quinta-feira, 15 de março de 2018

DENDÊ NA MOCHILA - SBT - TV ARATU.

Matheus Boa Sorte, o produtor Chocolate produzindo uma bela matéria com a artista plastica Valeria Vidigal para o programa DENDÊ NA MOCHILA .

A FORMA DA AGUA

Sinopse

Década de 60. Em meio aos grandes conflitos políticos e bélicos e grandes transformações sociais ocorridas nos Estados Unidos, a muda Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, conhece e se afeiçoa a uma criatura fantástica mantida presa no local. Para elaborar um arriscado plano de fuga ela recorre a um vizinho (Richard Jenkins) e à colega de trabalho Zelda (Octavia Spencer).

Créditos e distribuição

ElencoMichael Stuhlbarg, Doug Jones, Michael Shannon, Octavia Spencer, Sally Hawkins, Lauren Lee Smith, Richard Jenkins, David Hewlett
DireçãoGuillermo del Toro
RoteiroVanessa Taylor, Guillermo del Toro
ProduçãoJ. Miles Dale, Guillermo del Toro

UM PARCEIRO DE FÉ

                                                 O grande fotografo Inácio Teixeira

AGORA EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BA

                                                                      VM FILMES

SALA DE EXIBIÇÃO NA FAZENDA VIDIGAL

VM FILMES exibe 2 filmes na sua inauguração em Vitória da Conquista: "Alô Boys" de Anselmo Vasconcellos e "A arte existe por que a vida não basta" de Zelito Viana

O TREM CAIPIRA

                            Beto Magno, Valéria Vidigal, Vera De Paula e Zelito Viana. Tela de Valéria Vidigal em homenagem a Ferreira Gular

EU BRINDO O NOVÍSSIMO CINEMA NOVO

                                                                   Saúde Beto Magno

CINEMA



Cinema puro

FESTA DE INAUGURAÇÃO DA VM FILMES EM VITÓRIA DA CONQUISTA-BA

Beto Magno, Lázaro Faria, Gianno Brito, Allan De Kard, Inácio Teixeira, Sergio Ramos, Armenio Santos, Zelito Viana e Afrânio Garcez.

CINEMA NOVÍSSIMO!

Sergio Ramos, Lázaro Faria, Xeno Veloso, Valéria Vidigal, Beto Magno, Vera de Paula, Zelito Viana e Allan De Kard  no restaurante Chef Jack.

VM FILMES E FAZENDA VIDIGAL

Gianno Brito, Valeria Vidigal, Lázaro Faria, Beto Magno, Allan De Kard, professor Benival Junior e alunos do IFBA já programando ações na área do audiovisual em Vitória da Conquista - Bahia - Brazil.

FAZENDA VIDIGAL

BETO MAGNO, MATHEUS BOA SORTE (TV ARATU), ALLAN DE KARD, CHOCOLATE (TV ARATU) E GIANO BRITO.

PRIMEIRO PLANO

XENO VELOSO, VALÉRIA VIDIGAL, LÁZARO FARIA, BETO MAGNO E O "MARIO CRAVO DOS SERTÕES" ESCULTOR ALLAN DE KARD. 

BOX 111

BETO MAGNO, ZELITO VIANA E DR. VALDIR BARBOSA

ABELHAS PROCURAM FLORES.

