segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

MEUS FILMES ANTIGOS PREDILETOS



Foto: divulgação 

Por Beto Magno 


No embalo das listas, fiz uma dos meus 20 filmes brasileiros preferidos dos anos 1960. 

Foi a década de gente que vinha da Atlântida, de Marte, da praia, das ruas, de um Cinema Novo. Tudo era possível.

Acho que José Mojica Marins envelheceu melhor do que todos. Por isso encabeça a coletânea.

1- "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964, José Mojica Marins)
2- "Noite Vazia" (1964, Walter Hugo Khouri)
3- "O Bandido da Luz Vermelha" (1968, Rogério Sganzerla)
4- "São Paulo Sociedade Anônima" (1965, Luís Sérgio Person)
5- "O Pagador de Promessas" (1962, Anselmo Duarte)
6- "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964, Glauber Rocha)
7- "A Lei do Cão" (1967, Jece Valadão)
8- "O Padre e a Moça" (1966, Joaquim Pedro de Andrade)
9- "Viagem aos Seios de Duília" (1964, Carlos Hugo Christensen)
10- "Todas as Mulheres do Mundo" (1966, Domingos Oliveira)
11- "Marcelo, Zona Sul (1970, Xavier de Oliveira)
12- "Memória de Helena" (1969, David Neves)
13- "O Assalto ao Trem Pagador" (1962, Roberto Farias) 
14- "Cara a Cara" (1968, Júlio Bressane)
15- "Boca de Ouro" (1963, Nelson Pereira dos Santos)
16- "A Margem" (1967, Ozualdo Candeias)
17- "Menino de Engenho" (1965, Walter Lima Jr.)
18- "Engraçadinha Depois dos Trinta" (1966, J.B. Tanko)
19- "O Desafio" (1965, Paulo César Saraceni)
20- "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (1968, Roberto Farias)

Fonte: arquivo pessoal 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

A MATRIARCA ( O FILME )

Caco Monteiro, Bárbara  Borga e Lula Oliveira 

A Matriarca em Busca da Sua Distribuição: Um Diálogo Cinematográfico com o Público

Jackson Costa (Ator), Lucile Pretement (Atirz Francesa) e Lula Oliveira  (Diretor)


Em 2021, nas deslumbrantes cidades de Valença, Cairu e Nilo Peçanha, localizadas na região do baixo sul baiano, um filme nasceu para contar uma história profunda e enraizada nas questões socioculturais do povo brasileiro. Com suas belas paisagens entrecortadas por manguezais, rios e praias mundialmente reconhecidos, a película intitulada "A Matriarca" mergulha nas manifestações culturais mais antigas e singulares da região, promovendo um olhar revigorante sobre nossas origens de relações coloniais.

Filmado nos antigos casarões, igrejas e caminhos percorridos que demarcam a arquitetura, a história e a natureza da região, o filme encapsula as raízes profundas do país. Revisitando a história através da linguagem cinematográfica, "A Matriarca" busca promover a amada Bahia e o Brasil de uma forma que ressoe tanto local quanto globalmente.

"A Matriarca" narra a estória de uma família reunida para celebrar o nonagésimo aniversário de sua matriarca. No entanto, o destino toma um rumo inesperado no dia marcado para a festa, e coincidentemente, no dia de Santa Bárbara, 04 de dezembro, quando a matriarca falece. O que deveria ser uma celebração se transforma em um velório, desenterrando segredos que podem alterar o destino de toda a família.

A narrativa se desenrola em um terreno filosófico, explorando temas como vida, morte, silêncio, moral, família, micropolítica e as complexas relações humanas no âmago do núcleo familiar. O filme mergulha nos dilemas morais, éticos, espirituais e simbólicos, construindo uma narrativa que convida o público a refletir sobre seus próprios segredos familiares.

O elenco, composto por talentosos e experientes atores baianos e dois convidados especiais, Vinicius Oliveira e a atriz francesa Lucile Pretement. Todos dão vida aos personagens de forma envolvente e imersiva. A participação de Oliveira, conhecido por seu papel em "Central do Brasil" quando criança, destaca-se, contribuindo tanto na frente quanto por trás das câmeras, atuando, além de ator, como um dos diretores assistentes.

"A Matriarca" já teve exibições afetivas nas cidades onde foi filmado, além de participar de festivais internacionais, como o Festival Internacional de Cinema Brasileiro de Los Angeles LABRFF/2023, onde recebeu menção honrosa, em reconhecimento ao filme e também no Violeta Film Festival, na Colômbia.

Lula Oliveira, Barbara Borga e Caco Monteiro 

A resposta positiva do público em diferentes contextos destaca a universalidade da estética e narrativa do filme. O público se encVanta com a estética e compreende a narrativa dando sentido à sua universalidade.

No entanto, destaco a importância do fortalecimento da governança pública e de investimentos para apoiar não apenas a produção, mas também a promoção e distribuição de filmes. Refletindo, dessa forma, sobre a vital necessidade de tornar visíveis as estéticas, narrativas e valores culturais intrínsecos ao produto-filme, afirmando que, sem essa promoção, o investimento não atinge seu pleno potencial.

O ciclo de um filme só se completa quando chega no público, proporcionando ganhos em dimensões simbólicas, econômicas, cidadã e culturais. É crucial para o público acessar o cinema para entrar em contato com as culturas apresentadas nas telas, fechando assim o ciclo de apreciação e desejo de consumo da nossa própria cultura.

Em última análise, "A Matriarca" não é apenas um filme em busca de distribuição, mas uma obra que aspira despertar o desejo de conhecer a Bahia, o Brasil, o povo brasileiro e incentivar a reflexão sobre os mistérios mais profundos que todos carregamos nas nossas subjetividades quando o assunto trata de questões familiares. Sonhar, acreditar e realizar tornam-se, portanto, não apenas os motores do filme, mas também os pilares para um diálogo mais amplo e significativo com o público global. Por que não?  A Matriarca tem contrato de distribuição no Brasil com a Descoloniza Filmes.


