VM FILMES: Transformando Ideias em Realidade Na VM FILMES, criamos, planejamos e executamos projetos para TV e cinema, oferecendo soluções criativas e inovadoras. Produzimos filmes publicitários, documentários, longas-metragens e séries para TV. Também realizamos co-produções. Contatos: E-mail vmfilmes269@gmail.com - Tel / WhatsApp (71) 99211 - 4554 / (77) 99815 - 2848 - ANCINE 37269 Esperamos colaborar com você em sua próxima produção.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
TOYERS DO BRASIL
MARACANGALHA TRILHA DO BESOURO TOYERS DO BRASIL
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
TRILHA DO BESOURO EM MARACANGALHA
domingo, 5 de dezembro de 2010
O CINEMA ANTIGO E O ATUAL
Comparando as histórias dos filmes de antigamente com as de hoje podemos notar uma gritante diferença. Falava-se de bonitos valores humanos, fortes laços de amizade, regeneração, arrependimento e perdão, bravura e perseverança.
Hoje temos filmes que não só são isentos de arte como parecem zombar da inteligência de quem os vê. Salvo raras exceções, é claro.
Enlatados, pastelão, comédias com piadas ridículas e até ofensivas, estes filmes passam bem longe da arte. São feitos para gerar lucros e popularidade a seus diretores, que se sairiam bem melhor como publicitários de cerveja de humor duvidoso do que dirigindo filmes. Seu humor reciclado não tem expressão artística alguma.
Filmes bons geralmente não se utilizam de muita tecnologia, são mais roteiro e interpretação do que efeitos especiais e computação gráfica. Bons atores e atrizes e uma bela história. E então temos um filme promissor.
Já os produtos cinematográficos enlatados, geralmente dão preferência a atrizes "boas" e não a boas atrizes; se esta não consegue subir o ibope com suas curvas e litros de silicone, então não é a atriz ideal. Notam-se também muitas cenas de violência gratuita, criminosos virtuais, vilões bonitos e carismáticos etc. Tudo o que é necessário para desviar mentes sãs para o mau caminho.
Adolescentes, ao verem certos filmes, saem do cinema com o desejo de possuir poderes sobrenaturais, soturnos ou saltar de um prédio a outro sem o mínimo esforço, como se isso fosse algo absolutamente normal.
Quem já assistiu a filmes em preto e branco e até mesmo alguns filmes dos anos 70, 80 e meados da década de 90 pode notar que ali sim havia uma certa preocupação com o roteiro, a mensagem a ser passada. A partir da metade dos anos 90 é que as coisas começaram a mudar. Para pior.
O nome da rosa, a vida é bela, o fabuloso destino de amélie poulain, os excêntricos tenenbaums, sociedade dos poetas mortos, gênio indomável, casablanca são exemplos de belíssimos filmes com mensagens que realmente tocam o coração de quem os assiste.
Bons filmes deixam marcas, emocionam, tornam-se inesquecíveis, sem dúvida ver um bom filme é uma experiência transcendental. Altamente recomendável. É como uma terapia para a alma.
Há que se ter por isso, bom senso para saber discernir o que é bom do que é ruim ao entrar numa videolocadora. Por esse motivo é melhor evitar filmes muito ricos em tecnologia e efeitos especiais. Certamente, os mais simples sempre terão roteiros melhores e mais bem-acabados. Mensagens realmente belas, para sempre.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ATOR DO CAP ESCOLA DE TV EM VIVER A VIDA
Val Perré ator e ex-aluno da Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador com grandes participações em novelas e mini-séries da Rede Globo
Audiovisual baiano receberá R$ 11 milhões através de Programa Especial de Fomento
A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, e a Ancine firmarão convênio para a execução do Programa Imagens da Bahia. Trata-se de um programa especial de fomento (PEF) que assegurará a produção de 50 obras audiovisuais e distribuição de três longas-metragens baianos, ainda inéditos no circuito comercial de exibição. Através do programa, ao governo baiano captará, através da Lei do Audiovisual, R$ 11 milhões. Os recursos irão para o setor audiovisual através de editais públicos.
