uita “Mamola”.
Eu cheguei a homenageá-lo em 2002 fazendo um singelo filme curta metragem para ele o “MEMÓRIAS DE UM PERDULÁRIO ”. Uita era uma pessoa extraordinária e única sob todos os aspectos. Vai ser impossível encontrar outro “Mamola”, até no nome ele foi diferente...Uita Mamola...muito mais do que Wilton Amorim... quem é Wilton Amorim perto de “Uita Mamola”? Ele foi dois e para sempre será. Sabe-se lá onde estão agora.
Beto Magno.
VM FILMES.