segunda-feira, 29 de março de 2021

É, WESLEY, NADA A DECLARAR, SÓ LAMENTAR

Dr. Valdir Gomes Barbosa


Por Valdir Barbosa


 É,  WESLEY, NADA A DECLARAR, SÓ LAMENTAR

Na década de noventa tive o privilégio de ministrar a aula inaugural, do primeiro curso de Gerenciamento de Crise oferecido pela Academia da Polícia Militar do Estado da Bahia, nossa briosa e centenária instituição. O balizamento da matéria definido naquele fórum e oriundo do conceito formulado pelo F. B. I., assim dita:

“Fenômeno sócio-político-administrativo que possui natureza crucial e necessita de uma intervenção especial dos órgãos que compõem o Sistema de Defesa Social, coordenados pela Polícia, objetivando abordá-lo, entendê-lo e solucioná-lo de forma a preservar vidas humanas. Uma crise é um problema de grande gravidade e urgência que os órgãos que compõem o Sistema de Defesa Social devem identificar, entender e juntos buscarem soluções aceitáveis objetivando sempre preservar vidas humanas e aplicar a Lei”.

Durante mais de uma década, atuei em casos considerados como tais, na condição de assessor especial de dois Secretários da Segurança Pública do Estado da Bahia, me tornando estudioso do assunto, oportunidade na qual pude adquirir conhecimento específico, no país, diante de mestres do quilate de Roberto Chagas Monteiro e Ângelo Salignac, bem como fora de nossas fronteiras.

O F. B. I., responsável por apresentar soluções doutrinárias no tocante ao assunto, lastro das teorias aplicadas em várias partes do mundo, inclusive, no Brasil, assim o define: “CRISE É UM EVENTO OU SITUÇÃO CRUCIAL, QUE EXIGE UMA RESPOSTA ESPECIAL DA POLÍCIA, A FIM DE ASSEGURAR UMA SOLUÇÃO ACEITÁVEL”, aduzindo ainda que o “GERENCIAMENTO DE CRISE É O PROCESSO DE IDENTIFICAR, OBTER E APLICAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS À ANTECIPAÇÃO, PREVENÇÃO E RESOLUÇÃO DE UMA CRISE”.

Também, segundo o mesmo instituto, os objetivos preponderantes do gerenciamento de crises, justo nesta ordem seriam: “PRESERVAR VIDAS, REFÉNS, PÚBLICO, POLICIAIS, CRIMINOSOS, além de PRESERVAR O PATRIMONIO, RESTAURAR A ORDEM E APLICAR A LEI”.

Destarte, imprescindível considerar que a aplicação da lei, primado essencial na seara onde militam os integrantes da administração justiça, neste caso, se rende ao inafastável objetivo do gerenciamento de crise, qual seja, a preservação da vida a qualquer custo.

Aliás, os mestres, responsáveis por transmitir conhecimento a todos quantos à frente haverão de se dedicar, ao dificílimo labor de gerenciar crises são enfáticos e repetitivos na assertiva de que, neste particular, é imperativa a necessidade de: “NEGOCIAR, NEGOCIAR, NEGOCIAR E, QUANDO NÃO HOUVER MAIS CONDIÇÕES DE NEGOCIAR, CONTINUAR NEGOCIANDO".

No que respeita a ações imediatas, assim se instale a crise, dita doutrina não poupa recomendações, no tocante a contenção e isolamento do ponto crítico, taxando-os de medidas imprescindíveis, para que o trabalho dos responsáveis pelo gerenciamento seja concluído com êxito.

Dentre as dezenas de casos nos quais atuei, seja em crimes de extorsão mediante sequestro, assaltos com reféns, motins em presídios, um dos que assumiu maior repercussão na mídia nacional, extrapolando até mesmo nossas fronteiras foi o de Leonardo Pareja que manteve refém, jovem da sociedade baiana, por alguns dias, no Hotel Samburá em Feira de Santana.

Constatou-se ali, a inexistência de isolamento - metade da população de Feira, durante o evento esteve postada em frente ao palco das operações, quase chegando à porta da hospedaria onde se desenrolava o drama, impedindo, dentre outras coisas, o posicionamento de snipers, para possível uso de ação tática -, bem como a inobservância da contenção do ponto crítico facultando ao promotor da crise ter todo o hotel sob seu domínio, onde passeava livremente suas ameaças e bravatas.

Ditos senões, me obrigaram sugerir a troca de refém – que efetivamente ocorreu -, razão pela qual fui criticado pela comunidade de profissionais do país inteiro, vez que a doutrina não considera tal medida apropriada, sobretudo, em face da síndrome de estocolmo - relação de simbiose entre refém e algoz - que pode ser utilizada, no momento e da forma precisa, durante as negociações.

Bem, tudo para perguntar:

Wesley, por que seus colegas não lhe contiveram no ponto onde começou a trama, próximo ao Forte onde se localiza o Farol da Barra e ainda sob a luz do dia, lhe tendo represado ali aproveitaram o ambiente propício para aproximação e uso de recursos não letais visando contê-lo?

Wesley, por que ao invés, disto, não houve propósito de cercear sua investida para mais perto da praça, onde os riscos aumentaram frente a todos os presentes - você, seus colegas que buscavam solucionar a situação e o povo em geral?