O Programa Imagens da Bahia está ancorado na TVE Bahia, sendo que todos os conteúdos que serão produzidos e distribuídos terão assegurada sua exibição pela TV, ampliando o diálogo e a relação entre televisão pública e produção independente. A meta do programa é gerar uma obra cinematográfica de longa-metragem, uma série de animação, cinco telefilmes, duas minisséries de ficção, sendo uma para o público infantil e outra para o público juvenil, cinco pilotos para desenvolvimento de séries de animação, além de apoiar a distribuição de três filmes de longa-metragem. Todas as ações do programa serão amparadas por oficinas de capacitação técnica para qualificação dos projetos.
A assinatura do convênio acontece em Salvador na próxima terça-feira, dia 30.
*Com informações da Tela Viva News.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
TESTE PARA ATORES NEGROS
ATORES NEGROS, HOMENS E MULHERES, DOS 2 AOS 80 ANOS, A CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR FARA NA QUINTA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DAS 9 AS 16 (HORARIO MAXIMO) UM CADASTRO DE ATORES PROFISSIONAIS E INICIANTES. O OBJETIVO DESSE CADASTRO DE ATORES É PARA 2 FILMES QUE SERÃO RODADOS EM SALVADOR EM 2011.
A CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR AGRADECE DESDE JÁ.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
CURSO PARA ATORES DE TV E CINEMA DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA COM MATRICULAS ABERTAS
- Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças
- Turmas para adultos
2010 È SÓ FESTA NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA
terça-feira, 16 de novembro de 2010
LN COMPUTADORES - DIA DAS CRIANÇAS
No comercial estão Maria Pitthan, a garotinha mais fofa e competente da Cap Escola de Tv e Cinema Salvador em 2010; Dam Fernandes, o ator dançarino que trabalhou em pelo menos 4 filmes em 2010!; Cris Ribeiro e Claudio Varella, os dois estreando na TV!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
COMEMORAÇÃO NO HOTEL PESTANA
COMEMORAÇÃO NO HOTEL PESTANA
domingo, 14 de novembro de 2010
A SUPREMA FELICIDADE
Por Beto Magno
Rio de Janeiro, 1945. Em uma rua bucólica, Paulo, de 8 anos, assiste à festiva comemoração do fim da guerra ao lado dos pais, Marco, aviador da FAB, e da mãe Sofia, sorriso largo, sedutora, cheia de vitalidade, cabeça feita pelos filmes de Hollywood, foi num baile cinematográfico que o casal se conheceu e acreditou que viveria feliz para sempre.
A rua de Paulo vibra com personagens típicos desse anos cinquenta, como o pipoqueiro Bené, sempre narrando façanhas sexuais, uma turma de vizinhos briguentos, e um triste vendedor de garrafas. Paulinho tem um amigo inseparável, Cabeção. com quem compartilha a rua e o colégio jesuíta, onde padres com sermões virulentos ameaçam com o inferno qualquer pensamento de cunho sexual.
Na juventude, Paulo vive situações fortemente contrastadas. Em casa, o pai apaixonado por aviões, não consegue realizar o sonho de pilotar um jato. Deprime-se e reprime as tímidas aspirações da mãe de alçar algum vôo profissional. A relação entre Paulo e o pai é distante, mas compensada pela cumplicidade com Noel, o avô paterno, um funcionário público boêmio, tocador de trombone de vara na Lapa, filósofo do cotidiano e iniciador de Paulo e Cabeção na vida noturna. A avó de Paulo, uma polaca ex-dançarina da Lapa, também é um sopro libertário no clima doméstico cada vez mais opressivo.
Logo chega o tempo do primeiro porre, da primeira festa, do primeiro amor - Deise - uma jovem misteriosa com ar existencialista, tão original quanto delirante. O primeiro amor não dá certo, mas graças ao avô, o rapaz e Cabeção fazem novas incursões na animada noite carioca. O rol de experiências amplia-se com idas ao Mangue, área de prostituição onde Paulo assiste a uma impressionante "convenção de prostitutas". Inquieto, inseguro, intenso, o rapaz questiona tudo - da existência de Deus a tabus sexuais. Nos momentos de crise, pode contar com o avô que acena com possibilidades de entendimento da felicidade - quem sabe um dia.