Por Valdir Barbosa


 Quando, nos idos setenta e cinco fui indicado para assumir minha primeira delegacia, fato que ocorreu em Itapetinga no alvorecer do ano seguinte, jamais poderia supor seriam os caminhos difíceis da carreira que abracei com sofreguidão, desde o início, pontes capazes de me fazer realizado e, sobretudo, percorrer trilhas deveras cintilantes. Sim, porque como digo ultimamente pude plantar desde então, principalmente na serrana Vitória da Conquista, aonde cheguei naquele tempo, antes mesmo de aportar na terra que foi a rainha da pecuária baiana, amores e amigos. Os especialíssimos frutos desta semeadura, filhos e cúmplices, posto verdadeiros amigos, nada mais representam senão parceiros do bem, me têm ofertado momentos de emoção indescritíveis. Confesso, quando engatinhava no mister que me tornou um caçador de infratores, atividade pela qual conheci os quatro cantos deste imenso país, bem como outras plagas fora de nossas fronteiras, buscando conhecimento, ou laborando na atividade fim, seria imponderável crer que se transformariam os episódios vividos, em obra que escrevi. Inimaginável crer que Saques e Tiros na Noite - Sonhos, Estórias e Histórias de um Homem de Polícia - teria o condão de reconduzir este calejado investigador, tal qual raposa velha que perde o pelo, perde os dentes, mas não perde o faro, aos palcos em que os dramas ocorreram, sem riscos nem dor, mas, tão somente, no dorso do corcel alado chamado emoção. Depois, mudando a biruta, ao invés de redigir novo elenco de memórias consegui grafar um romance - Surfando em Pipelines - e assisti serem publicadas, também, diversas crônicas que irão compor Divagares Ligeiros, justo a compilação destas divagações. Enfim, passei a rabiscar versos que têm sido iluminados, não pela inspiração deste poeta, mas pelas obras do fenomenal Ed Ribeiro, consagrado artista plástico baiano cujos quadros empresta, para ilustrar  os sonetos do que virá a ser, Poemas Iluminados. Todas estas nuances vindas num crescendo fazem com que este Homem de Polícia creia no caráter transcendente da existência, assim como na belíssima dinâmica da vida que a faz ser tão fascinante. E é justo sobre mais um feixe de emoções que estas linhas pretendem considerar. A convite do jovem e talentoso cineasta Beto Magno aporto ontem na estação que renovada trará o nome de um dos seus maiores inspiradores, Glauber Rocha. Cineasta, publicitário, conhecedor e amante das artes em geral, Beto reúne uma plêiade de notáveis, para lançar seu novo empreendimento e estou entre os convidados. Induvidosamente, a VM FILMES elevará sobremaneira o nome desta terra de tantos luminares, na musica, no cinema, na literatura, na escultura, na arte em geral, nos esportes, na política, destarte, sou privilegiado por participar do evento. De saída, o ambiente escolhido para a solenidade abriga energia de elevada magnitude. A fazenda Vidigal, de nossa cidadã conquistense e baiana, Valéria, cujas pinturas encantam, e do esposo Giano Brito, palco onde a pedra fundamental da VM FILMES foi fincada dispensa comentários. Por seu turno, quaisquer adjetivos serão incapazes de descrever as virtudes incomensuráveis do casal anfitrião. Apesar de amalgamados, na liga de um amor que brilha ao entorno de ambos revelando o geminar das suas almas, cada um deles tem, todavia, papel definido no exercício das responsabilidades profissionais, pessoais e sociais que desempenham, dentro da família e da comunidade onde pontuam. Mas, e acima de tudo, na medida em que entendo serem duas as razões que diferenciam os mortais de seus pares - inteligência e sensibilidade -, por certo, Giano e Valéria estão bem acima da média, nestes quesitos fundamentais. A diferença no particular é que nele, reservado por natureza, reside a fonte onde ela, personalidade intensa busca o combustível que queima na sua permanente arte de entrega.  Como exemplo há de referir, suas férias serão oportunidade de trabalho para levar a jovens desta terra, o milagre da transformação que apenas pode ser alcançado, nas profundas águas da cultura. Naquele sítio encantado, depois de abraçar os donos da casa pude rever velhos conhecidos e reencontrar, decerto, figuras de um passado imemorial a quem deveria rever neste plano do agora. Enquanto cumprimentava Dr. Armenio, Cassiano, Dr. Garcez, o grande escultor Allan de Kard, retratista local, J.C. de Ameida, levado a todos eles pelos sentidos elétricos de Beto, ladeado por João Luis e Vitória Magno, seus lindos filhos - mote da VM - revi alguém a quem não encontrava há anos, Luciano, amigo de meu querido irmão Valnei que voltou ao etéreo e matamos saudades. Justo sua esposa, D. Fátima cuidava de ofertar aos chegados, cadinhos magníficos, petiscos oriundos da Delícia da Nina e cachaça artesanal alambicada em Iguaí. Enquanto o profissional local e diretores de fotografia para o cinema, Xeno Veloso e Inácio Teixeira interagiam comigo através suas conversas retinas e lentes, fui ao encontro do consagrado Lázaro Faria, publicitário e cineasta. Finalmente encarei a fera, Zelito Viana e sua esposa Vera de Paula, ele aplaudido produtor e roteirista brasileiro, pai do ator Marcos Palmeira, também produtor de alimentos orgânicos em Itororó, na fazenda Cabana da Ponte fundada por Sinval Palmeira, exponencial personalidade que pude conhecer, exatamente quando fiz meu “avant premiere” como Delegado naquelas paragens, com eles, o dramaturgo Sergio Ramos, nascido na cidade da carne do sol mais famosa do Brasil. Após a abertura, todos os presentes foram brindados com o curta ALÔ BOYS, lançado por Beto e pela maravilhosa película dirigida por mestre Zelito Viana e Gabriela Gastal, sob os auspícios da Mapa Filmes.  Neste momento invadiram a sala de projeção sem pedir licença - e não deveriam -, além do motivo inspirador da obra, Ferreira Goullart, Marcos Nanini, Adriana Calcanhoto, Laila Garin e Paulinho da Viola. Inebriados pela beleza do tributo ao grande e imortal artista maranhense, não restaram dúvidas acerca da máxima que intitula o filme: A ARTE EXISTE PORQUE A VIDA NÃO BASTA. Enquanto degustava o jantar supimpa, feito com esmero pela chef Cris Luna, ao som de musica leve aos acordes de Lucinho Ferraz e da voz da  jovem e excepcional cantora, Valéria lembrou episódio inusitado ocorrido quase dezoito anos atrás. Recordou que nossas famílias se encontravam, por casualidade, numa pousada às margens da barragem de Anagé, quando houve atitude tanto neurótica, própria dos profissionais de polícia, sempre que expostos a momentos de perigo. Abelha impertinente picou seu lábio, enquanto sorvia refrigerante e tendo gritado frente a dor provocou reação incontinenti deste oficial de segurança, postado próximo à mesa onde estava. Viajamos no tempo, rimos outra vez, sua filha, na época criança acompanhou o momento hilário e viajei no trem bala do pensamento até a cama de meu João, em Salvador. Assim, como a jovem estava ele ainda infante, naquele cenário recordado. Despedi-me de todos e voltei para a pousada onde me abrigo e agora escrevo estas linhas. Quando subi a serra imaginei, quanta felicidade para Conquista receber empreendimento do porte da VM Produções, bem como será exitosa e cheia de sucesso, a nova jornada que Beto enceta. Ao deitar pensei numa verdade e faço-a transmitida para Giano, Valéria, seus filhos e todos que lhes amam. ABELHAS PROCURAM FLORES. Hoje, nos revimos, ao eflúvio dos vinhos na adega, Box 111 e no sabor supimpa das iguarias feitas pelo chef Jack, estrela do Bistrô. Afinal, o que é bom acontece muitas vezes. Vitória da Conquista, 25 de novembro de 2017 valdir barbosa Enviado do Yahoo Mail no Android