Lula Oliveira - jornalista e cineasta baiano. 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

A ERA DOS HUMANOS


cineasta joseense Iara Cardoso

eleito-o-melhor-em-festival-de-cinema-em-londre
*Documentário da cineasta Joseense é eleito o melhor efoi a primeira produção brasileira p
remiada nos 20 anos de história do London International Film Festival

Redação SPRIO+ • Publicado em 10/02/2024, às 9:08 • Atualizado em 10/02/24, às 18:01
FacebookTwitterWhatsAppLinkedInCopy Link

Uma conquista internacional para São José dos Campos. “A Era dos Humanos”, dirigido pela cineasta joseense Iara Cardoso, foi eleito o melhor documentário no London International Film Festival de 2024.

O evento aconteceu na noite desta sexta-feira (9) na capital inglesa e premia os melhores e mais populares filmes independentes e de estúdio da indústria cinematográfica. Esta foi a primeira vez que uma produção brasileira foi premiada no festival.

Dividido pelos quatro elementos, ar, fogo, água e terra, o documentário traz reflexões sobre como os sentidos, emoções e pensamentos dos seres humanos estão por trás das mudanças climáticas.

A produção conta com apresentação do ator Marcos Palmeira, participação de Luciano Huck, e atualmente pode ser assistida no formato de minissérie no Globoplay.

Sinopse

Tudo está conectado é o mantra de “A Era dos Humanos”, que lança luz sobre o impacto dos nossos pensamentos, intuições, emoções e sentidos no meio ambiente para nos ajudar a percorrer a escuridão desta nova era. A partir da perspectiva de diferentes personagens, a produção traz uma viagem cinemática pelos elementos essenciais da vida, o Ar dos extensos rios voadores da Amazônia, o Fogo dos grandes incêndios no Pantanal, a Água do incrível banco de Abrolhos na Bahia e a Terra dos imponentes Canyons brasileiros em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

A Era dos Humanos | Trailer oficial
https://www.youtube.com/watch?v=rZ12146u1bA

Confira o trailer de “A Era dos Humanos”, nova produção do Grupo Storm com apresentação de Marcos Palmeira, participação de Luciano Huck e roteiro e direção de Iara Cardoso. "A Era dos Humanos" explora como os nossos pensamentos, intuições, emoções e sentidos impactam o meio ambiente para explicar como a natureza humana está por trás das mudanças climáticas.




Foto: divulgação 

domingo, 4 de fevereiro de 2024

NOSSO LAR 2 (O FILME)

foto: divulgação 
 
NOSSO LAR 2 OS MENSAGEIROS.    

O Século XX, foi testemunha da popularização da linguagem artística através da Cinematografia que com seu poder hipnótico arrastou multidões para as salas de exibição. E assim estórias magníficas e outras nem tanto, desfilaram pelas passarelas do mundo, propagandaeando regimes, construindo identidades culturais disseminando e influenciado comportamentos etc. Não há como negar o efeito positivo na veiculação da mensagem construtiva. No entanto foi instrumento também da mensagem destrutiva da violência, do sexo irresponsável, e das esquisitices de toda ordem. Os produtores do Cinema da primeira metade do século XX, Regressaram a Pátria Espiritual, e de posse da lucidez e podendo avaliar os impactos de suas produções, logo se  aperceberam dos graves desvios dos objetivos anteriormente traçados e arrependidos retornam agora para uma nova oportunidade de estabelecer uma mensagem consonante com os ideais Divino. Transformar a luminífera mensagem, tão largamente expressa nas obras literárias, para a linguagem do Cinema tem sido um grande projeto da atualidade. Nosso LAR 2 os mensageiros, é um bom exemplo da ação empreendida pelo luminares celestes, com este mister.  Nestes dias em que a humanidade jamais teve a sua disposição tantas ferramentas de comunicação, promovendo um verdadeiro engarrafamento mental, ao tempo que se faz cada vez mais fácil as produções artísticas, a obra vem em tempo oportuno de forma muito eficiente, trazer informações importantíssimas do plano espiritual que tem o condão de nos fazer lembrar que aqui estamos de passagem com objetivos específicos sempre favoráveis a nossa ascenção espiritual, bem como a incessante ação do plano espiritual em nosso favor, respeitando sempre a liberdade de escolha individual, estão sempre atentos ao menor sinal de arrependimento sincero, para que a partir daí desencadei um largo programa de ajuda.É decididamente um filme para os espíritas e principalmente para os não espíritas. Não obstante os produtores tenham sido muito eficientes na transmissão da mensagem, algumas questões carecem de serem pontuadas, como por exemplo o fato de André Luis ser tratado como Doutor, quando ele próprio em nosso Lar diz que ele ali era um mero assistente de enfermagem, pois o seu título de Doutor ali nenhum valor tinha, e outros pequenos equívocos, fruto da dificuldade de tradução para a linguagem cinematográfica, mas que não compromete o resultado. Nos créditos, Chico Xavier é apresentado como Autor e André Luis co-autor, num clássico caso de confundir o missivista com o carteiro.   Que o sucesso desta Obra, sirva de incentivo para a execução de muitas outras. Vale muito a pena conferir. 

 Allan de Kard, verão de 2024

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

BOA TARDE, ETERNIDADE!




Por Cassiano Ribeiro Santos
 

BOA TARDE, ETERNIDADE!

...Voltei sonhando à casa da minha infância e contemplei pela janela do meu quarto o quintal, onde eu brincava de ser adulto e as tardes brincavam de serem eternas (se um dia descobrirem um parentesco entre os sonhos e a eternidade, entre a imaginação criadora e a alma do mundo, como pensava Avicena, recordaremos desse tempo bem mais pelos sonhos que aqui tivemos do que pela vida que aqui levamos). Voltando a fita, eu contemplava o quintal agora gigantesco, pois, para ali hospedar os sentimentos da infância, a percepção da época em que os lugares eram enormes fora ativada com certa dose de exagero. Era grande também a desolação por não haver ninguém ali além de mim a admirar, feito um Adão pecador, um paraíso perdido e sempiterno. Para meu grande estupor, ao fitar o céu, vi as nuvens caprichosas, à luz trágica do poente, encenarem episódios da minha infância que julguei extraviados nas curvas da memória: em uma longa faixas de cirros dilacerados pelo vento havia uma criança erguendo pelas patas dianteiras um animado cãozinho... Era eu e duque, meu cachorro que, em lágrimas, um dia enterrei; gordos nimbos no horizonte tinham a forma de um menino sobre um tonel a rolar em mirabolantes piruetas e uma nuvem escura no meio do céu, projetando sua sombra no quintal, era o arquétipo da minha cerejeira em cujos galhos meus dedos inocentes disputavam com o vento uma pipa ali presa. O movimento, presto andante, surpreendia-me por não desfazer as imagens, mas evoluir-lhas com a graça de um teatro japonês. Ver o trailer da minha infância comezinha, projetada nas lâminas hiperbóreas do céu, deu-me a embriagante sensação de Deus estar por trás deste sonho, fazendo o back-up da memória e apascentando nos brancos rebanhos do céu a minha alma de nefelibata.

