segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ESPAÇO UNIBANCO/GLAUBER ROCHA

Claudio Marques Diretor do Espeço Unibanco/Glauber Rocha na abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

domingo, 12 de setembro de 2010

NOVO FILME DE ARNALDO JABOR


Arnaldo Jabor dirige Marcos Nanini no Rio de Janeiro

Por André Setaro

Após 25 anos sem filmar, Arnaldo Jabor está de volta com A suprema felicidade, filme que se passa nos anos dourados no Rio de Janeiro e apresenta o itinerário de um garoto desde a infância até a adolescência. Este retorno de Jabor ao cinema, quando ficou mais de duas décadas dedicado ao jornalismo e à televisão, é um filme, na verdade, sobre ele próprio, e o jovem que tem sua trajetória percorrida é a trajetória de Jabor no maravilhoso Rio de Janeiro de fins da década de 50. Mistura comédia e drama, com alguns acentos trágicos, mas o seu propósito foi refletir sobre a vivência de um jovem numa cidade decididamente maravilhosa como era o Rio daquela época - sem violência, calma, quando todos podiam andar pelas ruas sem haver o menor perigo. O Rio que tinha no bairro de Copacabana a sua maior referência, com suas boites sofisticadas, onde se estabelecia uma vida noturna inesquecível. Quem não conheceu o Rio deste período não pode ter idéia de sua efervescência, de sua alegria, de sua joie de vivre. A suprema felicidade do título talvez esteja neste recordar nostálgico para uma época, repita-se, maravilhosa, encantadora.

O último filme de Arnaldo Jabor, Eu sei que vou te amar, apesar de alguns elogios que lhe foram conferidos, é bem ruim, verborrágico e muito pretensioso. Com a idade, Jabor ficou mais humilde, menos arrogante, quer no seu discurso cinematográfico, quer no seu jeito de ser. Sua filmografia é bastante irregular. Tem um ótimo filme, que é Toda nudez será castigada, talvez a melhor adaptação para o cinema das torrentes verbais do genial Nelson Rodrigues, que consagrou Darlene Glória como atriz. Mas tem também péssimos filmes, a exemplo de Pindorama, uma curtição filmada na Ilha de Itaparica, obra arrastada, mal ajambrada, que provocou intensa aporrinhação no espectador. Por outro lado, é autor de um excelente documentário (pelo menos é esta a impressão que se tem de uma obra vista há muitos anos) sobre a classe média brasileira: Opinião pública. Seu curta de estréia é bastante interessante: O circo, mas sua segunda incursão no universo rodrigueano, O casamento, não tem a contundência de Toda nudez será castigada.

Jabor fez parte do chamado Cinema Novo e é um nome muito citado. Polêmico, inteligente, sabe vender o seu peixe. Bem articulado, seu discurso sobre seus filmes são bem melhores do que eles. Mas não se pode negar que Toda nudez será castigada é um filme a respeitar, assim como, de certa forma, O casamento, ainda que neste carregue muito na dosagem, a procurar ser mais rodrigueano do que o próprio Nelson Rodrigues. Seus artigos em jornais não possuem uma unanimidade (concordando com o seu mestre, Nelson Rodrigues, de que toda a unanimidade é burra). Carrega muito nas tintas quando quer provocar e tem um acento anárquico (o que é bom) para, como dizia Glauber, "jogar vatapá no ventilador."

Ia-se esquecendo de dois filmes jaborianos: Tudo bem, uma tentativa de retratar as classes sociais dentro de um apartamento em reforma, com atuações brilhantes de Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo, e Eu te amo, com Sonia Braga, Vera Fischer, no esplendor de sua beleza, Paulo César Pereio, o indefectível, e Tarcísio Meira, que também se passa, quase todo ele, no espaço exíguo de um amplo apartamento. Apesar de alguns bons momentos, o filme não se realiza por causa justamente da pretensão do autor de ser mais do que pode ser como artista que tenta se exprimir através das imagens em movimento.