Wesley, porque não se percebeu que estes equívocos fatalmente aumentariam seu estresse e você poderia adotar alguma medida que de certa forma autorizasse usar força letal em seu desfavor?

Wesley, por que, já que a situação estava a ficar sem controle, o comandante da cena de ação não autorizou que sniper fizesse um disparo capaz de imobilizá-lo, o que impediria a gravidade do desfecho?

Wesley, não é momento de politizar seu infortúnio, apenas e tão somente discutir questões técnicas que fizeram de você, um policial, vítima, sem opção de nova chance.  

É, caro Wesley, nada a declarar, só lamentar e lembrar Einstein:

“TODA DECISÃO ACERTADA É PROVENIENTE DE EXPERIENCIA. E TODA EXPERIENCIA É PROVENIENTE DE UMA DECISÃO NÃO ACERTADA”.

Salvador, 29 de março de 2021.

Valdir Barbosa

quinta-feira, 25 de março de 2021

HISTÓRIA DO CINEMA

 História do Cinema

Juliana Bezerra
Juliana Bezerra
 
Professora de História

No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, realizaram a primeira exibição pública cinematográfica.

No entanto, a criação do cinema foi resultado do esforço de vários inventores que trabalhavam para conseguir registrar imagens em movimento.

Origem do Cinema

Conseguir imagens em movimento foi algo perseguido desde a Antiguidade. As sombras sempre exerceram fascínio nos seres humanos, o que rendeu inclusive a criação do teatro de sombras.

Com o advento da fotografia foi possível fixar a imagem numa superfície, seja ela papel, placa de metal ou vidro. Desta maneira, não podemos entender a história do cinema sem compreender a história da fotografia.

A própria etimologia da palavra cinema explica isso. Afinal, "cinema" é a abreviação de cinematógrafo. "Cine", vem do grego e significa movimento e o sufixo "ágrafo", aqui significa, gravar. Assim, temos o movimento gravado.

Por isso, diversos inventores, de países como França e Estados Unidos, desenvolviam aparelhos para captar e projetar imagens em movimento. Vejamos algumas dessas máquinas:

Lanterna Mágica

Lanterna Mágica
Uma apresentação doméstica de lanterna mágica para crianças

Inventada no século XVII, tratava-se de uma câmara escura que projetava, através de lentes e luz, desenhos pintados à mão em vidros. Um narrador se encarregava de contar a estória e algumas vezes havia acompanhamento musical.

A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, mas também foi usada no ambiente acadêmico.

Praxinoscópio

Praxinoscopio
No praxinoscópio cada imagem deveria ser desenhada cuidadosamente para dar a ilusão de movimento

Construído em 1877 pelo francês Charles Émile Reynaud (1844-1918), o praxinoscópio consistia num aparelho de formato circular no qual as imagens iam se sucedendo e davam a sensação que estavam se movendo.

Inicialmente restrito ao ambiente doméstico, Reynaud conseguiria em 1888 aumentar o tamanho de sua máquina. Isto permitiu projetar os desenhos para plateias maiores e estas performances ficaram conhecidas como "teatro ótico".

Estas projeções alcançaram um enorme sucesso no final do século XIX. De fato, o praxinoscópio só foi superado pelo cinematógrafo do irmãos Lumière.

Cinetoscópio

Kinetoscope
Um homem assiste filmes no cinetoscópio, que se encontra aberto e é possível ver os rolos de filmes

Lançado, em 1894, na fábrica comandada por Thomas Edison (1847-1931) nos Estados Unidos, o cinetoscópio era uma máquina individual onde se assistia filmes de curta duração

O invento só foi possível porque Edison criou uma película de celuloide capaz de guardar as imagens e assim, projetá-las através das lentes.

Cinematógrafo

Cinematógrafo
O cinematógrafo criado pelos irmãos Lumière foi patenteado em 13 de fevereiro de 1895

Os irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), apaixonados por inventos e fotografia, desenvolveram o cinematógrafo. Ao contrário dos outros aparelhos, este permitia gravar e projetar as imagens tornando a atividade mais prática.

Ambos estavam a par das descobertas de Thomas Edison e fizeram pequenas alterações nos fotogramas para evitar problemas legais.

Desta maneira, o invento dos irmãos franceses superou os concorrentes e transformou-se no aparelho preferido daqueles que desejavam registrar imagens em movimento.

Primeira Exibição Cinematográfica

Os irmãos Lumière eram filhos de um fabricante de materiais fotográficos, cuja fábrica estava localizada na cidade Lyon, França.

Pesquisaram e aperfeiçoaram as primeiras câmaras fotográficas contribuindo para o surgimento da fotografia colorida. Através do cinematógrafo, começaram a realizar seus primeiros filmes que consistiam em captar imagens com o aparelho parado.

Em 28 de dezembro de 1895, em Paris, no "Grand Café", foi realizada a primeira projeção cinematográfica tal qual conhecemos. Assim, numa sala escura, foram projetados dez filmes de curta duração como "A chegada do trem à estação de La Ciotat" ou "A saída dos operários da fábrica".

No entanto, os próprios irmãos Lumière não prosseguiram sua carreira pelo cinema. Louis ainda inventaria o fotorama e se dedicaria à ciência, enquanto Auguste continuaria seus estudos de bioquímica e fisiologia.

Cinema Narrativo

O cinema era visto apenas para fins documentais e para registrar através de uma câmara estática algo que estava acontecendo diante da lente. Seria o que se chama de "teatro filmado".