Imagem Gravura de @cassianoribeirosan
 O SURFISTA PRATEADO!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O "MILAGRE" DA AGRONOMIA

 AGRONOMIA.   


Por Allan de Kard 


As Ciências Agronômicas são de uma beleza indescritível, é claro exemplo da inteligência humana agindo em favor do progresso da humanidade, na medida que desvenda os segredos dos recursos naturais postos a disposição do homem no trânsito pelo vida, onde consolida os propósitos Divinos na marcha ascencional.    Na sua infância, a diminuta humanidade terrena colhia os frutos e outros recursos oferecidos pela natureza para sua sobrevivência. E para tal perambulava aqui e alí, numa busca frenética e inesgotável, sobrando-lhe escasso tempo para quaisquer outras atividades que não fossem a busca por comida, assemelhando-se muito com os demais representantes do Reino animal. A necessidade o conduziu ao abandono do hábito nômade em favor do Sedentário. E agora os desafios eram de outra natureza. E a inteligência humana posta a serviço do progresso, fez nascer a observação criteriosa dos fenômenos Naturais, como regime de chuvas, as estações propícias para o cultivo, a descoberta de vegetais adequados ao cultivo, a domesticação de animais e consequente aproveitamento de suas aptidões específicas. Mais tarde o mergulho profundo no conhecimento da intimidade dos solos, com a identificação dos macro e micronutrientes essenciais a vida vegetal, esmerou-se no controle de pragas e doenças que ameaçavam o cultivo.  Daí nasceram as pequenas aldeias que por fim se transformaram em grandes cidades, consolidando a Exuberância do homem na Terra. E quando Maltus no século XVIII,  Afirmou categoricamente, na sua visão pessimista, que haveria uma fome destruidora da raça humana, mais uma vez a Ciência Agronômica, veio em socorro da humanidade, com seus recursos infindáveis, vencendo o monstro devorador da fome.  Me orgulho em um dia ter sentado nos bancos escolares, para estudar os princípios desta maravilhosa ciência, e tais conhecimentos agora me são muito úteis, no enfrentar os enormes desafios de transformar o solo árido e improdutivo em um belo jardim. Vitória da Conquista, local onde a Providência Divina me colocou, com vistas ao exercício continuo da aprendizagem, encontra-se geograficamente no ponto que separa a outrora exuberante Mata Atlântica, e o bioma da Caatinga, numa zona de transição denominada Mata de Cipó. E é aqui que me encontro, diante de um solo árido, desgastado por décadas initerruptas de exploração extrativistas, sem quase nenhum cuidado de conservação e reposição dos elementos essenciais a vida vegetal, acrescido da baixa precipitação pluviométrica, constituindo-se num quadro desafiador que certamente faria desistir competentes profissionais da área.  Uma inexplicável força interior me empurra em direção aos grandes desafios, assim aqui estou, um mero Operário das Artes, carente dos grandes conhecimentos dos homens habilitados, para vencer este desafio.  FORTITUDO ET FIDES, ( Coragem e Fé) esta é a frase que define o Museu de Kard, e que estará inscrita no frontão da galeria da Pirâmide. A Coragem é a Resistência Moral que se tem ante os desafios, e Fé, nada mais é que a certeza que se tem de uma Realização. Na minha pequenez e insuficiência, procuro cultivar diuturnamente ambas. Só assim poderei vencer todas as adversidades que me são postas.  Allan de Kard, inverno de 2023


Antes 

 


                                                                            Depois 

      

A mesma área em dois tempos. No primeiro o encontro com a aridez do solo, no segundo o resultado prático da ação persistente e direcionada nas realizações que projetamos em nossas vidas.  Essa é mais uma performance nos mais variados campos do saber, as quais me propus exercitar. Pois a Arte é também a arte de saber viver, transformando para melhor o mundo a nossa volta



domingo, 3 de dezembro de 2023

ALLAN DE KARD É ELEITO MEMBRO DA ACADEMIA DE CULTURA DA BAHIA

 

Beto Magno, Allan de Kard  e Tsylla Balbino 
Presidente Benjamin Batista, Allan de Kard é Beto Magno 
Allan de Kard sendo togado por Beto Magno 


No dia 24, última sexta feira do mês de novembro de 2023 como de costume houve o encontro da Academia de Cultura da Bahia no hotel Portobello Ondina. Na solenidade foi eleito membro dessa valorosa Academia o artista plástico Allan de Kard ( Allan Kardec Cardoso Lessa) ocupando a cadeira de número 64 e tendo como patrono o Dr. Luis Barreto.

O encontro foi um ato festivo, alegre e com participação de inumeros membros e convidados.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

" NA BAHIA NINGUÉM FICA EM PÉ "


 Cineclube Glauber Rocha reúne filmes sobre o desafio de se fazer cinema na Bahia


Com irreverência e criatividade duas obras retratam as dificuldades e a paixão inerentes à produção audiovisual no Estado. "Na Bahia Ninguém fica em Pé" (BRA, 1980), de Edgard Navarro, Pola Ribeiro e José Araripe Jr. e "Talento Demais" (BRA, 1995), de Navarro, compõem a sessão especial do Cineclube neste domingo (19/11), às 10h30, no Cine Glauber Rocha.  Com ingressos a preço popular (5 reais), a exibição também vai contar com a presença do cineasta baiano  Edgard Navarro para apresentar os filmes e conversar com o público após a projeção.