A suprema felicidade tem uma bela reconstituição de época, e está cheios de toques poéticos. O autor está a querer, como já se disse, revisitar o seu passado carioca. Teve a sorte de morar no Rio num momento todo especial, qual seja a época dos anos dourados. No elenco, Marco Nanini (que faz o papel do avô do menino e sempre um bom ator), Dan Stulbach (revelação do cinema nacional, principalmente em Tempos de paz, de Daniel Filho), Mariana Lima, Maria Flor, João Miguel (o talentoso intérprete de Cinema, aspirinas e urubus, Estômago, entre outros e que se veio a saber ser filho do político baiano Domingos Leonelli), Jayme Matarazzo (neto de Mayza, a gloriosa Maysa de Meu mundo caiu), Elke Maravilha (como a avó do garoto), Jorge Loredo (o inesquecível Zé Bonitinho da televisão que tinha em Rogério Sganzerla um grande admirador), Maria Luiza Mendonça, Ary Fontoura (um dos grandes atores do cinema e do teatro brasileiros), Camila Amado (que já trabalhou com Jabor em O casamento e ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado), Emiliano Queiroz, entre outros. A fotografia é do excelente iluminador Lauro Escorel.
A suprema felicidade, tem-se aqui uma espécie de intuição e premonição, talvez venha a ser o melhor filme de Arnaldo Jabor, porque obra da maturidade criadora, quando o artista se despe de seu virtuosismo pedante juvenil.

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA


Beto Magno e Sílvio Tendler na abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

Roque Araujo, Marcos Palmeira e Carol Assis na abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia



37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA


Vitória Magno, Guido Araujo e Tábita Rezedá na concorrida abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

Jacques de Beauvoir, Iana Zanatta, Raquel Maguilnik Leão e Lázaro Faria na abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

O ator Marcos Plameira entrga o troféu a seu Pai o homenageado da noite. O Diretor e Produtor Zelito Viana...

O ASSUNTO É CINEMA!!!

Vitória Magno, Chico Liberato e Tábita Rezedá na abertura da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

Carlos Pronzato, Dep. Emiliano José e Lázaro Faria

A 37ª Jornada de Cinema da Bahia teve abertura concorrida, 09/09/10, no Espaço Unibanco Glauber Rocha, que neste ano tem como tema O cinema na defesa do meio ambiente. Dos mais tradicionais eventos audiovisuais do País - criado e dirigido pelo cineasta Guido Araújo - a jornada 2010 homenageou o cineasta e produtor Zelito Viana, através do filme Carta a Zelito, ao mestre com carinho, dirigido por Sílvio Tendler e exibido na estreia, com direito a troféu entregue pelo filho do cineasta, o ator Marcos Palmeira. Em seguida, exibição de Doutor Fantástico, direção de Betse de Paula, filha Zelito. Na programação, serão exibidos 70 filmes e vídeos em vários espaços da cidade até próximo dia 16, disputando o prêmio Tatu de Ouro e Prata, troféu oficial da Jornada de Cinema da Bahia.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

Beto Magno

37º JOENADA DE CINEMA DA BAHIA


Roque Araujo, Tuna Espinheira e Beto Magno colocando o papo em dia na abertura da Jornada Internacional de Cinema da Bahia...

JORNADA DE CINEMA

Tábita Chananda, Marcos Palmeira ( que veio especialmente para entregar o premio ao seu Pai, o Diretor e Produtor Zelito Viana homenageado da Jornada internacional de Cinema da Bahia) e Vitória Magno.

O ASSUNTO É CINEMA!!!

Vitória Magno, Ingra Liberato (Ana Raio) e Tábita Chananda na abertura da Jornada internacional de Cinema da Bahia

37ª JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA


Guido Araujo
idealizador da Jornada Internacional de cinema da Bahia

Por André Setaro

Tem início amanhã, quinta, dia 9 de setembro, às 20 horas, no Espaço Unibanco Glauber Rocha, a 37 Jornada Internacional de Cinema da Bahia, evento cinematográfico soteropolitano já consolidado e, talvez, um dos mais antigos do país. Sob a organização geral de Guido Araújo, seu idealizador e comandante, as jornadas tiveram início em 1972 e, com exceção dos anos 1989 e 1990, nunca deixaram de participar, todo mês de setembro, do calendário cultural da Bahia. A primeira, tímida, acanhada, foi apenas Baiana, mas logo a seguir se tornou Nordestina para se transformar em Brasileira e, anos mais tarde, Internacional.