No entanto, dois pioneiros vão utilizar as câmaras para contar estórias, criar técnicas e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho.

Destacamos dois precursores do cinema narrativo: Alice Guy-Blaché e Georges Méliès.

Alice Guy-Blaché

Alice Guy
A cineasta Alice Guy foi a primeira pessoa a conseguir viver do cinema

A primeira pessoa a explorar a via narrativa do cinema foi a francesa Alice Guy-Blaché (1873-1968). Autora de quase mil obras, ela fez o primeiro filme baseado num conto popular, "A fada dos repolhos" (1896).

Alice Guy trabalhava como secretária na fábrica e produtora de cinema Gaumont, quando os irmãos Lumière foram fazer uma demonstração do seu recente invento.

Encantada com o aparelho, Alice Guy começou a experimentar filmar com dupla exposição, atrasar ou apressar a velocidade da câmara a fim de conseguir efeitos interessantes para narrar suas estórias. Ela ainda seria a primeira a usar cores e som nos seus filmes.

Casou-se com Hebert Blaché, em 1907, que trabalhava como operador de câmara. Ambos se mudaram para os Estados Unidos três anos depois e ali Alice Guy criou sua própria produtora e construiu estúdios para filmar suas obras. Após se divorciar em 1920, volta para a França, mas não consegue retomar sua carreira de diretora.

Alice Guy rodou mais de mil filmes do qual apenas 350 sobreviveram, incluído sua monumental "A Vida de Cristo", de 1906, que contou com 300 figurantes.

Completamente apagada da história do cinema, Alice Guy-Blaché faleceu em 1968. Agora, os historiadores voltam a dar-lhe o lugar que ela merece.

Georges Méliès

Georges Melies
Georges Mélliès e o famoso cartaz de seu filme "Viagem à Lua"

Por outro lado, o mágico e ator francês Georges Méliès também trabalharia no desenvolvimento da linguagem cinematográfica introduzindo cortes, sobrexposição e zoom.

Nascido em Paris, em 1861, Georges Méliès comandava seu próprio teatro na capital francesa e foi convidado pelos irmãos Lumière para assistir a exibição do "cinematógrafo" em 1895.

Méliès queria usar o aparelho nos seus espetáculos, mas os irmãos não o venderam. De qualquer maneira, ele comprou uma máquina semelhante e começou a escrever roteiros e atuar. Aperfeiçoou os truques próprios do teatro e do ilusionismo para o cinema e assim alcançou grande sucesso.

Seu maior êxito foi a o flime "Viagem à Lua", de 1902, onde adaptou a célebre obra de Júlio Verne para o cinema. Por suas inovações, Méliès é reconhecido como o "pai dos efeitos especiais".

Curiosidades

  • O primeiro cinema do mundo foi o Éden Théâtre, na cidade de La Ciotat, França, onde os irmãos Lumière costumavam passar as férias e fizeram uma projeção de seus filmes para convidados.
  • Seis meses após a exibição em Paris, em 8 de julho de 1896, é realizada a primeira exibição de filmes no Brasil, no Rio de Janeiro.
  • Fonte: https://www.todamateria.com.br/historia-do-cinema/

DEVOLVAM NOSSO BRASIL



 Esse país está muito chato!

Temos mais de 50 anos e vimos  uma negra como âncora do Fantástico (Glória Maria).

Crescemos vendo um nordestino, um negro, um galã de circo e um caipirinha (Didi, Musum, Dedé e Zacarias) formando um dos maiores grupos de humor do Brasil, os trapalhões, fazendo piadas e críticas ao sistema que hoje jamais seriam aceitas pela sociedade, como homossexualidade e problemas de dependência química com o álcool. Também vimos um grupo heterogêneo como o Casseta e Planeta, que tinha negro, branco e homossexual, fazendo piadas de mesmas temáticas que os trapalhões, serem referência de humor; detalhe: ambos na Globo (nessa época com "G")

Crescemos vendo um travesti participando de todos os programas da família brasileira sem nenhum problema (Rogéria). 

Crescemos vendo um negro gay (Jorge Lafond) ser um dos grandes nomes do humor nacional. Crescemos vendo uma transexual ser padrão de beleza feminina e capa de revista masculina (Roberta Close). 

Crescemos vendo um gay, com roupas não ortodoxas, ser um dos maiores cantores e voz do Brasil (Ney Matogrosso). Aliás, por falar em música, crescemos tendo ídolos gays na música, como Cazuza e Renato Russo, fazendo críticas duras ao sistema. Crescemos vendo uma banda muito engraçada, fazendo musicas e zoando tudo que hoje é considerado impróprio, fazendo maior sucesso e criticando, de forma bem humorada essas situações (Mamonas Assassinas). 

Quase todos os nossos ídolos do esporte são negros.

Crescemos vendo um negro como maior ídolo desse país (Pelé) e uma das figuras mais populares do Mundo.

Testemunhamos um cantor gago, ex garçom, se tornar a voz romântica mais famosa desse país (Nelson Gonçalves). 

Por falar em Nelson, vimos um outro, anão, fazer tanto sucesso quanto (Nélson Ned).

Crescemos vendo um negro e um nordestino serem a maior

referência cultural da MPB ( Gilberto Gil e Caetano Veloso).