Construído com depoimentos de várias pes­soas ligadas à produção cinematográfica na Bahia, o curta-metragem documental , que abre o programa, relata a indigência do cinema baiano naquele momento. Num retrato bem-humorado, revela parte da história do cinema nacional e suas recorrentes questões e entraves.


Em diálogo com "Na Bahia ninguém fica em pé”, "Talento Demais" também aborda, de maneira inventiva e transgressora,  a história do cinema baiano. Cheio de ironias locais, brinca com os clichês soteropolitanos, como a lentidão, para falar sobre a crise e o desencanto com a produção cinematográfica. Metalinguístico, o doc costura cenas de filmes realizados por baianos com depoimentos de diversas pessoas ligadas ao audiovisual.  


Texto escrito por Adolfo Gomes.

sábado, 11 de novembro de 2023

DUPLICAÇÃO DA RIO - BAHIA


José Maria Caires 


Por José Maria  Caires 


Temos o dever de agradecer seu apoio no evento das entidades e empresários com o Governador Jerônimo Rodrigues, ocorrido no dia 10/11/23, nesta cidade, você faz parte desse show.

A nossa meta é trabalhar para captar obras estruturantes que possam desenvolver a região e assegurar atração de empresas, que possam gerar negócios e  melhorar a vida das pessoas e que nosso Município possa assegurar viabilidade econômica, prosperidade e longevidade nas operações aqui instaladas.

Obras como:

INTERLIGAÇÃO DE VITORIA DA CONQUISTA À FERROVIA, (para transformar a região num polo logístico intermodal)


AMPLIAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO INDUSTRIAL.(regularizar a documentação dos terrenos para os atuais donos e ampliar área permitindo captar novas pequenas e médias indústrias)


RODOVIA BR-116 DUPLICADA, (pelo menos 100 kms 50 em direção à Salvador e 50 kms em direção à Minas Gerais),


GASODUTO, POLIDUTO, (cobrar o gás natural e o poliduto de Jequié até Conquista)


CENTRO DE CONVENÇÕES (para grandes eventos) E


BARRAGEM DO RIO PARDO, (sem a garantia de água em abundância e com garantia hídrica não teremos indústrias que virão).

Além desses citados, outros investimentos deverão estar no radar e no planejamento estratégico de qualquer governo, seja ele Municipal, Estadual ou Federal.


Obrigado pelo apoio ao movimento DUPLICA SUDOESTE.


JOSE MARIA CAIRES

terça-feira, 7 de novembro de 2023

PAU BRASIL



Por Marília Hughes 


 O lançamento de "Pau Brasil” ocorreu no dia 31 de julho de 2009, no Teatro Castro Alves, durante o Seminário Internacional de Cinema. Foi uma noite muito bonita! A sala principal do Teatro, com mais de mil e quinhentos lugares, estava lotada. Havia uma grande expectativa pelo primeiro longa de Fernando Belens, que até então tinha tido uma carreira de curtas e médias premiados! Havia uma fome por filmes brasileiros feitos na Bahia e por baianos. 

O diretor e parte do elenco e equipe técnica de Pau Basil subiram no palco do teatro com roupas brancas, uma tradição nas sextas feiras, de acordo com a cultura e religião afro descendentes. A emoção era visível nos rostos. A realização de um longa-metragem com a proporção de "Pau Brasil” é resultado de anos de trabalho e dedicação. A estreia do filme foi parte também de um momento de retomada que começou com "3 Histórias da Bahia" (2001), após uma lacuna de mais de vinte anos sem a produção de um longa-metragem no estado. 

“Pau Brasil" é uma adaptação do romance homônimo de Dinorath do Valle, ganhador do prêmio cubano Casa de Las Américas, em 1982. Fernando e Dinorath, que assinam conjuntamente o roteiro do filme, trabalharam mais de 10 anos na adaptação do livro para o cinema.

O filme se passa em Pau Brasil, um pequeno e perdido povoado no coração do Brasil, onde as famílias de Joaquim (Oswaldo Mil) e Nives (Bertrand Duarte) moram lado a lado. Apesar de conviverem com a mesma estrutura perversa de opressão social, lidam com a vida de modo radicalmente diferente. A intolerância com o outro e a pobreza são os ingredientes desse drama trágico, onde cada personagem carrega suas contradições, coexistindo com mitos clássicos e afro-brasileiros. 

O retrato social proposto em "Pau Brasil", filme de 2009, reverbera com força em 2023. Naquela época, não imaginávamos o quanto discursos que atentam contra a liberdade, a cidadania e o respeito às diferenças, estariam inflamados e presentes na realidade brasileira. 

A sessão, que contará com a presença do diretor para apresentar e debater a obra, é uma oportunidade única de (re)ver o filme projetado em 35 mm.  Será especial! Aguardamos vocês!

12/11/2023 
ÁS 10:30
Domingo. 

Cine Glauber Rocha. 

terça-feira, 31 de outubro de 2023

"FIM"

Fábio Assunção e marjorie Estiano

 Série 'Fim' expande livro de Fernanda Torres entre drama sobre envelhecer 

O livro, conta a história da juventude, vida adulta, velhice e morte de cinco amigos cariocas de classe média, "os últimos machos livres", como diz a autora. Eles são zero politizados e passam incólumes tanto pela ditadura militar brasileira como pela revolução dos costumes que aconteceu no mundo inteiro a partir dos anos 1960. "Eu não tenho nenhum lugar de fala nesse mundo dos machos de Copacabana", diz Torres. "O ‘Fim’ foi um belo e profundo exercício de imaginação".

A partir da morte do macho mais alfa da trama, Ciro, interpretado por Fábio Assunção na série, a vida dos cinco amigos é destrinchada, desde que são jovens e, ainda mais livres e desimpedidos, passam os dias na praia bebendo e paquerando.

Ao longo da história eles se casam, se separam, se arrependem, vivem amores platônicos e outros muitos de carne e osso, têm filhos, trabalhos, ficam velhos, doentes e morrem. E, cada um, à sua maneira, alterna-se como narrador no livro e conta suas memórias e discorre a respeito da sacanagem que é envelhecer. Morrer, então, é imperdoável.

