terça-feira, 24 de setembro de 2024

ENCONTRO COM SETOR DA CULTURA



 Encontro com o Setor da Cultura!
Vamos juntos construir nossa proposta para apresentar aos candidatos à Prefeitura de Vitória da Conquista.
Quando?
Quarta-feira dia 25/09/2024
Onde? 
APAE de Vitória da Conquista (Av. Rosa Cruz, Candeias)
Horário: 17:30h
Endereço: Avenida Rosa Cruz, Candeias.

Não podemos deixar este espaço em branco. É necessário expor a realidade dos Artistas das diferentes linguagens, apresentar nossas demandas e fortalecer o seguimento da Cultura em Vitória da Conquista. 
Vamos alimentar nossas esperanças e mostrar a força da Cultura!
Compareçam!
Divulguem!
Arte gráfica: @ifedesign

terça-feira, 10 de setembro de 2024

CONCERTO DA CORDIS


Foto: DIvulgação


No concerto Da Cordis, o maestro e violonista João Omar, que frequentemente vem se apresentando com a Orquestra Conquista Sinfônica e a 9 de Novembro do NEOJIBA, decide se apresentar ao violão trazendo um repertório que reúne composições próprias e músicas do acervo violonístico ibero-americano. No concerto apresentará desde valsas e choros, aos trabalhos mais recentes que vem desenvolvendo com arranjos para o violão. A apresentação conta com a participação de Gabriela Mello ao violoncelo em duas composições próprias (Chorinho da Villa e Prelúdio da Suíte Calumbé), e de Cao Alves, com quem faz o Duo Ponta D’Unha, apresentando duas das músicas do repertório (Canción de Amor de Paco De Lucia e La Vida Breve de Manuel De Falla).


Este concerto é uma iniciativa do maestro que visa realizar mais apresentações de música instrumental e de concerto, principalmente ao violão, salientando que Vitória da Conquista já produziu muitos talentos violonísticos como o próprio Cao Alves, Yuri Barreto, Fabiano Cardoso, Hiran Monteiro, Clériston Cavalcante, Igor Barros, Carlos Porto, dentre outros nomes. Acrescenta ainda que a cidade também é berço de compositores para este instrumento, tendo Elomar Figueira Mello, que além de ser considerado pela crítica também como violonista, composto uma obra de grande relevância para o violão brasileiro. Vale ressaltar que no disco Ao Sertano, João Omar gravou sua obra completa para violão solo.


Ingressos na Bilheteria do Centro de Cultura ou no Sympla

Inteira: R$60,00

Meia: R$30,00

https://www.sympla.com.br/joao-omar-apresenta-da-cordis__2628836

 Ingressos na Bilheteria do Centro de Cultura ou no Sympla

Inteira: R$60,00

Meia: R$30,00

https://www.sympla.com.br/joao-omar-apresenta-da-cordis__2628836


Fonte: Internet 

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

IGHB INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA


foto: divulgação 


Por Dr.Ricardo Nogueira 


No coração do Centro de Salvador está uma das instituições culturais mais importantes do Estado: o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Com 130 anos de funcionamento ininterrupto, gratuito e aberto à comunidade, de segunda a sexta-feira, a entidade vem enfrentando dificuldades para a manutenção de seu acervo.

 

Sem o apoio financeiro do Governo da Bahia desde maio deste ano, o IGHB tem reduzido suas atividades em razão da falta de recursos, essenciais para a preservação e salvaguarda do patrimônio e memória do Estado, como a maior coleção de jornais, de mapas e pinturas da Bahia.

 

Pela primeira vez, em décadas, a Secretaria de Cultura do Estado excluiu o IGHB do Programa de Apoio às Ações Continuadas de Instituições Culturais, vinculado ao Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). Na decisão, que rebaixou o Instituto à condição de suplente, a Secult alegou desarmonia com a política estadual de cultura.