Crescemos vendo um homem gordo, zoando sua própria gordura, se tornar o apresentador mais bem pago do país (Faustão).

Crescemos vendo um homossexual extremamente requintado, inteligente, em programas de família brasileira ser amado por muitos e ainda ter virado um dos políticos mais bem votados desse País (Clodovil), explicando que a sexualidade é um direito de cada um, e isso não tem nada a ver com o seu valor como ser humano. 

Crescemos vendo que a melhor maneira de defender seus direitos é abertamente expressá-los de forma educada e inteligente.

Crescemos entendendo que preconceitos são estupidez, pois toda a nossa formação foi com bons exemplos de representantes de todas as classes, em um país, que normalizou a presença de todos em programas de televisão, onde tudo era discutido sem nenhum pudor.

Crescemos entendendo de verdade o que era liberdade de expressão. Infelizmente, hoje com esse mimimi da porra, não temos mais liberdade de expressão. Tudo que citei acima seria execrado por essa "nova" sociedade chata para cacete!!

Hoje a “resistência” luta contra “monstros” e rótulos que ela mesma criou e tudo tornou-se proibido e preconceituoso.

Geração chata pra caramba!

Queria esse Brasil de volta.

Ah, quase esqueci do Jô Soares, com o seu beijo do Gordo e a incomparável, Escolinha do Professor Raimundo, com todas as classes representadas... gay, evangélica, malandro, marombeiro, etc.   

Fonte: whatsapp 


quarta-feira, 24 de março de 2021

ICAB - INSTITUTO DE CONTEÚDOS AUDIOVISUAIS BRASILEIROS

 

ICAB

Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros

Conexão, Conhecimento e Qualificação audiovisual em todas as suas expressões.

O ICAB nasce do crescimento exponencial da demanda por preparação e ampliação de conhecimento profissional, após a implantação da Lei 12.485 (SEAC), e da descentralização da produção independente brasileira.

Fundado em 14 de maio de 2014, o ICAB é inspirado em Institutos Audiovisuais Internacionais que contribuem para formação de profissionais capacitados e atualizados, que fomentam o diálogo e a construção do pensamento crítico e promovem a cultura, assim como a defesa e conservação do patrimônio imaterial, histórico e artístico.

Com sede no Rio de Janeiro e escritório em São Paulo (Brasil), o instituto é voltado a realização de iniciativas e parcerias que ampliem a difusão do CONHECIMENTO sobre a indústria criativa, a QUALIFICAÇÃO de profissionais, iniciantes e estudantes do segmento audiovisual e áreas correlatas, e a CONEXÃO desses agentes com o mercado nacional e internacional. Seminários, cursos, oficinas, workshops, fóruns de reflexão sobre a criação, produção e distribuição do conteúdo audiovisual nas mais diferentes telas no Brasil e no Mundo estão entre as atividades do ICAB.

Organização de direito privado, sem fins lucrativos, o Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB) foi qualificado pelo Ministério da Justiça como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público em 07 de outubro de 2014; e tem a missão de promover programas de Formação, Pesquisas de Mercado e Acordos de Cooperação com outros institutos do setor audiovisual pelo mundo.

MISSÃO

Promover e apoiar o desenvolvimento de profissionais e estudantes brasileiros do audiovisual e áreas correlatas, impulsionando a conexão desses agentes com o mercado, estimulando a difusão do conhecimento e contribuindo para qualificação dos mesmos de maneira a potencializar talentos, com vistas a uma economia criativa brasileira com reconhecimento e oportunidades ainda maiores no Brasil e no mundo.

 

O INSTITUTO POSSUI POR FINALIDADE E MISSÃO, CONFORME SEU ESTATUTO:

A promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio imaterial, histórico e artístico;

A promoção e o desenvolvimento de atividades voltadas ao setor do audiovisual, bem como a produção de obras audiovisuais, especificamente voltadas à distribuição por radiodifusão ou serviços de comunicação de acesso condicionado;

A promoção de atividades voltadas à produção de conteúdo audiovisual e produtos culturais em geral;

A promoção de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades neste artigo.

Para alcançar seus objetivos sociais, o Instituto poderá desenvolver, dentre outras, as seguintes atividades:

Criar, apoiar, promover e desenvolver projetos culturais, sociais e outros relacionados a seus objetivos sociais;

Promover eventos, estudos, pesquisas, conferências, seminários, palestras, workshops, cursos técnicos e consultorias relacionados à promoção do setor de audiovisual e áreas afins;

Promover a capacitação e a formação de produtores culturais e/ou audiovisuais, bem como, a capacitação e formação de profissionais para a área da cultura e do audiovisual;

Organizar e/ou promover a edição e publicação livros, periódicos, sites e similares, mediante a utilização de parque gráfico de terceiros;

Captar recursos materiais e financeiros junto a organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, para a implementação de ações e projetos nas áreas de seu interesse social; e

Firmar acordos de cooperação, contratos e convênios com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais.


TRIBUTO AO GUERREIRO


Por Allan de Kard

O Retorno a Pátria Espiritual de mais um filho Ilustre de Vitória da Conquista.
Navegar por corredeiras sinuosas, até que por fim, chegar ao grande oceano da tranquilidade.
Do berço ao túmulo, estende -se o laborioso espaço das realizações humanas.
E assim foi a vitoriosa passagem, de Herzem Gusmão pela vida.