Do livro para a série, houve uma transformação fundamental: em vez de contar a história de cinco homens, Fernanda optou por contar a história de cinco casais. Assim, para cada um de seus personagens originais, associou uma personagem mulher. Os papéis das atrizes Marjorie Estiano —que vive Ruth, mulher de Ciro—, de Laila Garin, Débora Falabella e Heloisa Jorge viraram coprotagonistas.

Um dos filhos de Torres e Waddington, o ator Joaquim Waddington, de 23 anos, também está no elenco, como o filho do casal central. Marjorie Estiano, que tem o principal papel feminino, já trabalhava com o diretor desde que fizeram a série "Sob Pressão" juntos, que estreou em 2017. Fábio Assunção fazia parte do time de "Tapas e Beijos", com Fernanda Torres.

Fonte: Folha de SP 

#betomagno

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O SEGREDO DA PIRÂMIDE


Galeria Allan de Kard

O SEGREDO DA PIRÂMIDE.
       
Por Beto Magno 

Com esse curioso título, certo site intitulado "MAUS SERTÕES", certa época  Inicia uma insólita viagem com o claro objetivo de desmerecer o trabalho do talentoso Artista Allan de Kard, o que passo a analisar a seguir, pois quando se trata de injustiça não podemos nos calar. Reproduzo aqui o mesmo título de referida reportagem, com o intuito de trazer a lume a nefasta intenção do escritor, e em seguida analiso ponto por ponto o que me conduz a esta conclusão. 
                   
QUEM É ALLAN DE KARD?                      Allan Kardec Cardoso Lessa, nasceu em Itapetininga Ba, no dia 13 de fevereiro de 1964, mudando para.Vitoria da Conquista aos 15 dias de vida, filho de Antonino Meira Lessa e Silene Teles Cardoso Lessa, é o terceiro dos 9 filhos do casal. Ambos professores primários, tiveram suas energias voltadas para a criação de tão grande prole, com tão parcos recursos. As dificuldades financeiras serviram como estímulo para todos que logo cedo encontram cada um a seu turno, os caminhos do sucesso. E não foi diferente com o nosso Allan de Kard que ainda menino se aventurava pela feirinha do Bairro vendendo picolés, engraxando sapatos, pegando carrego de feiras e tudo mais que lhe rendesse alguns trocados para atender suas necessidades de vestuário, diversão etc.  Criança inquieta, e com padrões suigeneres de aprendizado parecia ver o mundo ao averso, só mais tarde iria saber que era portador de dislexia. Assim mergulhava nos seus quintais imaginários e lá vivia um mundo de sonhos e realizações no campo das criações artísticas e questionamentos filosóficos inimagináveis. Era um mundo absolutamente confortável, pois ali ele era o senhor absoluto das realizações, porém em seu íntimo sabia que em algum momento haveria de abandonar seus Quintais imaginários, para o contato com o mundo e seus desafios, tais como estudo, profissão, família.  A arte sempre presente na sua vida desde a infância, na construção de seus brinquedos foi redescoberta em 1995, quando teve um seu trabalho premiado no segundo salão de Arte Moderna da Bahia. Em 1982 ingressou no Curso de Agronomia da UESB até 1987, quando conheceu sua Esposa Solange, e constituiu uma grande Família de 5 filhos, 3 biológicos e 2 adotivos.  Espírito empreendedor, edificou do zero várias empresas nos ramos da indústria Gráfica, de embalagens, industria, e imobiliário, construindo com muito suor e trabalho uma base econômica sólida suporte de suas realizações no campo das artes na atualidade. Nas duas décadas deste século,  Allan de Kard consciliou as atividades profissionais, religiosas e artísticas com muita sabedoria, tendo sucesso em todas elas.  Em 2016, fato extremamente doloroso, quando a situação com um vizinho saiu do controle resultado em agressões causando prejuízos financeiros de parte a parte. Tendo setores da imprensa convenientemente manipulado os fatos, Allan se viu completamente execrado pela opinião pública, fato que o conduziu a retomar um trabalho de assistência aos presidiários, que já fazia desde 1997, nesta volta que ocorreu durante o ano sabático de 2017, Ele fez ali diversas ações, como Criação de uma pequena Biblioteca, um jardim no pátio, assistência nas necessidades individuais etc.  Ali foi também gestada a ideia da Construção do Museu de Kard, projeto ao qual tem se dedicado de corpo e Alma. Ao ponto de renunciar a condição de Empresário para dedicar-se exclusivamente a Arte.  Homem de hábitos simples, no agir e no vestir, comumente é confundido com um dos operários do Museu, fato que é encarado por ele com muito bom humor. A ponto dos historiadores Durval Menezes e Antônio Ernesto Viana dizer que Allan tem uma simplicidade Franciscana.  Sua inspiradora História de sucesso, admirada e reconhecida por toda parte, tem despertado em algumas mentes doentias o despeito e a inveja, que não se cansam em tentar desmerecer, descartar e cancelar o nosso talentoso artista.                             Feito esse breve relato, procuremos encontrar as razões por traz, da perseguição contumaz sofrida pelo artista por uma minoria recalcada.   É sabido e notório que o Sucesso dos sábios incomoda os medíocres. Assim Saliere não suportava a genialidade de Mozart.  A genialidade dos Judeus que detém 25% dos prêmios Nobel, mesmo representando 0,2 % da população mundial, seu sucesso econômico e Científico, fez nascer uma nefasta cultura anti- semita que atravessa os séculos. Assim o sucesso, a generosidade a genialidade de Kard incomoda terrivelmente uns poucos adeptos da cultura vitimista tão em volga nos dias atuais.                             O aventureiro das letras inicia sua peça literária repleta de mensagens subliminares e menções maliciosas com a clara intenção de diminuir o valor do grande equipamento cultural que é o Museu de Kard, apartir do título da matéria. O SEGREDO DA PIRÂMIDE, na tentativa de despertar a curiosidade do Leitor e prende-lo até o final do pífio texto que não consegue se sustentar por si só, logo mais veremos o que efetivamente está por trás deste despretensioso título. Em seguida tenta desqualificar a localização do Museu, como faz uma criança que gostaria que o Museu fosse localizado no quintal de sua Casa. Reclama do endereço, Ba 262 km 2 Zabelê, demonstrando inteiro desconhecimento da existência do importante Bairro Zabelê, só explicado pelo fato de que algumas pessoas que residem na zona leste de Vitória da Conquista, achar que a cidade se encerra na Avenida Integração. E esquece de mencionar que existe uma linha de ônibus Urbano que passa pela frente do Museu. Esse fato é perfeitamente compreensível, pois naturalmente o repórter nem aventa a possibilidade de tomar um transporte coletivo. Chega ao cúmulo culpar o Museu pelo fato de alguns motoristas de Uber cobrar um preço exorbitante para o traslado.  Alega que o horário anunciado não corresponde com a realidade, fato inverídico, pois o Museu encontra-se aberto de domingo a domingo, eu mesmo pude comprovar. Acredito que essa menção foi feita porque o Artista não estava disponível para atender um visitante que demandaria de seu tempo, sem prévio aviso.  Mesmo sabendo que tão incrível equipamento é obra de um único indivíduo, sem nenhum apoio público, faz cobranças como criança exigente que almeja perfeição em tudo sem nada contribuir para isto. Allan de Kard dedicou duas horas de seu precioso tempo, segundo ele mesmo confessa em sua matéria, para gentilmente apresentar o espaço, e ao final ele ainda reclama que o anfitrião teve que se ausentar para um compromisso previamente agendado. O observador atento, irá notar a baixa qualidade das fotos utilizadas na reportagem, porém esse expediente é proposital, pois o objetivo da materia é desqualificar e o Museu.Diante da grandiosidade do que lhe foi apresentado, só lhe restava desqualificar o trabalho apelando para o fato de que o artista era também empresário, e se da ao trabalho de enumerar os empreendimentos do artista como se tal fato fosse algo imoral, próprio da cultura vitimista vigente. E por fim lança o que ele provavelmente acha que é a cereja do bolo,  o incidente com seu vizinho, fato completamente desmistificado pelo escritor Durval Menezes em sua obra Allan de Kard, vida e Obra que será brevemente lançada. Enfim, sou testemunha de primeira hora da Construção do Museu de Kard e acredito ter autoridade Moral para falar deste.  Vejo ali um artista que se deixa confundir com cada operário, pois ali está de Sol a Sol, tem abdicado dos prazeres mundanos, em nome de um projeto coletivo que tem encantado a quantos que amantes das artes se propõe a visitá-lo, sua empatia é hipnotizante, fala com um Amor contagiante sobre tudo, sua cultura ampla, o faz transitar pelos mais variados assuntos, uma alegria quase infantil, e ao mesmo tempo uma seriedade dos homens sábios.    O tempo, Juiz de todas as questões saberá colocar este ilustre artista no pedestal reservado aos heróis de um Povo.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

