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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
ENCONTRO DE GIGANTES!!!
DOCUMENTÁRIO ILHA DE ITAPARICA
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
TOCAIA NO ASFALTO - UM FILME DE ROBERTO PIRES
Por André Setaro
Tocaia no asfalto conseguiu ser restaurado e foi apresentado recentemente em Salvador em cópia luminosa. O responsável pela ressurreição do filme, Petrus Pires, filho de Roberto Pires, lutou vários anos para ter este vibrante filme de seu pai de volta com a sua imagem original - o filme possui uma fotografia brilhante e pode ser considerado um dos pontos altos do chamado Ciclo Baiano de Cinema, que se situou entre 1959 e 1962. Tocaia no asfalto, como se verá no comentário a seguir, é um trabalho de ourivesaria no que se refere à construção cinematográfica, e Pires se revela, aqui, um dos grandes artesãos do cinema brasileiro (assim como Roberto Farias num filme mais ou menos da mesma época: Assalto ao trem pagador.)
Thriller genuinamente baiano realizado em 1962, que aborda o relacionamento dos políticos com a criminalidade e as idiossincrasias de personalidade de um pistoleiro de aluguel, Tocaia no asfalto, de Roberto Pires, produzido logo após A grande feira, é um filme que pode ser visto em dois planos: no plano de sua narrativa e no plano de sua fábula (história). No primeiro, destaca-se sobremaneira a artesania de Pires, o domínio pelo qual articula os elementos da linguagem cinematográfica em função da explicitação temática. Seu trabalho, nesse particular, é de ourivesaria e, aqui, em Tocaia no asfalto, tem-se um exemplo onde a narrativa suplanta a fábula, ainda que os dois planos sempre devam ser observados em processo de simbiose.
Realizado em plena efervescência do chamado Ciclo Baiano de Cinema - 1959-1962, Tocaia no asfalto atesta o seu vigor e a sua atualidade temática. Duas seqüências podem ser consideradas antológicas e das melhores do cinema brasileiro: a tentativa de assassinato frustrada na Igreja de São Francisco, e a do cemitério do Campo Santo. Pires demonstra o seu apuro, o seu sentido de cinema, o timing raro, um faro, por assim dizer, para pensar cinematograficamente o estabelecimento da mise-en-scène como fator de impacto e de emoção.
Ainda que uma obra formatada nos moldes de uma linguagem clássica - o que não lhe tira de modo nenhum a qualidade, que se fundamenta na chave narrativa da progressão dramática griffithiana, há, no entanto, uma seqüência que, sem se ter medo de errar, poder-se-ia chamá-la de eisensteiniana. É aquela na qual Roberto Ferreira tenta se ver livre dos presos num caminhão e tenta intimidá-los com um revólver, ocasionando uma fuga em pleno movimento do veículo, quando vem a morrer o irmão do personagem interpretado por Agildo Ribeiro. A rapidez, com que são expostos os rostos embrutecidos dos pobres diabos que estão no caminhão, tem um ritmo que se assemelha a um touch buscado na concepção de montagem de Sergei Eisenstein. Esta seqüência é um flash-back, quando Agildo Ribeiro, dançando, sente-se mal e começa a ter pesadelos retroativos.
Assim, Tocaia no asfalto se sobressai pela narrativa impactante que está a serviço do argumento, mas que predomina sobre este. Que versa sobre um pistoleiro contratado para matar um político corrupto (Milton Gaúcho), que, chegando do interior, vai morar num prostíbulo e se apaixona por uma mulher (Arassary de Oliveira). Enquanto isso, um jovem político bem intencionado (Geraldo D¿El Rey) pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as falcatruas do grupo do político que está na mira do assassino. Mas as reviravoltas do argumento determinam uma contra-ordem e o pistoleiro, na iminência de matar, é avisado que não mais precisa cumprir o trabalho. Apesar de um matador profissional, tem, porém, seus códigos de honra. e prefere ir até o fim naquilo para o qual fora incumbido. Não lembra Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro?
Tocaia no asfalto se desenrola em dois ambientes: o ambiente burguês da casa do político, abrangendo as festas, os colóquios e o namoro de sua filha (Angela Bonatti) com o jovem e promissor parlamentar, e o ambiente pobre do prostíbulo comandado com mão de ferro por Jurema Penna e, no qual, o pistoleiro é hospedado, vindo a conhecer uma prostituta pela qual se apaixona. Alguns personagens, como o policial interpretado por Adriano Lisboa, possuem mobilidade, pois circulam entre os dois ambientes, e Antonio Pitanga, outro matador, contratado, desta vez, para matar o outro. Pires, em alguns momentos, através da montagem paralela, tenta mostrar os acontecimentos em perspectiva de simultaneísmo, quando, por exemplo, Agildo e Arassary conversam no Farol de Itapoã.