Amou sua cidade como poucos, converteu o Discurso de largos anos em prática intensa.
Conquistou nos últimos anos, milhares de amigos que engrossou ainda mais fileira daqueles que já
admirava seu trabalho.

Vai Herzem! E carrega consigo a grata satisfação, só presente naqueles que cumprem fielmente seu dever.

As lágrimas que serão derramaras por ti, serão tão somete as lágrimas da saudade, e nunca as do desespero, pois todos, somos concordantes aos desígnios Divinos.

Um forte abraço nos familiares, que o Mestre Jesus possa conforta-los nesta hora difícil.

Ouço uma grande orquestra, que entoa um hino de esperança, que faz ecoar por toda parte alegria nos corações.

Até Breve Irmão.
Allan de Kard 18 de março de 2021

 

Joe Cocker Greatest Hits - Best Songs Of Joe Cocker 2020

segunda-feira, 22 de março de 2021

HERZEM GUSMÃO


 Dr. Valdir Barbosa e Herzem Gusmão
Por Valdir Barbosa

HERZEM GUSMÃO
Penso que quase na mesma época, diferença de poucos anos, como ocorre em relação a nossas idades cronológicas, começamos as carreiras que abraçamos em cidades bem próximas e justo estes desideratos aos quais estivemos entregues, desde a década de setenta haveriam, de certa forma, de nos aproximar, respeitar e admirar em reciprocidade fazendo, afinal, com que privássemos de amizade imorredoura.
Sempre que considero acerca de encontros e desencontros que acontecem nesta vida do agora, me permito referir que este passeio do presente reflete situações de eras distantes, onde os personagens do cenário atual atuaram interagindo de maneira que lhes possibilitou o reencontro, no claro objetivo cósmico de resgatar equívocos ou cristalizar acertos visando o crescimento espiritual de todos os viventes, em busca de atingir a plenitude, na esteira de seus atos e ao exercício do livre arbítrio, grande dádiva Divina que assim faculta a ascensão do ser humano, por conta dos seus próprios méritos.
Destarte haveria eu, soteropolitano nato, de ensaiar meus primeiros passos como homem de polícia, em meados do ano de setenta findo, na distante Itapetinga, enquanto a voz potente e firme de Herzem Gusmão começava a ecoar com brilho, nas plagas conquistenses, para se tornar adiante, na marca de um dos mais respeitados homens da imprensa falada, não só da terra que lhe viu nascer, como de resto da Bahia e mesmo do seu país.
A região que guarda como cidade polo, Vitória da Conquista, me recebeu desde então, seja em função da própria atividade a qual me dediquei, por quatro décadas, até estar aposentado, seja porque tanto Itapetinga, como a cidade serrana me premiaram com afetos resultando destes, amigos fraternos e amores quais jardins floridos que me ofertaram colheita farta de filhos e netos. Certo é, já em meados de oitenta assumi a Delegacia Regional, hoje Coordenadoria, com sede em Conquista, de certa foram me estabelecendo no cenário em definitivo findando por escolher o lugar como minha segunda urbe.
A despeito de haver ocupado cargos dos mais distintos, na Instituição Policial Civil do Estado, até alçar o posto de Delegado Geral, isto nos idos de 2003, apesar de ter corrido os quatro cantos do país e até militado fora dele, em busca de solucionar questões das mais diversas, a interesse da segurança pública baiana, até pouco mais de dez anos atrás quando optei voltar para Salvador, por conta dos interesses profissionais e acadêmicos de Roberta, companheira mais que vintenária e do filho caçula, o repouso deste guerreiro guardava os contornos da Suíça Baiana, da Serra do Periperi, seu povo hospitaleiro, seu clima de montanha, sua energia contagiante exposta nas cores alaranjadas do sol poente, quando o astro rei se debruça, além das montanhas, para as banda do oeste.
Além disto, voltei algumas vezes aos palcos conquistenses, não para reabastecer baterias, sobretudo, nos anos noventa convocado para atuar em situações anormais, na condição de delegado especial, a exemplo do sequestro trágico de D. Gilenilda Alves e do motim mais longo da história dos presídios baianos, o antigo Nilton Gonçalves.
Feitas estas considerações volto ao topo dos escritos, vez que eles pretendem falar do meu reencontro, neste plano que ontem para ele se findou, cumprindo seu ciclo, com o grande homem, portanto, admirável, Herzem Gusmão. Por obvio, a minha atividade pública e o apelo nela encerrado haveria de nos colocar frente a frente, ele e seus repórteres de polícia, à cata da notícia, enquanto eu o detentor da informação privilegiada que interessava ao seu público.
Então, na esteira do falado reencontro que a organização cósmica nos impõe, no leito das responsabilidades assumidas diante da sociedade, cada um de nós em seu desempenho, afirmo, os últimos trinta e cinco anos, pelo menos, serviram de esteira para que estreitássemos nosso conhecimento, dentro do maior respeito e consideração, potentes vetores que criam amalgama capaz de forjar amizades verdadeiras.