SALVADOR DE ONTEM E HOJE

MEDO SEPULTA A VIDA NOTURNA DE SALVADOR 
A cidade da Bahia, outrora pulsante às noites, com vida noturna sedutora agora só funciona no turno do dia.

Tasso Franco ,  Salvador | 24/09/2023 às 10:08

Houve uma época nesta cidade da Bahia em que a vida noturna era pulsante, quer no centro histórico; quer nos bairros para dançar e farrear; vadiar e acasalar; flanar sem medo de ser feliz 

 Quem é antigo como eu lembra do Rumba Dancing, do Tabaris, do Varandá, do Maria da Vovó, no Anjo Azul, do Cacique, do XK, Braseiro da Ladeira da Praça, do Oceania, do chope La Fontana na Carlos Gomes

 Havia até um pouso da madrugada no Largo de Amaralina que sequer tinha portas, o Gereré; e no Cosme de Farias, em Semirames, brincava-se com os copos e a prosa até as madrugadas; na Boa Viagem e na Ribeira, nos divertíamos no Caçuá e no Tainheiros

A Barra era um paraíso desde a Maria Fumaça aos clubes chiques e populares com seus bailes nos finais de semana, na Associação Atlética, no Palmeiras, no Democratas, no Amazonas e, de quebra, nas madrugadas descer a terceira escada rumo as areias da praia e ao amor

Pensar sobre o tempo e todo esse retrocesso imaginando que teríamos continuidade com outras formas de viver a cidade às noites é um passatempo desagradável já que, nesse alvorecer do século XXI, vivemos enjaulados

 Há grades em nossas casas por todos os lados nas residências dos ricos, dos pobres, dos remediados, das autoridades, dos juízes, dos parlamentares, dos templos religiosos, nos colégios, universidades, ninguém escapa dessa vigilância permanente acrescida de cães e câmeras

 Até imagens de santos vivem em nichos enjaulados e furta-se os dízimos na Irmandade do Senhor do Bonfim a ponto de Sua Eminência, o cardeal, intervir nomeando um monsenhor probo

Esse é o ambiente na Cidade da Bahia que já foi de paz e amor, do pombo Correio, do caminhar sem lenço nem documento nas dunas do Abaeté e nas areias das praias
 
Dorival Caymmi teria sido um profeta desse novo tempo? Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia/ Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia/ "Bem, não vá deixar a sua mãe aflita/ A gente faz o que o coração dita/ Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão

 É isso, agora, proíbe-nos de sairmos às noites, de tomarmos um chopinho a beira orla, curtir o largo da Dinha, degustar o sorvete na balaustrada da Ribeira diante de tanta maldade e balas perdidas a voar
 Na década de 1970, Vinicius de Moraes e Toquinho cantavam: É bom passar uma tarde em Itapuã/Ao sol que arde em Itapuã/ Ouvindo o mar de Itapuã/ Falar de amor em Itapuã/ Depois sentir o arrepio/ Do vento que a noite traz/ E o diz-que-diz-que macio/ Que brota dos coqueirais/ E nos espaços serenos/ Sem ontem nem amanhã/ Dormir nos braços morenos/ Da lua de Itapuã 

 Devolva-nos essa velha vida senhores e senhoras autoridades das gravatas, togas e colarinhos engomados. Juro que tenho saudade desse tempo da cidade inteira e não pela metade, do meio turno. Viramos repartição pública