As primeiras jornadas tiveram como point o Instituto Goethe (Icba), no Corredor da Vitória, nos anos de chumbo da ditadura militar. Depois de alguns anos aí sediada, passou a se desenvolver em outros lugares. Em alguns momentos de sua trajetória, as jornadas tiveram que sair de Salvador por diversos problemas, como aconteceu com a realizada na Paraíba e por dois anos na aprazível e histórica cidade de Cachoeira. Na sua fase icbana, por assim dizer, deu-se a explosão do superoitismo, revelando cineastas como Fernando Bélens, Edgard Navarro, Pola Ribeiro, Marcus Sergipe, José Araripe, entre muitos outros. Também neste período foi criada a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD) e estimulado, para uma possível ressurreição, o movimento cineclubista que se encontrava esfacelado por causa da ditadura. O espaço quase consular do Goethe Institut dava margem à certa liberdade.


Neste ano, o Salão Ilha de Maré, do Hotel Sol Victória Marina, no Corredor da Vitória, promete abrigar os momentos mais calorosos da 37ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia. O espaço recebe nos dias 10, 11 e 12 de setembro o Simpósio Internacional O Cinema em Defesa do Meio Ambiente, apresentando personalidades destacadas para debater a importância do cinema como instrumento de conscientização sobre a questão ambiental e a biodiversidade. Os debates começam sempre as 8h30 e estendem-se até as 12h30. Com a proposta de discutir o desenvolvimento ecologicamente sustentável e os diversos paradigmas contemporâneos sobre meio ambiente no mundo, o Simpósio também vai destacar a produção audiovisual, exibindo filmes que abordam o tema e trazendo cineastas e atores engajados, como Marcos Palmeira e Noilton Nunes.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CURSO DE CINEGRAFISTA NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR





CURSO DE CAMERA em Salvador (CINEGRAFISTA) Próxima turma: Outubro,

Conteúdo:
Curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV; planos e movimentos de câmera; mercado de trabalho.Investimento: R$ 350,00 ( em 2 x de r$175,00 com cheque pré) ou a vista R$ 300,00.Professor: Xeno Veloso
CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR,



15 ANOS DE BAHIA!

GRAVANDO!!!

Gravação de cena de novela com alunos da Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MAIS FILMAGENS PARA CAMPANHA POLITICA 2010

Alunas e alunos da CAP Escola de Tv e Cinema em Salvador participam da propaganda politica de varios candidatos aqui na Bahia.

LEMBRANDO O GRANDE VITO DINIZ

Por André Setaro

Diretor de fotografia dos mais iluminados, Vito Diniz poderia ser um dos expoentes da fotografia cinematográfica brasileira se não fosse a sua paixão pela Bahia, sua insistência em aqui permanecer a trabalhar, e, com isso, recusando convites de fora que poderiam lhe fazer a fama e a glória. Mas de uma coisa se tem certeza: poucos, no Brasil, conhecem a arte de bem iluminar como Vito Diniz, que a Implacável o levou há uma década ou quase isso ainda em pleno vigor de sua capacidade produtiva.
Pessoa de lhano trato, homem educado e delicado, tímido, não era afeito a diatribes, guardando as suas opiniões para os amigos. Iluminou quase todos os filmes baianos desde o crepúsculo da década de 60. Meteorgango Kid, o herói intergalático (1969), de André Luiz Oliveira, que virou filmecult do underground ou cinema marginal, teve a sua plástica de imagem orientada por Vito, assim como muitos outras longas baianos, a exemplo do desaparecido Akpalô (1971), de José Frazão, O anjo negro (1973), de José Umberto, entre muitos outros, inclusive os curtas e médias de Fernando Belens, Kabá, Edgard Navarro, Pola Ribeiro, Tuna Espinheira, Agnaldo Siri Azevedo, etc.