ABELHAS PROCURAM FLORES Quando, nos idos setenta e cinco fui indicado para assumir minha primeira delegacia, fato que ocorreu em Itapetinga no alvorecer do ano seguinte, jamais poderia supor seriam os caminhos difíceis da carreira que abracei com sofreguidão, desde o início, pontes capazes de me fazer realizado e, sobretudo, percorrer trilhas deveras cintilantes. Sim, porque como digo ultimamente pude plantar desde então, principalmente na serrana Vitória da Conquista, aonde cheguei naquele tempo, antes mesmo de aportar na terra que foi a rainha da pecuária baiana, amores e amigos. Os especialíssimos frutos desta semeadura, filhos e cúmplices, posto verdadeiros amigos, nada mais representam senão parceiros do bem, me têm ofertado momentos de emoção indescritíveis. Confesso, quando engatinhava no mister que me tornou um caçador de infratores, atividade pela qual conheci os quatro cantos deste imenso país, bem como outras plagas fora de nossas fronteiras, buscando conhecimento, ou laborando na atividade fim, seria imponderável crer que se transformariam os episódios vividos, em obra que escrevi. Inimaginável crer que Saques e Tiros na Noite - Sonhos, Estórias e Histórias de um Homem de Polícia - teria o condão de reconduzir este calejado investigador, tal qual raposa velha que perde o pelo, perde os dentes, mas não perde o faro, aos palcos em que os dramas ocorreram, sem riscos nem dor, mas, tão somente, no dorso do corcel alado chamado emoção. Depois, mudando a biruta, ao invés de redigir novo elenco de memórias consegui grafar um romance - Surfando em Pipelines - e assisti serem publicadas, também, diversas crônicas que irão compor Divagares Ligeiros, justo a compilação destas divagações. Enfim, passei a rabiscar versos que têm sido iluminados, não pela inspiração deste poeta, mas pelas obras do fenomenal Ed Ribeiro, consagrado artista plástico baiano cujos quadros empresta, para ilustrar  os sonetos do que virá a ser, Poemas Iluminados. Todas estas nuances vindas num crescendo fazem com que este Homem de Polícia creia no caráter transcendente da existência, assim como na belíssima dinâmica da vida que a faz ser tão fascinante. E é justo sobre mais um feixe de emoções que estas linhas pretendem considerar. A convite do jovem e talentoso Beto Magno aporto ontem na estação que renovada trará o nome de um dos seus maiores inspiradores, Glauber Rocha. Cineasta, publicitário, conhecedor e amante das artes em geral, Beto reúne uma plêiade de notáveis, para lançar seu novo empreendimento e estou entre os convidados. Induvidosamente, a VM produções elevará sobremaneira o nome desta terra de tantos luminares, na musica, no cinema, na literatura, na escultura, na arte em geral, nos esportes, na política, destarte, sou privilegiado por participar do evento. De saída, o ambiente escolhido para a solenidade abriga energia de elevada magnitude. A fazenda Vidigal, de nossa cidadã conquistense e baiana, Valéria, cujas pinturas encantam, e do esposo Giano Brito, palco onde a pedra fundamental da VM produções foi fincada dispensa comentários. Por seu turno, quaisquer adjetivos serão incapazes de descrever as virtudes incomensuráveis do casal anfitrião. Apesar de amalgamados, na liga de um amor que brilha ao entorno de ambos revelando o geminar das suas almas, cada um deles tem, todavia, papel definido no exercício das responsabilidades profissionais, pessoais e sociais que desempenham, dentro da família e da comunidade onde pontuam. Mas, e acima de tudo, na medida em que entendo serem duas as razões que diferenciam os mortais de seus pares - inteligência e sensibilidade -, por certo, Giano e Valéria estão bem acima da média, nestes quesitos fundamentais. A diferença no particular é que nele, reservado por natureza, reside a fonte onde ela, personalidade intensa busca o combustível que queima na sua permanente arte de entrega.  Como exemplo há de referir, suas férias serão oportunidade de trabalho para levar a jovens desta terra, o milagre da transformação que apenas pode ser alcançado, nas profundas águas da cultura. Naquele sítio encantado, depois de abraçar os donos da casa pude rever velhos conhecidos e reencontrar, decerto, figuras de um passado imemorial a quem deveria rever neste plano do agora. Enquanto cumprimentava Armenio, Cassiano, Garcez, o grande escultor Allan de Kard, retratista local, J.D. de Ameida, levado a todos eles pelos sentidos elétricos de Beto, ladeado por João Luis e Vitória Magno, seus lindos filhos - mote da VM - revi alguém a quem não encontrava há anos, Luciano, amigo de meu querido irmão Valnei que voltou ao etéreo e matamos saudades. Justo sua esposa, D. Fátima cuidava de ofertar aos chegados, cadinhos magníficos, petiscos oriundos da Delícia da Nina e cachaça artesanal alambicada em Iguaí. Enquanto o profissional local e diretores de fotografia para o cinema, Xeno Veloso e Inácio Teixeira interagiam comigo através suas conversas retinas e lentes, fui ao encontro do consagrado Lázaro Faria, publicitário e cineasta. Finalmente encarei a fera, Zelito Viana e sua esposa Vera de Paula, ele aplaudido produtor e roteirista brasileiro, pai do ator Marcos Palmeira, também produtor de alimentos orgânicos em Itororó, na fazenda Cabana da Ponte fundada por Sinval Palmeira, exponencial personalidade que pude conhecer, exatamente quando fiz meu “avant premiere” como Delegado naquelas paragens, com eles, o dramaturgo Sergio Ramos, nascido na cidade da carne do sol mais famosa do Brasil. Após a abertura, todos os presentes foram brindados com o curta Hellow Boy, lançado por Beto e pela maravilhosa película dirigida por mestre Zelito Viana e Gabriela Gastal, sob os auspícios da Mapa Filmes.  Neste momento invadiram a sala de projeção sem pedir licença - e não deveriam -, além do motivo inspirador da obra, Ferreira Goullart, Marcos Nanini, Adriana Calcanhoto, Laila Garin e Paulinho da Viola. Inebriados pela beleza do tributo ao grande e imortal artista maranhense, não restaram dúvidas acerca da máxima que intitula o filme: A ARTE EXISTE PORQUE A VIDA NÃO BASTA. Enquanto degustava o jantar supimpa, feito com esmero pela chef Cris Luna, ao som de musica leve aos acordes de Lucinho Ferraz e da voz de  jovem e excepcional cantora, Valéria lembrou episódio inusitado ocorrido quase dezoito anos atrás. Recordou que nossas famílias se encontravam, por casualidade, numa pousada às margens da barragem de Anagé, quando houve atitude tanto neurótica, própria dos profissionais de polícia, sempre que expostos a momentos de perigo. Abelha impertinente picou seu lábio, enquanto sorvia refrigerante e tendo gritado frente a dor provocou reação incontinenti deste oficial de segurança, postado próximo à mesa onde estava. Viajamos no tempo, rimos outra vez, sua filha, na época criança acompanhou o momento hilário e viajei no trem bala do pensamento até a cama de meu João, em Salvador. Assim, como a jovem estava ele ainda infante, naquele cenário recordado. Despedi-me de todos e voltei para a pousada onde me abrigo e agora escrevo estas linhas. Quando subi a serra imaginei, quanta felicidade para Conquista receber empreendimento do porte da VM Produções, bem como será exitosa e cheia de sucesso, a nova jornada que Beto enceta. Ao deitar pensei numa verdade e faço-a transmitida para Giano, Valéria, seus filhos e todos que lhes amam. ABELHAS PROCURAM FLORES. Hoje, nos revimos, ao eflúvio dos vinhos na adega, Box 111 e no sabor supimpa das iguarias feitas pelo chef Jack, estrela do Bistrô. Afinal, o que é bom acontece muitas vezes.
 Vitória da Conquista, 25 de novembro de 2017.