 Hoje, é-nos proibido dormir nos braços morenos da lua de Itapuã, das dunas do Abaeté, do luar da praia de Tubarão, da colina do Monte Serrat e até do largo onde fica a Basílica do Senhor do Bonfim

Resta-nos, oh! que tristeza, o sol se pondo em Cacha Pregos vendo-se da encosta do Farol da Barra e, logo em segunda, o caminho de casa como cordeiros de Deus

A cidade perdeu o seu glamour dos luares, do seu encanto das noites, e olhar a beleza da lua cheia só é permitido das janelas das casas e apartamentos, das cornijas das igrejas ainda, arriscados, a seremos atingidos por alguma bala perdida que zunindo no espaço não tem endereço certo

Eu, o andarilho desta cidade, limito-me a flanar apenas no quadrilátero do centro histórico e quando vou a algum sitio na minha vizinhança, para algum serviço, no Calabar, na Sabina, no Alto das Pombas, fico atormentado

Era cliente há decênios da borracharia da entrada do Calabar de longos anos e, hoje, evito-a; freguês da oficina do mestre Botafogo, na Sabina, que também evito

E o que dizer de andar pela Capelinha do São Caetano, pela Valéria, Saramandaia, São Bartolomeu, Avenida Peixe, Pedrinhas, Rua Direita do Uruguai, praça da Revolução, em Periperi, no Boca d Galinha da Plataforma que tanto gostava, nem pensar

Fui expulso (eu e todos os outros estranhos a esses sítios) desses bairros porque não nos enquadramos dentro do código estabelecido pela bandidagem, aquele que vale, uma vez que o código Amurabi, dos togados, não serve para nada

Quando escrevia Dom Quixote em seu prólogo na dúvida do que colocaria no papel, Cervantes foi visitado por um amigo que lhe fez muitos questionamentos e acordou para o escrito dando um tapa na testa
Estamos assim, vivendo em pensamentos e precisando de um papa desses a darmos nas autoridades, um tapa na consciência

Somos, pois, os baianos da capital, da Cidade da Bahia outrora de paz e amor, plena, inteira, cheia, noite e dia, agora, apenas pássaros que somos regulados pelo tempo e, ao escurecer, ao sol se por no horizonte, irmos para casa e dormir

Vivemos numa cidade pela metade do raiar ao por do sol.

Fonte: Internet 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

CHÁCARAS DO COCHÓ


Por Plauto Azevedo 

CHÁCARAS DO COCHÓ - Piatã - Chapada Diamantina
 
Loteamento rural localizado há 21 km do centro da cidade. Destes, 14 km de asfalto e 7 km de estrada de chão muito boa. 

Em frente aos 3 morros - povoado das Porteiras - Há apenas 5 km da cachoeira do cochó. 

Lotes virgens medindo 1.500 m2. (30 m frente X 50 m comprimento).

Área cercada, muro de entrada em pedra já construído, lote modelo, iluminação pública por meio de lâmpadas solares, água encanada, rio cortando toda propriedade, ruas abertas e lotes demarcados. 

TUDO PRONTO PARA REALIZAR O SONHO DE MORAR NA CHAPADA!

Projeto para construção de parque aquático contendo:  praça arborizada,
pomar, parque infantil, piscina, lago artificial, área de bar e restaurante, quiosques com churrasqueira e templo com telhado de vidro. 

MAIS DE 10 MIL M2 DE ÁREA DE LAZER
 
LOTES A PARTIR DE 30 mil reais a vista SENDO: 
20% de entrada + 100 parcelas FIXAS DE APENAS 300,00. 

O MELHOR EMPREENDIMENTO DE TODA CHAPADA.
 DIAMANTINA! 
Mantenha contato! 
 Fotos do empreendimento.












Contato: ( 71 ) 99211- 4554 / ( 77 ) 99815 - 2848 2848



sexta-feira, 22 de setembro de 2023

DEPOIS DA CHUVA (O FILME)



Por Marília Hughes 

A realização de um longa-metragem envolve muitas pessoas que, juntas, vivem a chamada mágica do set. Mas para que ela ocorra de fato é preciso muito trabalho e organização prévios. Seguem algumas fotos da equipe de Depois da Chuva em ação nas principais locações da obra: antiga fábrica de cimento de Aratu, Casa Preta (casarão anarquista), Colégio Central e residência de Caio (protagonista). Se você ainda não viu Depois da Chuva, que esse mês completa dez anos de lançamento, ou se viu e quer revê-lo, terá uma oportunidade no próximo domingo, dia 24/09. O filme será exibido em 35 mm, como parte da programação do Cineclube Glauber Rocha. A sessão contará com a presença dos diretores e de parte do elenco para apresentar e debater a obra. Aguardamos vocês!