Sou testemunha da sua dedicação pela carreira, sempre fui admirador da sua capacidade de recrutar profissionais capazes de garimpar a notícia com celeridade e exatidão, da excelência por conduzir como ancora um dos programas mais ouvidos da rádio Conquistense - RESENHA GERAL - que ia ao ar meio dia, direto dos estúdios postados, a início, na Praça Barão do Rio Branco, em seguida no prédio que abriga o Shoping Itatiaia, onde várias vezes tive o privilégio de ser seu entrevistado.
Fã incondicional de sua voz indefectível, do argumento incisivo, da sua coragem pessoal, mas, sobretudo, do seu amor pela terra mater, pelas suas origens, pelos seus conterrâneos, pelos forasteiros que como eu resolveram chegar, para ficar na terra frio, dona de um povo de coração em brasa, assim como o dele.
Eu, que aprendi a conhece-lo de perto, tanto nos campos laborais, como nas vagas calmas de instantes prazerosos e informais do cotidiano, junto a velhos amigos, tais quais o Dr. Ubirajara Brito e os saudosos Humberto Flores e Paulinho Baiano, apenas a título de exemplo, atesto sua honestidade, postura ilibada e retidão de caráter, homem de fé no seu Deus misericordioso.
Induvidosamente, voltando a referir ao grande amor que ele dedicava a sua terra e o desejo enorme que guardava de servir seu torrão, digo que isto se tornou a mola propulsora capaz de fazê-lo aceitar os desafios da vida pública, por isto, depois de muita luta, foi representante do povo de Conquista na Câmara Estadual, onde atuou com independência e competência.
A partir destas atuações, se fez credenciado a disputar a prefeitura municipal da cidade de seus quereres e após árduas disputas, depois de ter sido derrotado por duas vezes, finalmente suplantou a hegemonia do PT, em 2016 e, em seguida, conseguiu a reeleição apesar de toda máquina governamental do Estado ter sido usada, no afã de vê-lo derrotado.
Porém, quis o destino que Herzem não pudesse realizar o propósito de continuar as obras marcantes que mudaram o desenho da cidade e distritos, decerto razões que o conduziram à última vitória, mesmo que muitos dos seus mais próximos temessem não pudesse vir, diante das circunstancias aparentemente desfavoráveis.
Sabe-se da sua intenção de continuar os trabalhos de revitalização da cidade, mas, se conhecia sua pretensão em atuar com ênfase nas áreas sociais, da saúde da educação e da segurança que decerto continuarão a ser prioridades de sua grande substituta, a vice Sheila Lemos, que agora assume em definitivo.
Lamentável perda, do homem do amigo, do profissional, do político, do líder, todavia, os desígnios de Deus são insondáveis e indiscutíveis. Encerro lembrando de um dos últimos encontros formais que tivemos, há pouco mais de um ano, se não me ponho traído pela memória. Cuido de preservar os demais integrantes do episódio que passo a narrar:
Expressivo escritório de advocacia de Salvador, composto de jovens e brilhantes advogados, dentre eles filho de ilustre figura radicada em Conquista há décadas, responsável por cuidar dos interesses empresariais de grupo que transigia com a prefeitura, me pede para tentar uma reaproximação com o prefeito, pois ele decidira não receber mais, nem autorizava o fizessem seus assessores, qualquer executivo do conglomerado, representantes e mesmo advogados.
Procuro-o neste sentido e, sob olhares céticos dos seus auxiliares mais chegados, ele autoriza que seja marcada a reunião pretendida, porém exige que me fizesse presente na ocasião e assim finda por ocorrer. No dia do encontro, em seu gabinete da Bartolomeu de Gusmão, os empresários, seus advogados e parte expressiva do secretariado, num ambiente tenso, com aquele seu jeito direto e aquela voz marcante, ele dispara: “SENHORES, ANTES DE COMEÇAR GOSTARIA DE LHES DIZER O SEGUINTE: ERA MINHA PRETENSÃO NÃO RECEBÊ-LOS MAIS, ESTAVA DISPOSTO A LEVAR ESTE ASSUNTO A QUALQUER INSTANCIA QUE FOSSE NECESSÁRIA, POIS ACIMA DE TUDO ESTÃO OS INTERESSES DO POVO DE CONQUISTA ENVOLVIDOS NELA. PORÉM, NÃO POSSO DEIXAR DE ATENDER A UM PEDIDO DE DR. VALDIR BARBOSA" - SEMPRE ME TRATOU COM ESTA DEFERENCIA, A DESPEITO DA NOSSA FRATERNA AMIZADE. "ASSIM, AUTORIZO SEJAM REABERTAS AS NEGOCIAÇÕES”.
Confesso, entre orgulhoso e emocionado, nada mais restava fazer, senão agradecer a deferência de público e assistir aos atos que se sucederam. O que resultou nisto, só a história dirá.
Neste fim de tarde de uma sexta feira triste, recluso há 13 dias, acometido por este vírus traiçoeiro, com comprometimento pulmonar, mesmo leve deixo de sofrer por isto, pois a realidade da perda irreparável é cruel, então, não posso segurar lágrimas sentidas que me brotam da alma, ao expressar minha homenagem derradeira a este amigo que segue para a senda do infinito. Faz parte da vida, sabemos que vimos ao mundo para realizar, semear, colher os frutos da semeadura e partir de volta no caminho da eternidade. Caríssimo Herzem Gusmão, você veio, realizou, semeou boas sementes, colheu belos frutos, então siga seu caminho em direção à luz.
Dia destes nos encontraremos por aí.
Abraços.