INAUGURAÇÃO OFICIAL DA VM FILMES NO ESPAÇO GOURMET DA FAZENDA VIDIGAL EM VITÓRIA DA CONQUISTA - BA

       Obrigado a todos que se fizeram presente na festa do Cinema Novo.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A GUERRA DO TAMANDUÁ "PÉS DUROS E MELETES"



 


Vitória da Conquista.
                        Vitória da Conquista é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme o IBGE, em 1 de abril de 2007, era de 308.204 habitantes, o que a torna a 3ª maior cidade do estado e também do interior do Nordeste (excetuando-se as regiões metropolitanas) [2]. Possui um dos PIBs que mais crescem no interior desta região. Capital regional de uma área que abrange aproximadamente 70 municipios na Bahia, além de 16 cidades do norte de Minas Gerais. Tem a altitude, nas escadarias da Igreja Matriz, de 923 metros podendo atingir mais de 1.000 metros nos bairros mais altos. Possui uma área de 3.743
História
       O Arraial da Conquista foi fundado em 1783 pelo sertanista português João Gonçalves da Costa, nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na região de Trás-os-Montes que com dezasseis anos de idade, foi para o Brasil ao serviço de D. José I, Rei de Portugal, com a missão de conquistar as terra ao oeste da costa da Bahia.
           Anteriomente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do Sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins do século XVIII.

Índios pataxós
        Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o Arraial da Conquista foi elevado à Vila e Freguesia, pasando a se denominar Imperial Vila da Vitória, com território desmembrado do município de Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em ato de 1º de Julho de 1891, a Imperial Vila da Vitória, passou à categoria de cidade, recebendo, simplesmente, o nome de Conquista. Finalmente, em dezembro de 1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome do Município é modificando para Vitória da Conquista.
        Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio Pardo, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1,392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em Comarca.
         Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.
         O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
          Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
          Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios - daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
        Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
         Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
         Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.

Os índios e os colonizadores
              A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas. Primeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem êles ferozes e crueis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
              Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
             Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
               Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
         Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
         A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
          Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o “banquete da morte”.
         Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, (ver também Maximilian zu Wied-Neuwied), naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.
        Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na miscigenação de índios e negros.