Uma ida ao cabaré Eldorado será um divisor de águas nesta vida em formação. Entre os clientes, Paulo vê o pai, seu antigo herói da aviação degradado, solitário. E compartilha com o pai o fascínio por Marilyn, dançarina de 16 anos, sensual e provocante como a atriz de Hollywood, obrigada pela mãe a se despir para os clientes.
De repente, para Paulo, tudo parece acontecer ao mesmo tempo: uma surpreendente história de amor com Marilyn, a deterioração mental da mãe, uma repentina aproximação com o pai, o envelhecimento do avô.
Um dia deverá ser bom olhar para trás e lembrar. E perceber que, apesar de tudo, naquela época, naquela casa, naquelas ruas, conheceu personagens incríveis e viveu momentos de suprema felicidade numa cidade, em tantos sentidos, maravilhosa.
FINALMENTE É LANÇADO OFICIALMENTE "O CASCALHO"
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
COMERCIAL DA VITALMED COM ALUNA DA CAP ESCOLA DE TV SALVADOR - CURSOS TV/TELEJORNALISMO/ATORES TV/CINEGRAFISTA
Comercial Tv com alunos da Cap Escola de Tv e Cinema em Salvador (Vania Guitzel) Atriz e apresentadora de tv. Aluna da Cap Escola de Tv em Salvador
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA EM SALVADOR
sábado, 6 de novembro de 2010
GRAVANDO O PROGRAMA "TOQUES DA BAHIA"
PROGRAMA "TOQUES DA BAHIA"
GRAVANDO O PROGRAMA "TOQUES DA BAHIA"
A MARGINALIZAÇÃO DE GLAUBER ROCHA PELA PATRULHA IDEOLÓGICA
Pro André Setaro
Glauber de Andrade Rocha estaria, se vivo estivesse, com respeitáveis 71 anos. Nasceu nos já distantes 1939 (14 de março), quando a Segunda Guerra Mundial estava prestes a explodir, e desapareceu prematuramente em 1981 (22 de agosto), aos 42, tendo, como causa mortis, uma septicemia (infecção generalizada) ao desembarcar, vindo de Portugal, no Rio de Janeiro.
Muito já se escreveu sobre a obra cinematográfica de Glauber Rocha e, também, muito já se falou sobre a sua esfuziante personalidade polêmica por natureza. Há exegeses de todo tipo publicadas sobre a rica filmografia de Glauber Rocha, mas o melhor livro sobre ele, na minha opinião, é o de João Carlos Teixeira Gomes (Joca), Glauber, esse vulcão, editado em 1997 pela Nova Fronteira. Teixeira Gomes era um dos melhores amigos do realizador e participou de sua juventude agitada na província da Bahia nos saudosos anos 50.
Não vou falar sobre os filmes de Glauber Rocha, pois muitos já o fizeram (inclusive este comentarista). Quero me restringir à sua polêmica volta ao Brasil na década de 70, quando foi colocado à margem por grande parte de seus amigos do Cinema Novo e pela intelectualidade dita de esquerda.
Acontece que, em 1974, na desaparecida revista Visão, Zuenir Ventura encomendou a Glauber um artigo sobre o Brasil. O texto publicado veio a provocar a ira de seus companheiros, porque, nele, Glauber escreveu que a volta do país à democracia não poderia prescindir do apoio dos militares progressistas. E elogiou a abertura, lenta, gradual, de Geisel, chamando o General Golbery do Couto e Silva de “gênio da raça”.
Na sua volta, ao invés de uma aclamação, recebeu a indiferença (e, segundo William Shakespeare, "a indiferença também é crime" - "Hamlet") e viu negada a publicação de seus escritos em jornais alternativos como Movimento, Opinião e até em O Pasquim. O Partidão emitiu ordem no sentido de que se espalhasse que Glauber estava completamente maluco (na acepção psiquiátrica). Pessoa muito emocional, sentimental, Glauber amargou o desespero. Não se apaga fatos históricos (como Stalin pretendeu fazer em Outubro [1927], de Sergei Eisenstein, quando mandou tirar as imagens de Trotsky).