Notável realizador, Roberto Pires, responsável pelo primeiro longa feito aqui, Redenção (1956-59), pelo seu extremado domínio formal da linguagem, poderia ter ido longe se trabalhasse no exterior, mas as injunções mercadológicas de um cinema caótico, como o brasileiro, determinaram-lhe, por vezes, um recesso forçado. Mas filmes como A grande feira e Tocaia no asfalto bastam para se ter um cineasta.
Não se pode deixar de registrar a funcionalidade da partitura de Remo Usai - que soa como um grito trágico na seqüência final do trem, o bom argumento de Rex Schindler - também produtor, associado a David Singer, e a fotografia de Hélio Silva. E uma pergunta que não se quer calar: por que, com todos os recursos existentes hoje, o cinema baiano não consegue fazer algo parecido com Tocaia no asfalto?
Produção genuinamente baiana, seu elenco é formado por gente da terra, exceção de Agilldo Ribeiro, Arassary de Oliveira, Ângela Bonatti, entre poucos. Mas são os baianos que tomam conta do cast: Geraldo D'El Rey (o galã do cinema baiano que depois se transformaria no virulento Manoel Vaqueiro de Deus e o diabo na terra do sol), David Singer (aqui dublê de ator de produtor), Jurema Penna (atriz baiana consagrada pela sua dedicação ao proscênio), Antonio Luz Sampaio (que depois passou a se chamar Antonio Pitanga), Roberto Ferreira (o popular Zé Coió, que de palhaço passou a sério ator dramático), Maria Anita (muito popular em programas infantis da recém inaugurada Tv Itapoá), Milton Gaúcho (uma griffe da cinematografia da Bahia, chegando a participar de quase todos os filmes, com raras exceções e, entre elas, os filmes de Glauber Rocha), Maria Lígia, Hélio Rodrigues, Orlando Senna (sim, que na época era jornalista e crítico de cinema), Othon Bastos (o Corisco de Deus e o diabo), Sílvio Lamenha (como ele próprio, colunista social com um caderninho na mão), Sonia Noronha, Walter Webb, etc.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
ATRIZ GLOBAL E ALUNAS DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
DIA DE TESTE PARA O FILME DOIS DE JULHO
A BAHIA É VETERANA NA PRODUÇÃO CINEMATOGRAFICA BRASILEIRA!
XVII FESTIVAL DE CINEMA GLAUBER ROCHA COLÉGIO 2 DE JULHO
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Glauber Rocha - De Lá Pra Cá - 02/10/2011
Grande homenagem ao "Profeta do inconformismo" Glauber Rocha
A MISERIA CULTURAL BAIANA
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA
MATRICULAS ABERTAS PARA 2012
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
REUNIÃO DE PRÉ PRODUÇÃO DO FILME 2 DE JULHO DO DIRETOR LÁZARO FARIA
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
DEPUTADOS BAIANOS LOUVAM GLAUBER ROCHA
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
PSICOSE É UMA OBRA-PRIMA
terça-feira, 18 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
WORKSHOP COM CIÇA CASTELLO NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA
Ciça Castello também esteve em Salvador para realizar os teste do filme Pixinguinha, de Denise Saraceni.
Os testes aconteceram na CAP Escola de Tv, no Rio Vermelho.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
A MONTAGEM IDEOLOGICA
Amparado nestes ditos de Eisenstein, há de se ver que, no cinema, como em quase todos os ramos das ciências, quando se reúne elementos (no sentido amplo) para obter um resultado, este é freqüentemente diferente daquele que se esperava: é o fenômeno dito de emergência. Aprende-se, por exemplo, em biologia, que pai e mãe misturam seu patrimônio hereditário para criar uma terceira personagem não pela soma desses dois patrimônios, mas, ao contrário, pela combinação deles em um novo patrimônio inédito. Em química, sabe-se ser possível misturar dois elementos em quaisquer proporções, mas não é possível combiná-los verdadeiramente em um corpo novo se não tem proporções perfeitamente definidas (Lavoisier). Da mesma forma, na montagem de um filme, os planos só podem ser reunidos numa relação harmoniosa.
A montagem ideológica consiste em dar da realidade uma visão reconstruída intelectualmente. É preciso não somente olhar, mas examinar, não somente ver, mas conceber, não somente tomar conhecimento, mas compreender. A montagem é, então, um novo método, descoberto e cultivado pela sétima arte, para precisar e evidenciar todas as ligações, exteriores ou interiores, que existem na realidade dos acontecimentos diversos.
- os operários diante do patrão
- o patrão com a caneta na mão
- o oficial ergue a mão para dar ordem de atirar
- uma gota de tinta cai na folha de reivindicações
- o oficial abaixa a mão; salva de tiros; um manifestante tomba.