Desenvolvimento
         A região de Vitória da Conquista, compreendendo os municípios de Barra do Choça, Planalto e Poções, devido à localização em uma altitude próxima de 1.000m acima do nível do mar e por não ter geadas, sempre foi um produtor de café.
          Entretanto a partir do ano de 1975 esta cultura agrícola foi incrementada com financiamentos subsidiados pelos bancos oficiais, passando a região a ser a maior produtora do norte e nordeste do Brasil.
        A partir do final dos anos 1980, o município realça sua característica de pólo de serviços. A educação, a rede de saúde e o comércio se expandem, tornando a cidade a terceira economia do interior baiano. Esse pólo variado de serviços atrai a população dos municípios vizinhos.
        Paralelamente à expansão da lavoura cafeeira, um pólo industrial passou a se formar em Vitória da Conquista, com a criação do Centro Industrial dos Ymborés. Nos anos 90, os setores de cerâmica, mármore, óleo vegetal, produtos de limpeza, calçados e estofados entram em plena expansão.
        O ano de 2007 foi considerado o marco inícial de um novo cíclo na agricultura regional, ciclo este fundamentado no plantio de cana-de-açucar, para produção sobretudo de etanol e no plantio de eucalipto destinado a produção de carvão para a indústria siderúrgica do norte de Minas Gerais, essências e madeira serrada que substituira a madeira de lei nativa cada vez mais escassa. Já estão plantados neste ano, mais de vinte milhões de pés de eucalípto.
        As micro-indústrias, instaladas por todo o Município, geram trabalho e renda. Estas indústrias produzem de alimentos a cofres de segurança, passando por velas, embalagens e movelaria, além de um pequeno setor de confecções.
        A educação é um dos principais eixos de desenvolvimento deste setor. A abertura do Ginásio do Padre Palmeira formou os professores que consolidaram a Escola Normal, o Centro Integrado Navarro de Brito, além das primeiras escolas privadas criadas no Município.
        A abertura da Faculdade de Formação de Professores, em 1969, respondeu à demanda regional por profissionais melhor formados para o exercício do magistério. A partir da década de 90, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia multiplicou o número de cursos oferecidos. Também nessa década, surgiram três instituições privadas de ensino superior.
        O setor de saúde ganhou novas dimensões. Antigos hospitais foram aperfeiçoados, clínicas especializadas foram abertas e a Rede Municipal de Saúde se tornou, a partir de 1997, referência para todo o País. Esse fato criou condições para que toda a região pudesse se servir de atendimento médico-hospitalar compatível com o oferecido em grandes cidades.
        Hoteleiros, empresários, comerciantes atacadistas e profissionais liberais formam os segmentos que, junto com a Educação e a Saúde, fizeram a infra-estrutura da cidade abarcar, além de migrantes, a população flutuante que circula na cidade diariamente.
        O desenvolvimento da cidade também é atestado pelos índices econômicos e sociais. O Índice de Desenvolvimento Econômico subiu do 11º lugar no ranking baiano, em 1996, para 9º, em 2000. O Índice de Desenvolvimento Social deu um salto: subiu do 24º para o 6º lugar. O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano também saltou do 30º lugar em 1991 para 18º em 2000. Dos 20 melhores IDHs baianos, Vitória da Conquista foi o que mais melhorou.

Infra-estrutura

          Vitória da Conquista possui uma estrutura compatível com sua população, a terceira maior da Bahia. Um comércio forte e muito dinâmico contando com grande número de empresas além de um shopping center, o Conquista Sul e vários conjuntos comerciais, com lojas e salas, onde se destacam o Itatiaia e o Conquista Center. Esse pujante comércio abrange toda a regiao sudoeste do estado além do norte de Minas Gerais, influenciando uma população estimada em 2 milhões de pessoas, o que coloca a cidade entre os cem maiores centros comerciais do país.
         A cidade também conta com um setor de saúde público e privado muito bem estruturado, que renderam a ela, prêmios a nível nacional e internacional, freqüentemente seu modelo de saúde pública tem servido de exemplo até mesmo para outros países.
          Conquista também se destaca por possuir um setor educacional privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores redes de ensino do país, além de contar com várias faculdades, tais como: FAINOR, FTC, JTS (particulares), UFBA, CEFET, UESB (públicas),o que a consagra como um importante pólo de educação superior com cerca de 12 mil universitários, não só para o estado da Bahia, como para todo o Brasil.
         Destacam-se setores da economia como o moveleiro considerado o maior pólo desta natureza no estado; a cidade é grande produtora e exportadora de café e, atualmente, a construção civil tem sido o grande destaque na economia da cidade, na indústria destacam-se o Grupo Marinho de Andrade (Teiú e Revani), Coca-Cola, Dilly Calçados, Umbro, Kappa, BahiaFarma, Café Maratá, dentre outras.

Turismo
Cristo, de Mário Cravo
          A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
        O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século XX.
        A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se: o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
        Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos  os os atuais moradores.[4]
         Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o “Poço Escuro”, uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce o Rio Periperi, também conhecido como “Verruga”, em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
        O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Junior. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
        A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.

Geografia
Clima
        Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela relativa altitude do lugar, e é uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas no estado da Bahia, chegando a registrar 7,2°C em 2006 mas já foram registradas temperaturas inferiores a 6°C em diversos anos anteriores. Perde em temperatura média apenas para as cidades mais altas da Chapada Diamantina, como Piatã). “As chuvas de neblina”, como são chamadas, se concentram no período de Abril a Agosto, já “as chuvas das águas” (mais intensas e fortes) ficam concentradas de Outubro a Março.