 

Recentemente, a diretoria do Instituto encaminhou correspondências ao Governador (ainda sem retorno) solicitando a revisão da inédita decisão da Secult. Os recursos cortados pela Secretaria de Cultura representam 85% do custeio de suas ações.


A Casa da Bahia evoca a Lei Estadual nº. 6575, de 30/3/1994, que obriga o Estado da Bahia a financiar suas atividades.


*Dr. Ricardo Nogueira é advogado e associado do IGHB 

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

REVOADA

Jackson Costa  


R    E    V    O    A    D   A

um filme de José Umberto 


Em cartaz:


Cinema do MAM (Salvador/BA)

13hs.

Quarta-feira, Sábado e Terça-feira


*

Boulevard Conquista (Vitória da Conquista/BA)


*

Pátio Norte (São Luiz/MA)


*

Caruaru (PE)


Sucesso total.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA



Foto: DIvulgação 

Nesta quarta-feira (28), aconteceu a tradicional cerimônia do Prêmio Grande Otelo (antigo Grande Prêmio do Cinema Brasileiro), que laureou diversos artistas e produções que se destacaram nas telonas e na televisão no ano passado. Realizada anualmente pela Academia Brasileira de Cinema, a cerimônia aconteceu na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e teve como apresentadores Dira Paes e Toni Garrido.

O evento recebeu diversos nomes da classe artística nacional e estrangeira, e a edição de 2024 homenageou o legado do Cinema Novo, movimento que revolucionou a sétima arte brasileira entre as décadas de 1960 e 1970.

Foram anunciados 30 prêmios para longas-metragens, curtas e séries brasileiras. O grande destaque foi “Pedágio”, de Carolina Markowicz, que ganhou os prêmios de Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. O longa “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini, levou o maior número de troféus Grande Otelo da noite: seis no total.

O troféu Grande Otelo de Melhor Atriz de Longa-Metragem foi para Vera Holtz (“Tia Virgínia”) e o de Melhor Ator de Longa-Metragem, para Ailton Graça (“Mussum, O Filmis”). Arlete Salles venceu na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (“Tia Virgínia”) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Jorge Paz (“O Sequestro do Voo 375”). Julio Andrade foi laureado como Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Betinho – No Fio da Navalha”, e Alice Carvalho como Melhor Atriz de Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Cangaço Novo”.

Confira a lista completa dos vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024:

Melhor Longa-Metragem Ficção

PEDÁGIO, de Carolina Markowicz

Melhor Direção

CAROLINA MARKOWICZ por Pedágio

Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem

SILVIO GUINDANE por Mussum, o Filmis

Melhor Ator de Longa-Metragem

AILTON GRAÇA como Mussum por Mussum, o Filmis

Melhor Atriz de Longa-Metragem

VERA HOLTZ como Virgínia por Tia Virgínia, de Fabio Meira

Melhor Ator Coadjuvante de Longa-Metragem

JORGE PAZ como Nonato por O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini

Melhor Atriz Coadjuvante de Longa-Metragem

ARLETE SALLES como Vanda por Tia Virgínia

Melhor Longa-Metragem Ibero-americano

LA SOCIEDAD DE LA NIEVE (Espanha, Uruguai, Argentina e Chile)/Ficção – Direção: J.A. Bayona. Indicação: Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España.

Melhor Longa-Metragem Voto Popular

PÉROLA, de Murilo Benício

Melhor Roteiro Original

CAROLINA MARKOWICZ, por Pedágio

Melhor Roteiro Adaptado

LUSA SILVESTRE e MIKAEL DE ALBUQUERQUE – Adaptado do documentário “Sequestro do Voo 375”, de Constâncio Viana – por O Sequestro do Voo 375