Em 1977, quando da morte de Di Cavalcanti, Glauber adentrou o velório, ao lado do fotógrafo Mário Carneiro, e passeou, com sua câmera, o corpo defunto do famoso pintor - a família deste, depois, entraria com um processo na justiça para impedir a circulação do filme, que, apresentado em Cannes, ganhou a Palma de Ouro de melhor curta metragem. Mas, antes da proibição (que perdura até hoje), Di Cavalcanti teve negada a sua exibição numa jornada baiana em 1977. O impedimento de o filme ser mostrado tem como causa a ordem partidária emitida pelo Partidão em função da marginalização do cineasta. Enfurecido, ao saber da recusa, o realizador ataca furiosamente o organizador da jornada e estabelece uma polêmica em jornais que foi esquecida propositadamente, mas que vale, agora, ser lembrada.
Nada tenho contra o Partidão, mesmo porque, ainda que nunca fazendo parte de seus quadros, era, na época, um jovem de pensamento de esquerda, simpatizante dos comunistas, inclusive. Mas aqui se trata da constatação de fatos.
A partir de 1978, começam os preparativos para a realização de A idade da terra, todo financiado pela Embrafilme, com os maiores recursos da empresa no financiamento de um filme brasileiro. Falou-se, na época, que houve intervenção de Golbery para a liberação das verbas. O fato é que Glauber filmou a vontade, e o resultado foi um copião de 40 horas. Como montar o filme e retirar, no mínimo, 37 horas e meia para ajustá-lo às 2 horas e mais (como ficou o tempo de duração na cópia final)?
Amigo e companheiro de Glauber desde os seus primeiros filmes, Roque Araújo foi presenteado pelo amigo com as 37 horas e meia de celulóide para que as vendesse para uma fábrica de vassouras em Niterói. Roque, sempre atento, desistiu e guardou tudo em seu apartamento. Morto o cineasta no ano seguinte, Roque aproveitou o rico material excedente e realizou um documentário precioso como documento histórico: No tempo de Glauber, no qual estão registrados os bastidores das filmagens de A idade da terra, inclusive a célebre briga entre Glauber e Valentin Calderon de La Barca, então diretor do Museu de Arte Sacra dentro do qual Glauber queria filmar um ritual dançado por freiras desabusadas.
A irritação pegou foto quando Glauber, já a morar em Portugal, abraçou efusivamente o General João Figueiredo quando este estava a visitar o país. O abraço, no entanto, é simbólico. Figueiredo, presidente, representava o Brasil e promovia a abertura. Já tinha sido promulgada a lei da anistia, a censura se encontrava branda, e Glauber, neste ato simbólico, o que queria, na verdade, era abraçar o Brasil. Mas a esquerda não o perdoou. A morte de Glauber talvez tenha muito a ver com esta marginalização que sofreu de seus companheiros de luta. Falou-se, na época de sua morte, de um assassinato cultural.
Em Glauber, o filme – Labirinto do Brasil, documentário de Sílvio Tendler, as cenas do sepultamento de Glauber – proibidas de serem veiculadas por mais de vinte anos por sua mãe, Dona Lúcia Rocha – mostram todos seus companheiros e amigos do peito do Cinema Novo. Todos se encontram emocionados, tristes, muitos a chorar. Lágrimas de crocodilo? Parece que não. Aqueles que fizeram de tudo para marginalizá-lo estavam todos lá, contritos. A morte funcionou como uma redenção. Glauber foi sacralizado. E mostras e homenagens foram realizadas por muitos que o chamaram de maluco e coisas que tais.Glauber de Andrade Rocha estaria, se vivo estivesse, com respeitáveis 71 anos. Nasceu nos já distantes 1939 (14 de março), quando a Segunda Guerra Mundial estava prestes a explodir, e desapareceu prematuramente em 1981 (22 de agosto), aos 42, tendo, como causa mortis, uma septicemia (infecção generalizada) ao desembarcar, vindo de Portugal, no Rio de Janeiro.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A DECADÊNCIA DOS TRAILERS
Gostava muito de ver trailers e, muitas vezes, ficava para a outra sessão apenas para vê-los novamente (num tempo em que era permitido se ficar para quantas sessões se quisesse - o cinéfilo podia entrar duas da tarde e sair meia-noite depois da última sessão). A velocidade, que castiga sobremaneira a contemplação, leva tudo de roldão. Não há, no chamado cinemão, mais espaço para a reflexão e a contemplação, exceção se faça a alguns filmes privilegiados com a vida inteligente atrás das câmeras, a exemplo de A troca e Gran Torino, ambos de Clint Eastwood, Sangue negro, de Paul Thomas Anderson, as fitas dos fratelli Coen, os filmes de Martin Scorsese, Antes que o diabo saiba que você está morto, de Sidney Lumet, entre poucos.