Vegetação
        O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a vegetação da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em faixas:
        Faixa A - Caatinga ou cobertura acatingada - Vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
        Faixa B - Carrasco, também conhecido como “campos gerais”ou cerrado - É uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca. Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
       Faixa C - Mata de Cipó. Esta cobertura parece ser a predominante no platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são frequentes. Como vegetação secundária é abundante: corona, cipó-de-anta, pitiá, caiçara, avelone, bem como capim corrente ou barra-do-choça, além dos amargoso e tricoline.
       Faixa D - Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaia, sapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de Mata-de-Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva resultante é mais verde na estação seca que na Mata-de-Cipó. A cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias em terras de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação encontra-se toda a sudeste da Rio-Bahia.
       Faixas E e F - Mata Fria e Mata Fluvial Úmida - São as vegetações que aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a frequentes e prolongados nevoeiros. Em plena estação seca… a vegetação herbácea se mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma madeira de lei. Predomina a madeira branca.”(MEDEIROS, Ruy H. A. - Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.87)

Relevo
          “Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada, suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos arredondados. Seus vales são largos, desproporcionais aos finos cursos d’água que aí correm, de fundo chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro. Ocorrem no platô elevações geralmente de encontas suaves (embora existam aquelas com encostas íngremes), que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de cerca de 1.109m e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta altitudes que variam de 857 a 950 metros.
          Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em “Duas Vendas” (Município de Planalto) adiante da “Fazenda Salitre”(em Poções), em terrenos íngremes, e a “Serra da Ouricana” (uma das serras localmente conhecida como “Serra Geral”), em Poções e Planalto. A medida que as altitudes caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado.” (MEDEIROS, Ruy H. A. - Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.67)


Principais bairros
              Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da Conquista, destacam-se o Centro, Candeias, Recreio, Urbis de I a VI, Santa Cecília, Alto Maron, Brasil,Itamarati, Guarani, Sumaré, Patagônia, Kadija, Ibirapuera, Morada do Pássaros de I a III, Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno Bacelar, Inocoop I e II, Alegria, Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto das Águas, Conveima, Vila América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema, Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do Bem Querer, Vila Serrana de I a IV, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida, Urbis I,II,III,IV,V e VI Cidade Maravilhosa e vários outros.Ao todo são mais de 70 bairros além de inúmeros loteamentos recentes.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

VEM AI O MAIOR FILME ÉPICO DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL


VEM AI O CONCURSO DE ROTEIROS SOBRE A HISTÓRIA DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA

“Povo sem história é povo ignorado, povo esquecido, sem nome, sem valor”.

Aníbal Lopes.


JOÃO GONÇALVES DA COSTA: aqui começa a História de Vitória da Conquista que a VM FILMES vai contar. 
O MAIOR FILME ÉPICO DO NORTE E NORDESTE!


Vitoria da Conquista - Bahia

                                                                

sexta-feira, 12 de maio de 2017

VIVA O PROJETO CULTURAL QUINTAS DE MAIO.

                                              Foto:J.C. D'almeida 
                                              Beto Magno e Vadinho Barreto

UM LEGITIMO REPRESENTANTE DA CULTURA, UM "HERÓI DA RESISTÊNCIA"!
Conheci Vadinho Barreto durante um show dele, numa noite de 1985, no Cascas Bar. Ao fim do show seguimos pra Uma "esticada" na noite, paramos no Massa Rara... Estávamos eu, uma namorada minha, Vadinho e alguns novos amigos que acabávamos de conhecer. Todos juntos, na farra, numa camionete que eu tinha! Foi a primeira de várias que estavam por vir! Lá no Massa Rara, inevitavelmente. Vadinho teve que da uma canja...Ah, a festa tava só começando! Foi uma noite inesquecível! Depois não parou mais...lá estávamos nós, Eu e Vadinho... por varias vezes entre canjas e goles nas noites frias de Conquista, no Dose Dupla, no Taquara Drink Som, Boate Cafezal, Boate Carrascão, Ali Bar, Cio da Terra, Mistura Fina, Bar Cultura, Acalanto, Mocó Faia, Raízes, Luar do Sertão , Bareta, Esquina de Massú, Luar, Largo da Carioca, Barão Bar, Scala, Bar do Sabino,Bar Doce Bar, Panela de Barro, Arnaldo's e muitos outros que de tanto tempo já não lembro mais. Em cada lugar desses pude ver meu amigo cantar, sorrir, poetizar e, assim, a minha admiração por este artista obstinado pelo ofício de cantar foi crescendo. Hoje, assisto ao resultado de tanto talento e determinação concretizado no seu projeto QUINTAS DE MAIO que de forma pungente apresenta e revela os grandes nomes da MPB Conquistense e do Brasil .

Parabéns, Vadinho Barreto, pelo esforço, dedicação e empenho pessoal para manter e sustentar, sempre com alegria, garra e vontade, um projeto artístico-cultural tão importante e por tantos longos anos!