Antes da aventura no cinema, trabalhou como correspondente da Manchete em Roma e chegou a dirigir uma chanchada com Colé chamada Cangerê de meados dos anos 50.
Deixou também de sua autoria curtas preciosos como Magarefe(1971), que focaliza a crueldade da morte de bois e vacas, Pelourinho (1972), visão poética deste centro histórico que é um patrimônio da humanidade, e, quando se aventurou no Super 8, o resultado foi um filme com a qualidade daqueles na bitola 35mm: Gran Circo Internacional.

Presto aqui esta pequena homenagem ao grande homem e ao grande fotógrafo que foi Vito Diniz. A foto é de seu filho, Xico Diniz, e quem ma enviou foi Carlos Alberto Gaudenzi (Kabá), um amigo de Vito de todas as horas.

CONGRESSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E POLITICAS CULTURAIS (POLICOM)

Erik Rocha - Cineasta (Filho do profeta do inconformismo o genial Glauber Rocha)
participou do Congresso de comunicação social e politicas culturais (POLICOM) na Faculdade 2 de Julho nos dias 25, 26 e 27 de Agosto de 2010.

sábado, 21 de agosto de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CASCALHO SAI EM DVD

Por André Setaro

Eis a capa do DVD de Cascalho, cujos desenhos são de autoria de Ângelo Roberto, filme de Tuna Espinheira que, afinal, e em muito boa hora, saiu no disquinho.

Baseado no romance consagrado de Herberto Salles, Cascalho, todo filmado in loco, na Chapada Diamantina, região de grande beleza no interior baiano, tem, no seu elenco, Othon Bastos, Harildo Dêda (um dos maiores atores do proscênio soteropolitano), Wilson Mello (que morreu há pouco em papel de singular vibracidade), Irving São Paulo (filho do grande Olney, que veio a falecer ainda jovem), Gildásio Leite, Lúcioi Tranchesi (cuja performance surpreende), Jorge Coutinho, Maria Rosa Espinheira (filha do diretor), entre outros.
Posso assegurar que a cópia é luminosa e a confecção do DVD é de primeira linha.

Estou vendo para fazer um comentário crítico mais detalhado.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

GRAVANDO!!!

Beto Magno gravando o programa "Toques da Bahia" na Igreja do Bonfim.

TOQUES DA BAHIA

Rada Zaverutcha Rezedá, Patricia Cortizo e Lara Guedes (Atrizes alunas da Cap Escola de Tv em Salvador) nas Gravações do programa "Toques da Bahia" para uma Tv de São Paulo.

TOQUES DA BAHIA 2

Beto Magno e Rada Rezedá gravando no Bonfim com a turma da Cap Escola de Tv

TOQUES DA BAHIA

Gravação do programa Toques da Bahia para uma Tv de São Paulo-SP Com: Rada Rezedá, Patricia Cortizo, Lara Guedes e Lorena Lima gravando em clima de felicidade, descontração e companheirismo. tudo de bom!

MIGUEL LITTIN RECEBE TUNA ESPINHEIRA

Por André Setaro

O cineasta baiano Tuna Espinheira, realizador do longa Cascalho, olha com certa admiração para Miguel Littin, consagrado diretor cinematográfico chileno que esteve em Salvador para ministrar um curso durante o VI Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, que aconteceu julho próximo passado. Na oportunidade, no encerramento do evento, foi apresentado, em avant-première mundial, Ilha Dawson, derradeira obra de Littin, que se estabeleceu no cenário internacional com filmes como La tierra prometida (1973), Actas de Marusia (1975), Acta generale del Chile (1986), Tierra del fuego (1999). Segundo ouvi de Tuna, Ilha Dawson é um grande filme, mas há detratores na província. Walter Lima, organizador e idealizador do seminário, é um dos produtores de Ilha Dawson, que tem no elenco, entre outros, Bertrand Duarte, o qual, como de hábito, tem um poder de convencimento muito grande como intérprete. Tuna manda avisar que três de seus documentários já estão programados nas Quartas Baianas que se realiza semanalmente na Sala Walter da Silveira (mas depois se conversa melhor sobre a programação que ainda vai se dar em setembro).

domingo, 15 de agosto de 2010

ALUNOS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA GRAVANDO NO BOMFIM!