Fotos de @agnescajaiba






quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O CANOEIRO PRUDENTE


O CANOEIRO PRUDENTE.                     Intensionando fazer uma expedição científica em um floresta desconhecida, renomado Naturalista procura um experiente construtor de Canoas para que este confeccionasse uma embarcação que navegaria rio acima rumo ao destino previamente selecionado, por suas características de fauna e Flora existentes, bem como recursos minerais etc. Exposto o plano de viagem e seu objetivo, logo ficou acertada a empreitada que seria realizada como de costume com muito critério e prudência por aquele canoeiro que sem dúvidas era um dos melhores. Feito o projeto, logo começou as divergências entre contratado e  contratante. O primeiro sempre atendo aos detalhes técnicos que garantiram a navegabilidade da embarcação e as normas de segurança, visto que era nacessario levar em consideração a profundidade do Rio que em alguns trechos era repleto de bancos de areia e em outras muitas corredeiras, limitando desta forma sensivelmente o tamanho da embarcação. O Naturalista por sua vez, apresentava uma série de itens indispensáveis a expedição, muitos destes essenciais a sobrevivência dos participantes,que ultrapassava em muito a capacidade limite apresentada no projeto do Construtor. Estava aí criado um conflito entre a Necessidade e a segurança. Apartir daí , muito foi discutido, cada um apresentando suas razões. Uma vez que o Canoeiro seria não só o construtor como também capitão daquela pequena Nau e o responsável pela segurança daqueles que embarcariam naquela aventura. Pensava ele:  "Para que serve tanta tralha?" Do outro lado o Naturalista dizia pra si mesmo: "Pra que tanto excesso de zelo. Depois de muito discutir, foram aos poucos ajustando-se nos seus interesses, cada um cedendo de parte a parte, até que chegaram a um denominador comum.  Vencida as etapas do processo construtivo, e preparativos, enfim chegou o dia da partida. Foram todos esperançosos e apreensivos rumo ao desconhecido. A medida que a viagem se desenrolava, o Naturalista passava a compreender melhor os argumentos do Canoeiro, a entender o porquê de tanta preocupação com a segurança, e intimamente pensava do quanto o CANOEIRO estava certo, sem contudo pronunciar uma só palavra.  Chegado ao ponto marcado, desembarcaram todos levando os equipamentos mata a dentro. E com o passar dos dias o CANOEIRO, ia percebendo o quanto era necessário todos aqueles itens. Desde o socorro a pequenos percalços naturais até nos objetivos mais complexos que ele se quer cogitara e pensava consigo mesmo.  " E não é que ele tem razão?" Alguns meses durou a expedição, muitas dificuldades foram superadas por todos. Por fim retornaram para casa, felizes pelo sucesso e seguros.  E nas portas do porto de chegada, Canoeiro e Naturalista olharam um para o outro e disseram ao mesmo tempo.  "VOCÊ ESTAVA COM A RAZÃO"  Esta  pequena fábula serve para refletir que a verdade tem diversas faces a depender do ângulo de visão do observador.                     Allan de Kard, final de inverno de2023

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

I SEMINÁRIO DO GRUPO RETINA BAHIA

  • Beto Magno (VM FILMES), Dr. Armenio Santos (PROVISÃO), Mari Cruz (RETINA BAHIA) e Kleber Avelino (DR.SAÚDE)
 
Pessoal do Grupo Retina Bahia
 
O Seminário do Grupo Retina Bahia realizado nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, na Câmara Municipal de Vereadores em Brumado-Ba,  com Tema: l Seminário da pessoa com deficiência visual, foi de grande relevância para todos ali presentes! O objetivo foi esclarecer å comunidade com
 deficiência visual, dos seus direitos e do protagonismo de sua própria história, bem como mostrar  para a sociedade de modo geral, os desafios enfrentados no cotidiano. Contamos com um quadro de excelência de palestrantes: Rita Ribeiro,  Dra. Jenivalda,  Reinaldo Maia, João Prazeres, Dr. Armênio,  Beto Magno,  Kléber Avelino, Valdir e Caíque. Saímos desse Evento com sensação de dever cumprido e embuidos de muita gratidão. Contamos com voluntárias brumadenses que contribuíram muito com o êxito do seminário. Brumado ficou marcado pelo seu povo acolhedor.

Realização: Grupo Retina Bahia.

Recepção de primeira
 
Plenário da Câmara de Brumado - Bahia 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

TENDERÊ


TENDERÊ.    

Por Allan de Kard 
                              
As Pegadas do homem que ficaram gravadas no solo, que distam dos dias da atualidade nos faz viajar no tempo a fim de compreender a história humana e sua relação com o Deus Supremo. Os conceitos e compreensão já alcançados, passaram por muitas etapas. Os povos primitivos encantados com os minerais, transferiram para as rochas os Poderes Divinos, construindo o que conhecemos com LITOTEISMO. Assim Tenderê significa lugar sagrado. Rochas dispostas num formato esférico com pinturas rupestres, marcando o encontro com o Divino num encontro coletivo. E a mesa sagrada prepara-se para os Ritus tribais.  Material oriundo das terras sertanejas de Bruno Fonseca no encontro conceitual de Allan de Kard

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

NOVO DIRETOR DA ANCINE



Paulo Xavier Alcoforado foi aprovado pelo Plenário do Senado no dia 13 para ocupar o cargo de diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine)! 🙌🎥 Ele, que esteve conosco durante o I Fórum Audiovisual dos Interiores da Bahia para apresentar o projeto técnico da Bahia Filme tem um novo desafio pela frente.

👏 Parabenizamos Paulo por essa conquista significativa e desejamos sucesso em sua nova jornada como diretor da Ancine. Sua dedicação ao setor audiovisual é notável, e acreditamos que seu trabalho continuará a fortalecer a indústria cinematográfica brasileira. 🌟

🇧🇷 O Brasil celebra mais um passo em direção ao desenvolvimento do cinema nacional! 📽️🇧🇷

#Ancine #CinemaBrasileiro #PauloAlcoforado #Audiovisual 🎬👏
https://www.instagram.com/p/CxMKxVrO_Kd/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==

REUNIÃO NA DIMAS


 João Guerra, Edson Bastos, Alexis Góis, Keity Souza, Paulo Alcoforado, Cláudio Marques, Marco Alemar, Gabriel Pires, Roque Araújo, Marcos Alexandre, Pedro Caribé, Henrique Dantas, Nilton Lopes, Juci Santana, Suzana Argollo e Marcelo Benedicts.

Por Marcelo Benedictis 

Hoje aconteceu uma reunião na Dimas com representantes de entidades do audiovisual como APC,  APAN, SASB, GAMA, BRAVI, CONNE E COLETIVO DAS SALAS DE CINEMA DE SALVADOR. 
Pauta Bahia Filmes 

O encontro se dá após o fórum dos interiores onde Caribé e Alcoforado se reuniram e resultou nessa reunião de hoje sobre a Bahia Filmes. 
Foi informado que a empresa Bahia Filmes está no ppa do governo.
Está sendo redigida a minuta de projeto de lei para ser entregue até dia 1⁰ de outubro ao governo. Em paralelo será criado um gt no governo com participação da sociedade civil para que no mês de novembro o projeto siga para ser concretizado.
Será realizada pela Dimas uma conferência de audiovisual que inicialmente seria em dezembro mas solicitamos que essa conferência não seja diretamente vinculada à Bahia Filmes para que se consiga que a criação ocorra ainda esse ano.