Eis aqui um fã da sua arte,

Grande abraço meu amigo!
Beto Magno.

domingo, 19 de março de 2017

"TERRA EM TRANSE": BUSTO ROUBADO DE GLAUBER ROCHA É MONUMENTO Á MYZERYA DO PAYZ


Por James Martins
Prólogo
“Terra em Transe”, o filme de Glauber Rocha que completa 50 anos em 2017, já foi avaliado sob diversos prismas. Um dos elogios mais eloquentes, o de Nelson Rodrigues, talvez nem seja de fato (ou apenas) um elogio: “Nós estávamos cegos, surdos e mudos para o óbvio. Terra em Transe era o Brasil. Aqueles sujeitos retorcidos em danações hediondas somos nós. Queríamos ver uma mesa bem posta, com tudo nos seus lugares, pratos, talheres e uma impressão de Manchete. Pois Glauber nos deu um vômito triunfal. Os Sertões de Euclides da Cunha também foi o Brasil vomitado. E qualquer obra de arte para ter sentido no Brasil precisa ser essa golfada hedionda”.
Cena I
Em 2003, o então prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy, inaugura um busto de Glauber Rocha, obra de Nanci Novais, no início da rua que leva o nome do cineasta, na Baixa de Quintas. Era parte de um projeto urbanístico que reformou praças -incluindo pedras de granito-, instalou uma fonte luminosa na Praça da Sé, inaugurou o novo Parque do Abaeté… Enfim, um projeto que, não obstante a importância, recebeu também muitas críticas de que teria apenas enfeitado a cidade.

Um ano depois, em 2004, mesmo como o prefeito melhor avaliado do país, Imbassahy não consegue eleger o sucessor. Entra João Henrique, em uma aliança de centro-esquerda que infligiu a primeira derrota ao carlismo em um longo período. E, oito anos depois, a cidade praticamente destruída (ruas escuras, praias sujas e praças cariadas que só não caíram totalmente graças ao mesmo granito) elege ACM Neto – que inicia uma série de intervenções na capital, tão elogiadas quanto criticadas em termos semelhantes aos dirigidos a Imbassahy.
Cena II
No início de 2015 o busto de Glauber é roubado. Provavelmente por usuários de crack, os famosos sacizeiros. “Aqui tem mais de 300 mil sacizeiros. A essa altura ele já foi ó… [gesticula como se portasse um maçarico] todo fumado”, diz Alex, profissional da limpeza municipal, ao bahia.ba, enquanto faz a manutenção do gramado na Avenida Barros Reis, próximo ao pedestal d’onde o busto foi extraído. Sacizeiros passam por perto. E moradores de rua empurrando carrinhos de supermercado. A grama está bem aparadinha. Manhã. Nublado.

Excerto de Eztetyka da Fome (1965)
“Personagens comendo terra, personagens comendo raízes, personagens roubando para comer, personagens matando para comer, personagens fugindo para comer, personagens sujas, feias, descarnadas, morando em casas sujas, feias, escuras: foi esta galeria de famintos que identificou o Cinema Novo com o miserabilismo tão condenado pelo Governo, pela crítica a serviço dos interesses antinacionais pelos produtores e pelo público – este último não suportando as imagens da própria miséria”.

Foto: Mateus Soares/bahia.ba
Patrick, morador da área, lamenta ações de vandalismo…
Foto: Mateus Soares/bahia.ba
…e Alex, funcionário da limpeza municipal, não conhece Glauber Rocha (Fotos: Mateus Soares/bahia.ba)

Cena III
“Glauber Rocha? Na verdade não sei quem é não”, Alex, funcionário da limpeza municipal. Já citado. “Rapaz, tem mais de 10 anos que eu não vou [ao cinema]”.

“Não sei”, Camila, funcionária da loja de polpa de frutas União, que fica em frente ao ex-busto, respondendo quem é Glauber Rocha.
“Tem a ver com cinema, né?”, Toinho, baleiro.
“Eu moro aqui na região há uns 32 anos. Essa rua não existia, é nova. Isso aí deve ter sido usuário de droga, sabe como é né? Ou então só por maldade mesmo, que ser humano tem é arte. Veja que tá tudo pichado, destruído. Eu sei que ele trabalhava com cinema. Tem até um cinema com o nome dele, lá no Centro. É capaz de já ter visto algum filme, mas não lembro”, Patrick, funcionário de condomínio.
Cena IV
“Dois filmes de Glauber Rocha que provocaram rupturas, divisores de águas, no cinema brasileiro: DEUS O DIABO NA TERRA DO SOL, com a sua estética da fome, um marco do movimento Cinema Novo e TERRA EM TRANSE, com a sua estética do sonho, o epicentro que sacudiu a intelligentsia brasileira, influenciando toda uma geração. Pela sua concretude, este filme foi uma peça essencial para alicerçar e fundamentar o teatro de José Celso Martinez Corrêa e o movimento Tropicalista. Uma ópera atonal surrealista barroca, cujo libreto aborda o sentimento de brasilidade do poeta Paulo Martins, que fica dividido entre o populismo e a direita reacionária. Um país dominado por uma elite retrógrada que até hoje está no poder. Uma obra prima de vanguarda que permanece atual. Não só do ponto de vista estético, como também, pelo seu conteúdo, pela sua dramaturgia e pelos seus protagonistas, que são as mesmas peças que estão no xadrez político do Brasil contemporâneo”.

[José Walter Lima, cineasta, autor de “Rogério Duarte, o Tropikaoslista” (2016)]
Cena V
A redação do bahia.ba conversa com a Fundação Gregório de Matos, responsável pelos bustos da cidade. Telefone: “Fundação Gregório de Matos, bom dia”. “Bom dia, aqui é James Martins”. “Paulo Martins?”. “James. Eu quero saber do busto de Glauber Rocha, que foi roubado em 2015, se tem alguma previsão de retorno”. “Olha, na verdade nós temos um problema de orçamento, que é limitado, anual. E Glauber é prioridade, mas, sinceramente, não temos uma previsão a dar. Vários bustos e monumentos foram roubados ou danificados, Mestre Bimba, Nossa Senhora da Conceição, Castelo Branco… é complicado, só quem tá aqui na cadeira é que sabe! Infelizmente o vandalismo é uma realidade, usuários de drogas, tudo isso. E o país vive um momento difícil, não é?, de contingenciamento. Não pense que não temos sensibilidade, nós temos, queremos resolver esse problema, devolver o busto ao seu devido lugar, mas não é tão simples, ainda mais com as burocracias, licitação etc”.