Salvador, 19 de março de 2021

HERZEM GUSMÃO 1948+ 2021*


 " Quanto mais um poeta canta sua aldeia mais universal é o seu cantar! "

quinta-feira, 18 de março de 2021

MEDALHA DO MÉRITO CULTURAL GLAUBER ROCHA


Por Ricardo Benedictis

 Em Sessão Especial pelo Dia da Cultura, vereadores destacam importância da valorização dos artistas locais

Câmara de Vitória da Conquista Sessão Especial Notícia Luis Carlos Dudé, Valdemir Dias, Edjaime Rosa - Bibia, Fernando Jacaré. Comissão de Cultura e Esporte: Alexandre Xandó, Chico Estrella, Dr Andreson Ribeiro, Ivan Cordeiro, Orlando Filho, Ricardo Babão e Delegado Marcus Vinicius
17/03/2021 11:40:00
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista promoveu na manhã desta quarta-feira, 17, pelo Sistema de Deliberação Remota (SDR), uma sessão especial em homenagem ao Dia Municipal da Cultura, comemorado no dia 14 de março. A sessão, prevista no Regimento Interno da Casa, além de comemorar a data tem como objetivo entregar a Medalha Mérito Cultural Glauber Rocha a uma instituição e a uma personalidade que se destacam na promoção da cultura local. Os parlamentares participaram da sessão destacando a importância da valorização da cultura e dos artistas do município.
Em espaço de homenagem a Glauber Rocha, não poderia deixar de lembrar de sua obra. Com essa frase, o vereador Alexandre Xandó (PT) iniciou o seu pronunciamento e aproveitou para lembrar vários fatos marcantes, como a inauguração do aeroporto que leva o nome de Glauber Rocha: “Uma cerimônia marcada pela presença da encarnação do nosso Porfírio Diaz, de Terra em Transe”. Ele criticou o Governo Bolsonaro, pelo corte de recursos dos editais para as artes e afirmou que os grupos do poder criaram um imaginário social de perseguição aos artistas, como as fake news sobre a Lei Rouanet, ameaças e intervenções a exposições teatrais e artísticas. E finalizou parabenizando os homenageados do dia, fazendo referência ao escultor Gilvandro.
Cultura precisa de incentivo – O vereador Orlando Filho (PRTB) ressaltou a necessidade de incentivo à cultura no município. “Precisa de incentivo sobretudo do poder público para continuar o despertar de pessoas”, apontou ele, que é um dos representantes da Câmara no Conselho Municipal de Cultura. “Somos uma terra de pessoas que têm dom de diversos setores de cultura. Somos produtores de artes para o Brasil”, destacou Orlando, afirmando ainda que Glauber plantou uma semente que tem dado frutos. “Glauber Rocha teve um papel muito importante no despertar desse cinema. Essa cultura continua através de muitos nomes”, disse o parlamentar, apontando que a cidade já tem cineastas produzindo obras que começam a ganhar espaço no cinema nacional.
A cultura torna a vida mais significativa - O vereador Valdemir Dias (PT), líder da Oposição na Casa, destacou o Dia Municipal da Cultura, comemorado no último domingo (14), e parabenizou a todos os artistas e produtores culturais de Vitória da Conquista que, por meio de seu trabalho, tornaram a vida mais significativa. Dias estendeu sua homenagem a todos que promovem a cultura no município e ressaltou a importância da Lei Aldir Blanc que, segundo o vereador, “veio para minimizar o sofrimento desta pandemia”. Ele lamentou os problemas enfrentados por artistas e produtores culturais durante a pandemia, sofrendo por falta de oportunidade de exercerem a sua arte. O vereador relembrou, ainda, o papel da Câmara Municipal: “Ano passado, fizemos questão de rever o orçamento do município e garantir mais recursos para a cultura”, comentou Dias.
Buscar mais incentivos para a cultura - O vereador Ivan Cordeiro (PSDB) ressaltou a importância da Sessão Especial para debater e fomentar políticas públicas voltadas para a cultura. Ele destacou a visita que fez ao secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula. O encontro aconteceu no mês de fevereiro e, segundo o vereador, serviu para destacar a importância de Vitória da Conquista no cenário cultural nacional, exportando nomes como Glauber Rocha, Elomar Figueira e tantos outros artistas que representam a cidade na divulgação da cultura local. Ivan destacou também a necessidade de buscar mais incentivos, mais recursos para a manutenção dos trabalhos envolvidos na cena cultural. “Os trabalhos desenvolvidos precisam desse apoio para garantir a continuidade de apoio e fomento à cultura”, afirmou o vereador.
Lei Aldir Blanc trouxe mais investimentos para a cultura – O vereador Ricardo Babão (PCdoB) parabenizou o escultor Gilvandro e relatou a importância de suas obras. “É um prazer estar aqui nesse momento homenageando dois grandes nomes da cultura local”, afirmou, lembrando dos projetos e editais voltados para a valorização da cultura, com a Lei Aldir Blanc. Finalizou pedindo o retorno de eventos como os festivais culturais e dizendo que o Legislativo Municipal está à disposição para ajudar a cultura do município.