Oa alunos da Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador gravam comercial para campanha política na Igreja do Bomfim, na foto o competente diretor Giovanni Almeida comanda a equipe.

CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR


CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR Reserve sua vaga nos cursos antecipadamente através de mail (71) 9167.8274 - 8774.8870 - 4102.68521)


1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO em Salvador

Inicio: AGOSTO Duração: 5 meses, turmas Sábados das 9 as 12.30h Conteúdo: dicção (voz/fala); memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.Professora: Rada Rezedá


2) CURSO DE TV PARA ATORES em Salvador Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h - inicio 09 / 07 Aulas as terças das 18 as 22h Professora: Rada Rezedá


3) CURSO DE CAMERA em Salvador (CINEGRAFISTA)

INICIO: 18 DE OUTUBROConteúdo: curso prático – o aluno aprende a operar câmera profissional de TV; planos e movimentos de câmera;mercado de trabalho.Investimento: R$ 350,00 ( em 2 x de r$175,00 com cheque pré) ou a vista R$ 300,00.

Professor: Xeno Veloso Duração: 8 dias


4) CURSO DE PRODUÇÃO E DIREÇÃO DE TV em Salvador Próxima turma: SETEMBRO Conteúdo: curso pratico – o aluno aprende produzir uma peça em audiovisual Investimento: R$ 450,00 (em 2 x de R$225,00 com cheque pré) ou a vista: R$ 400,00 Professora: Rada Rezeda e professor convidado


5) CURSO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA E PRODUÇÃO Data: SETEMBRO

Investimento: R$ 450,00 (em 2 x de R$225,00 com cheque pré) ou a vista: R$ 400,00 Com Roberta de Pietro, jornalista


6) CURSO DE NARRAÇÃO ESPORTIVA em Salvador (RÁDIO/TV)Proxima turma : SETEMBRO Com Jornalista (São Paulo) Roberto Monteiro: fez cobertura jornalística de 7 Copas do MundoInvestimento: R$ 350,00 ( em 2 x de R$225,00 com cheque pré) ou a vista R$ 300,00


7) CURSO DE ROTEIRO PARA CINEMA com Carol Assis Matriculas abertas


8) CURSO MAQUIAGEM PARA TV e MAQUIAGEM EFEITOS com Thyago Mandu Matriculas abertas CAP ESCOLA DE TV E CINEMA EM SALVADOR, 15 ANOS DE BAHIA!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A CRÍTICA DE CINEMA


Por André Setaro

Tomo a liberdade de transcrever este texto do excelente crítico Diego Assunção responsável pelos escritos do blog Sétima Arte (http://www.cinema-setima-arte.blogspot.com/), que todo bom cinéfilo deveria visitar e tê-lo entre seus favoritos. Como é o meu caso. Ele escreve também na edição da Folha de S.Paulo para Araçatuba (SP).

"Há milhares de clichês sobre a atividade da crítica de cinema e muitos estereótipos sobre os indivíduos que a pratica. Há desde aqueles que pensam ser os críticos meros revoltados até outros tantos que vêem neles seres frustrados que, na impossibilidade de fazerem seus próprios filmes, simplesmente metem o bedelho no trabalho alheio.

"Crítico é o cara que gosta dos filmes que ninguém gosta", diz um. "Crítico é um panaca", diz outro. "Crítico é um nada", completa um terceiro. O mais engraçado de comentários desse tipo é que demonstram que as pessoas parecem conhecer ou ler muito pouco do que esses profissionais escrevem, tratando-os como se fosse uma só voz, ou como se fossem membros de uma gangue que atua num complô para acabar com o prazer do espectador com algum filme.