Dados
Salvador tem aproximadamente 20 mil moradores de rua, segundo informações do Projeto Axé.
40% deles usam álcool ou crack, segundo a prefeitura.

Cena VI
“O tamanho da pedra varia a depender do dinheiro que eu tiver. Uns 10 reais já dá pra uma jadezinha razoável. Dá pra dar uma tapinha. Menos que isso só farelo de cinco conto. Tudo aumentou né? Tem gente que fuma na lata, outros no cachimbo. O cachimbo é melhor, mas se a polícia te pegar é barril. A lata dá pra reciclar, vender, é retornável (risos)”, diz A.L., usuário que oscila entre a rua e a casa da família.

“O crack já foi droga de miserável. Hoje em dia a classe-média absorveu. O ideal é comprar 5 gramas por $100 – com metade você faz um dinheiro: 17 pedras de 10 reais. É o lado empreendedor (risos). Tem gente que faz a pedra da própria cocaína, que fica mais forte”, P.S., ex-usuário, também em conversa com a reportagem.
Close-Up

“ESSA GOLFADA HEDIONDA”

Excerto de Eztetyka da Fome (1965)
“A mais nobre manifestação cultural da fome é a violência”.

Cena VII
Em 31 de agosto de 2016 o Senado aprovou o impeachment da Presidente da República, Dilma Rousseff (PT), por 61 votos contra 20. Ela foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal (“pedaladas fiscais”) no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional. Às 16 horas do mesmo dia, o vice Michel Temer (PMDB) tomou posse.

Sinopse
“Na República de Eldorado, Paulo Martins é um jornalista idealista e poeta ligado ao político conservador em ascensão e tecnocrata Porfírio Diaz e à amante dele, a meretriz Silvia, com quem também mantém um caso formando um triângulo amoroso. Quando Diaz se elege senador, Paulo se afasta e vai para a província de Alecrim, onde conhece a ativista Sara. Juntos eles resolvem apoiar o vereador populista Felipe Vieira para governador na tentativa de lançarem um novo líder político, supostamente progressista, que guie a mudança da situação de miséria e injustiça que assola o país. Ao ganhar a eleição, Vieira se mostra fraco e controlado pelas forças econômicas locais que o financiaram e não faz nada para mudar a situação social, o que leva Paulo, desiludido, a abandonar Sara e retornar à capital e voltar a se encontrar com Sílvia”.

The And
Por mais que especulemos, é impossível saber qual seria a posição política de Glauber Rocha hoje. Sem poder ser considerado um conservador de direita, sua relação com as diretrizes de esquerda tampouco foram consoantes. Em 1977 (nos 10 anos de “Terra em Transe”), elogiou o presidente militar Ernesto Geisel. Antes, já tinha chamado o General Golbery de “gênio da raça”. Na Bahia, manteve relações cordiais com Antônio Carlos Magalhães. E todos o odiavam. E todos o amam. E o Brasil parece que não se cansa de parodiar “Terra em Transe”.

Sua ambição política era tanta que ultrapassava a política e por isso se opunha a ambos os lados da mediocridade. Assim como o seu cinema se opôs tanto às boas-maneiras da Vera Cruz quanto às barbaridades das chanchadas. Um outro Brasil – acima e além das praças limpinhas, das inaugurações de bustos e placas, mas também sem recorrer ao charme tardo-burguês que rejeita soluções práticas e asseio em nome da suposta autenticidade de paredes caindo aos pedaços em sobrados coloniais. Encarar a miséria sem folclorizá-la é uma das muitas lições do artista.
De um certo ponto de vista, o busto roubado de Glauber Rocha é a melhor homenagem que ele podia receber. Deveria ser reinaugurado assim, só a pedra. É também a prova da lentidão e da myzerya de um país que ainda é uma cópia do filme que ele lançou há 50 anos. Não deixa de ser irônico que cenas de “Terra em Transe” ironizando manifestações político-populares sejam usadas hoje para convocar manifestações político-populares. Mas também é óbvio que tais cenas servem muito bem a esse fim. O busto de bronze derretido parece cantar, onde quer que esteja: “Derreta esquadrão de ouro / É bom no samba, é bom no couro”, dando razão a um engano auditivo comum.
“Terra em Transe” continua sendo essa golfada hedionda, vômito triunfal de um país que está em nossas mãos e não adianta lavar. Um filme que, como sua personagem principal que é também uma encarnação de seu autor, almeja nada menos que o absoluto. Roubaram o busto de Glauber Rocha no início da rua que lhe dá nome para mostrar que ele continua sendo muito mais uma rua, uma via, que um busto, um monumento. Que ele continua móvel e imprevisível. Andando, como um sacizeiro, pra cima e pra baixo. “Rocha que voa”, assim batizou Eryk Rocha o filme que fez sobre o pai. Ele ainda diz: “Eu assumo os riscos. Precisamos resistir… e eu preciso cantaAAr”.