Mas nem tudo está perdido, pois ainda restam realizadores competentes como Sidney Lumet, cujo Antes que o diabo saiba que você está morto foi um dos melhores filmes apresentados no circuito há alguns anos. E há, bissextamente, delicatessens, como Medos privados em lugares públicos, do mestre supremo Alain Resnais. E o recente Ervas daninhas (Les herbes folles), que já saiu em DVD.
Mas estava a falar dos trailers. Antes do atual "tsunami" da "videoclipação", os trailers eram pensados como se fossem um curta-metragem e possuíam estilos, ritmos, e, em alguns casos, uma marca pessoal muito forte, como os trailers dos filmes de Alfred Hitchcock, que eram todos dirigidos por ele. O mestre aparecia a comentar, a fazer piadas, a anunciar o filme de maneira surpreendente e genial. Em Anatomia de um crime, de Otto Preminger, este, que não trabalha no filme, aparece no tribunal vazio a chamar, um por um, os atores do filme. Na atualidade, porém, os trailers se descaracterizaram, e são praticamente todos iguais feitos pela "linha de montagem" dos estúdios, a perder, com isso, a originalidade que possuíam.
E por falar em trailers, é absolutamente insuportável a quantidade destes que algumas distribuidoras de DVDs colocam antes do filme propriamente dito. A finalidade, que seria a de promover os filmes, para mim surte efeito contrário. E dá trabalho avançar para não vê-los e cair diretamente no filme.
Mas o público pouco ou quase nada está a ligar para isso. Seria interessante se fazer uma mostra de como eram os trailers de antigamente para se ter uma idéia da engenhosidade com que eram feitos. O trailer original de Cidadão Kane, que pode ser encontrado no DVD distribuído pela Warner (o da Continental não deve ser visto, pois a cópia, como de hábito nesta distribuidora, é muito ruim), é muito original, e tem um microfone como condutor de sua realização. Aliás, Kane, de Welles, é um filme bem radiofônico (Rogério Sganzerla aproveitaria o "gancho" em O bandido da luz vermelha, que é um filme radiofônico sem deixar de ser extremamente cinematográfico).
Na época em que as imagens em movimento estavam restritas às salas exibidoras e, para vê-las, tinha-se que pagar um ingresso (hoje as imagens podem ser vistas em diversos suportes e a criança já nasce vendo a televisão ligada no quarto da maternidade), havia uma maior magia, um maior encantamento. Na época em que os cinemas tinham quase dois mil lugares, cortinas, e a abertura de uma sessão se fazia de forma pomposa, com gongos, luzes de variadas cores que se acendiam e apagavam, a cortina que se abria com cerimônia.
Os cine-jornais desapareceram com o advento do jornalismo televisivo, porque, em tempos idos, quando as emissoras televisivas ainda não possuíam um jornalismo eficiente, a única maneira de se ver as celebridades e as personalidades da política e da sociedade era através das atualidades. Conhecia-se, por exemplo, os presidentes da República por elas. Havia, no final, sempre um jogo de futebol, que era apresentado um mês depois de sua realização.
Os “trailers” que vemos atualmente nos cinemas é um pálido reflexo daqueles do passado.