Crítica é uma atividade tão ingrata quanto qualquer outra profissão, assim como há os bons profissionais e existem os ruins. Não tem segredo nisso. Assim como há bons médicos, têm aqueles que fazem o estilo "açougueiro". Existem críticos que conseguem imprimir em seus escritos um método de trabalho, que passam ao leitor uma experiência de cinema, uma visão capaz de fazê-lo refletir sobre as coisas do mundo, mas também têm aqueles que ficam no ramerrame de comentários que nada dizem, como "oh, como a fotografia do filme X é linda, como tal ator atua bem no filme Y".

Como bem metaforizou certa vez Inácio Araujo, crítico de cinema é um pouco como um juiz de futebol. Se um juiz é o mediador em uma partida de futebol, o crítico de cinema é o árbitro na recepção de um filme, pois ele é o responsável por fazer a ponte entre um filme e o espectador. Assim como um torcedor fica puto da vida quando um juiz assinala um pênalti contra a sua equipe, um crítico de cinema só é bacana até o momento em que não fala mal de um filme adorado por algum leitor.
O papo de desdenhar da atividade crítica por supostamente ser uma atividade relegada aos artistas frustrados também é conversa fiada. "Faz-se crítica quando não se pode fazer arte, do mesmo modo que se é alcagüete quando não se pode ser policial", anotou acertadamente o escritor Gustave Flaubert. Um alcagüete auxilia o trabalho policial sem realmente fazê-lo, com crítica é a mesma coisa, "os melhores críticos são os que efetivamente contribuem para melhorar a arte que criticam", complementa Ezra Pound.

Acredito que os melhores críticos não são aqueles que têm na ponta da língua o nome de um ator quando se precisa saber dele, nem o cara que sabe de cor todos os ganhadores do Oscar. Bom crítico também não é o profissional que dá notas para os filmes como se avaliasse alguma escola de samba em tempos de carnaval. Crítico respeitável não é o que diz pro leitor qual filme ir assistir ou qual deixar de lado, nada disso.

O crítico que pode realmente contribuir para melhorar a arte que critica é simplesmente aquele que trata o leitor como igual, que respeita a sua inteligência e sensibilidade, o homem que, como afirmou o francês André Bazin, "ao invés de trazer uma verdade inexistente numa bandeja de prata, prolonga o máximo possível o impacto da obra de arte".

“Crítica de cinema é a arte de amar”, afirmou Jean Douchet, o “Sócrates da atividade”, segundo Louis Skorecki. A frase dele diz muito sobre a profissão como nenhuma outra, começando que ela descarta a prática como uma atividade de indivíduos odiosos e também ignora a idéia de que os críticos são seres que deixam de experimentar os filmes para lê-los, tendo uma visão extremamente racional, como a de um médico legista que disseca um cadáver.
Eu penso que uma crítica não deve nunca ser escrita como uma visão de cima pra baixo da obra, devendo assim obedecer à intenção de proteger a verdade e o sentido internos de uma obra contra todo e qualquer historicismo, biografismo e psicologismo.

Como Jacques Derrida, acredito que a grande virtude de um crítico está em reconhecer a força da obra, a força do gênio que a cria. Assim, o trabalho do crítico é o de fazer com que a potência do artista resida no texto.
Se crítica é a arte de amar, de prolongar o impacto de uma obra, creio que ela deve ser escrita um pouco como uma carta de amor e, se possível, ir além: tornar-se um testamento, um manifesto político, uma declaração de guerra.

Um crítico luta por convicções semelhantes às que o cineasta português Pedro Costa persegue com os seus filmes, a de “nunca lutar contra o capital, contra a barbárie, contra o país”, nada disso, mas lutar por alguma coisa, “pela memória, pela justiça, pelo amor”.
É claro que a atividade crítica anda desprestigiada, mas o bom cinema também está desacreditado. A verdade é que o público não anda muito interessado nos filmes que vão além do passatempo, aí fica realmente difícil a reflexão competir com a indução, a inquietação confrontar a conformidade, a crítica de cinema se sobressair à publicidade."