Valorização da Cultura – O vereador Edjaime Rosa Bibia (MDB), Líder da Bancada de Situação, destacou a importância da valorização da cultura no município, por meio, inclusive da destinação de uma parcela maior de recursos financeiros. “A Secretaria de Cultura tem que receber mais recursos e nós estamos aqui para lutar por isso”, garantiu. Ele destacou ainda que os artistas precisam ser valorizados. “Nós não podemos esquecer de nomes históricos de nossa cidade como o de Glauber Rocha”, disse. Destacou o Espaço Glauber Rocha, onde os artistas locais podem se apresentar nos diversos eventos realizados pelo Governo Municipal. “Vitória da Conquista é rica em cultura. Nós temos grandes artistas reconhecidos. Temos que valorizar os artistas”, finalizou.
Mais atitudes para fomentar a cultura de forma universalizada - O vereador Chico Estrella (PTC) parabenizou os dois homenageados da sessão, Gilvandro Oliveira e Pai Jorge, representante do Terreiro de Candomblé Lojereci Nação Ijesá. Porém, Estrella questionou quantos novos ‘Glauber Rocha’ existem em Vitória da Conquista, mas que ainda não tiveram oportunidades de serem revelados. Chico criticou a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do município, cobrando mais atitudes para fomentar a cultura de forma universalizada na cidade e apoiar os artistas e produtores culturais de Vitória da Conquista neste momento de dificuldade para trabalhar devido à pandemia de Covid-19. “Nós vamos lutar para que a terra de Glauber Rocha, e que tantos artistas produz, possa, efetivamente, ter uma cultura à altura desta cidade”, finalizou Chico Estrella.
Em seu discurso, Chico Estrela fez uma homenagem pessoal ao cineasta conquistense Beto Magno, da VM - Filmes. Destacou seus dotes artísticos e criticou a Secretaria de Cultura por não ter dado uma oportunidade para que o produtor cultural pudesse expor seu projeto de um Festival Nacional de Cinema em Vitória da Conquista. (Nota do Blog).
Necessidade de apoiar a cultura - O vereador Marcus Vinícius (Podemos) parabenizou a Câmara Municipal pela Sessão Especial para a entrega da medalha Mérito Cultural Glauber Rocha, em comemoração ao Dia Municipal da Cultura, celebrado no último dia 14. Ele destacou a necessidade de apoiar a cultura e se comprometeu com esse apoio, não só como vereador, mas também como empresário. Ele parabenizou também o produtor cultural Vadinho Barreto pelo trabalho desenvolvido na cidade com o projeto ‘Quintas de Maio’.
Evolução e progresso por meio da cultura - O vereador Andreson Ribeiro (PCdoB) relatou a sua alegria em participar de uma sessão importante em um momento tão difícil e com tantas mortes. “Nenhuma Nação evolui e progride sem a cultura e investimentos na cultura”, alertou o parlamentar, que aproveitou para criticar o Governo Federal que acabou com os ministérios da cultura e esporte, afirmando que esse é um descompromisso do Governo Bolsonaro com o que realmente educa. Andreson parabenizou, ainda, os Governos do Estado, que em 2016/2017, lançou projetos de mais de R$ 30 milhões em editais para beneficiar a cultura, e o municipal por adquirir a casa de Glauber Rocha para o município. “Glauber foi pioneiro no cinema, revolucionou o cinema nacional e foi premiado em diversos lugares do mundo”, lembrou, contando que “aqui em Conquista, direta ou indiretamente, juntamente com o deputado Fabrício Falcão, estamos apoiando os artesãos”. Finalizou ressaltando a importância da Lei Audir Blanc, de autoria da Deputada Benedita da Silva, e pediu a valorização e tombamento dos prédios históricos da cidade.
Cultura precisa ser orgulho de Conquista – O presidente da Casa, vereador Luís Carlos Dudé (MDB), destacou o histórico de Conquista de abrigar grandes nomes da cultura. “Terra de Glauber Rocha, Elomar Figueira de Mello, Xangai, Camillo de Jesus Lima, Carlos Jehovah, Edgard Larri, e nós precisamos ter orgulho disso”, disse ele. “Essa Casa tem o entendimento da valorização da cultura. Valorizar a cultura da nossa terra só pode ser através de dotação orçamentária”, apontou Dudé, avaliando que sem maior montante de recursos financeiros isso não é possível. “No entendimento de nosso mandato, através do meu querido e dileto amigo Arthur Maia, estamos buscando cerca de R$ 2 milhões em investimentos para a Cultura de Vitória da Conquista”, anunciou Dudé.
De acordo com o presidente, é preciso vontade política para conquistar avanços. “A verba existe. É preciso ter vontade política para buscar os recursos”, disse ele.
Dificuldades que artistas e produtores culturais têm passado - O vereador Fernando Vasconcelos (PT) declarou ser um momento de muita alegria por poder participar da grande homenagem que é a Medalha Mérito Cultural Glauber Rocha. “Tive o orgulho de estar na sua criação, em 2006”, afirmou Vasconcelos, que parabenizou os homenageados na sessão especial de hoje. Fernando Jacaré trouxe ao debate, ainda, que a questão cultural, em Vitória da Conquista, é muito mais abrangente, afirmando que a sociedade conquistense, principalmente em suas periferias, possui formas culturais diferentes. O vereador também destacou as dificuldades que os artistas e produtores culturais têm passado desde o último ano, devido à Covid-19. “Trabalhar hoje com a cultura e com a arte não é fácil”, disse Jacaré, que completou: “não é possível viver o momento que estamos vivendo e ficar parado. Tem que ser feito algo urgentemente.”