A experiência de Kulechov demonstra o papel criador da montagem: um primeiro plano de Ivan Mosjukine, voluntariamente inexpressivo, era relacionado a um prato de sopa fumegante, um revólver, um caixão de criança e uma cena erótica. Quando se projetava a seqüência diante de espectadores desprevenidos, o rosto de Mosjukine passava a exprimir a fome, o medo, a tristeza ou o desejo. Outras montagens célebres podem ser assimiladas ao efeito Kulechov: a montagem dos três leões de pedra - o primeiro adormecido, o segundo acordado, o terceiro erguido - que, justapostos, formam apenas um, rugindo e revoltado (em O Encouraçado Potemkin, 1925, de Eisenstein); ou ainda a da estátua do czar Alexandre III que, demolida, reconstitui-se, simbolizando assim a reviravolta da situação política (em Outubro).
Em Estamos construindo (Zuyderzee, 1930), de Jori Ivens, várias tomadas mostram a destruição de cereais (trigo incendiado ou jogado no mar) durante o débacle de 1929 da Bolsa de Valores de Nova York, a depressão que marcou o século XX. Enquanto apresenta os planos de destruição de cereais, o realizador alterna -os com o plano singelo de uma criança faminta. Neste caso, o cineasta, fotografando uma realidade, recorta uma determinada significação. Os planos fotografados por Jori Ivens podem ser retirados da realidade circundante, mas é a montagem quem lhes dá um sentido, uma significação. Os cineastas soviéticos, como Serguei Eisenstein e Pudovkin, procuravam maximizar o efeito do choque que a imagem é capaz de produzir a serviço de uma causa.
Considerada a expressão máxima da arte do filme, a montagem, entretanto, vem a ser questionada na sua supremacia como elemento determinante da linguagem cinematográfica com a introdução - em fins dos anos 30 - das objetivas com foco curto que permitiu melhorar as filmagens contínuas - a câmera circulando dentro do plano - com uma potenciação de todos os elementos da cena e com um tal rendimento da profundidade de campo (vide Cidadão Kane (1941), de Orson Welles, Os melhores anos de nossas vidas, 46, de William Wyler) que possibilitou tomadas contínuas a dispensar os excessivos fracionamentos da decupagem clássica. A tecnologia influi bastante na evolução da linguagem fílmica, dando, com o seu avanço, novas configurações que modificam o estatuto da narração - o próprio primeiro plano - o close up - tão exaltado por Bela Balazs como "um mergulho na alma humana" - com o advento das lentes mais aperfeiçoadas já se encontra, esteticamente, com sua expressão mais abrangente e menos restrita. Tem-se, como exemplo, as faces enrugadas e pavorosas de David Bowie em Fome de Viver/The Hunger, 1983, de Tony Scott, com Catherine Deneuve e Susan Sarandon.
JULIO CESAR MELLO, ALUNO DA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA DA BAHIA ESTRÉIA EM SERIADO AUSTRIACO
terça-feira, 16 de agosto de 2011
CURSO DE DUBLAGEM EM SALVADOR É NA CAP-ESCOLA DE TV E CINEMA
CURSO DE DUBLAGEM EM SALVADOR BAHIA NA CAP ESCOLA DE TV E CINEMA
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Propaganda da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas - 2011
Direção de Elenco: Rada Rezeda, CAP - Escola de TV e CINEMA
Assistente de Elenco: Matheus Santana
Elenco: Noel Pestana Pestana, Juliana Arize, Tony Rastelly, Thyago Mandu, Quesy Pimenta, Lícia Maria e Laise Ribeiro.
sábado, 30 de julho de 2011
'O HOMEM QUE NÃO DORMIA" DE EDGAR NAVARRO
quarta-feira, 27 de julho de 2011
CABEÇAS ESDRÚXULAS
Por André Setaro
Dissipadas as divergências do pretérito, e encarando o futuro com amizade e confiança, André Setaro dá uma cabeçada amiga em Edgard Navarro, para cumprimentá-lo devidamente pela conclusão de seu segundo longa, O homem que não dormia. Ontem, no foyer do Teatro Castro Alves, durante o Cine Futuro (como agora se chama o Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual). O homem que não dormia, segundo opus navarriano no longametragismo (o primeiro o premiado Eu me lembro) tem sua avant-première sexta próxima, às 20 horas, na sala nobre do majestoso TCA, onde se concentram as principais atividades do seminário. O cineasta de O Superoutro está com fé e esperança neste filme, projeto antigo e que somente agora conseguiu colocá-lo nas imagens em movimento. Não se pode disso discordar: Edgard Navarro é o cineasta cult do cinema baiano contemporâneo.
terça-feira, 26 de julho de 2011
REUNIÃO DE PRODUÇÃO DO FILME 2 DE JULHO
quinta-feira, 21 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV E CINEMA
Duração: 5 meses inicio: 30 de JULHO
Turmas para adultos ,iniciantes, adolescentes e crianças – MATRICULAS ABERTAS
Próxima turma em agosto
Próxima turma inicio 25 de julho
Próxima turma em agosto
Próxima turma inicio 10 agosto