Melhor Longa-Metragem Infantil

TURMA DA MÔNICA JOVEM – REFLEXO DO MEDO, de Mauricio Eça

Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

JULIO ANDRADE como Betinho por Betinho – No Fio da Navalha, de Lipe Binder

Melhor Atriz Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

ALICE CARVALHO como Dinorah por Cangaço Novo, de Fabio Mendonça e Aly Muritiba

Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

CANGAÇO NOVO

Melhor Curta-Metragem Ficção

A MENINA E O MAR, de Gabriel Mellin

Melhor Longa-Metragem Animação

PERLIMPS, de Alê Abreu

Melhor Série Brasileira de Animação, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

ESQUADRÃO DO MAR AZUL, de Rubens Belli

Melhor Curta-Metragem Animação

MULHER VESTIDA DE SOL, de Patrícia Moreira

Melhor Longa-Metragem Documentário

ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay

Melhor Série Brasileira de Documentário, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

O CASO ESCOLA BASE, de Paulo Henrique Fontenelle

Melhor Curta-Metragem Documentário

THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Melhor Montagem

LUCAS GONZAGA e GUSTAVO VASCONCELOS por O Sequestro do Voo 375

Melhor Direção de Fotografia

ADRIAN TEIJIDO, ABC, por O Rio do Desejo

Melhor Efeito Visual

MARCELO CUNHA e JOAQUIM MORENO, por O Sequestro do Voo 375

Melhor Som

SÉRGIO SCLIAR, MIRIAM BIDERMAN, ABC e RICARDO REIS, ABC, por O Sequestro do Voo 375

Melhor Direção de Arte

RAFAEL RONCONI, por O Sequestro do Voo 375

Melhor Maquiagem

MARI PIN e MARTÍN MACÍAS TRUJILLO, por Mussum, o Filmis

Melhor Figurino

CASSIO BRASIL, por Mussum, o Filmis

Melhor Trilha Sonora

DADO VILLA-LOBOS por Aumenta que é Rock’n’ Roll, de Thomas Portella

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Fonte: Academia brasileira de cinema 






quarta-feira, 28 de agosto de 2024

VM FILMES

 

Beto Magno 


NOVOS EQUIPAMENTOS PARA GRANDES PRODUÇÕES...

LONGAS-METRAGENS, CURTAS-METRAGENS, SÉRIES DOCUMENTAIS, DOCUMENTÁRIOS, MINI SÉRIES E FILMES PUBLICITÁRIOS.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

CINEMA E CORPOS DISSIDENTES

 


🎥 *Vamos conversar sobre cinema e corpos dissidentes?* 


🎞️ A temática que permeia *"Ambrosia: o manjar dos deuses"* será o foco de um bate-papo especial com o elenco do filme!


➡️ Com mediação da produtora *Day Sena*, o encontro contará com a participação dos *atores Tony Tornado, Romis Ribeiro, e das atrizes Neusa Borges e Tânia Tôko*.


📌 A atividade acontecerá nesta *sexta-feira, às 17h30, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima*! Esperamos por você!

_________


_Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195,

 de 8 de julho de 2022._

REVOADA

 

Jackyson Costa


Por Deolindo Checcucci Neto


Revoada é um filme com roteiro e direção de José Humberto. A temática é o canganço e o nordeste.

Apesar de se passar no século passado, o filme prima por sua atualidade na medida em que aborda a violência, tão presente também nos dias atuais. O filme foi rodado na Chapada Diamantina. Tem uma bela fotografia de Mush Emmons. A fita tem um elenco excelente composto pelos atores Jackyson Costa, Anna Lu Tavares, Edlo Mendes, Aldri Anunciação, Nelito Reis, Caio Rodrigues, Nayara Homem, Bernardo D'el Rey, Sérgio Telles, Gil Teixeira, Cristiane Veiga e Carlos Betão.

A montagem cria um bom ritmo para a a narrativa que prende o espectador do princípio ao fim.

Vale destacar também a música de João Omar e a direção de arte de Zuarte Junior. O filme entra em cartaz no próximo dia 15. Revoada é um belo produto do cinema baiano.


Foto: divulgação 

Fonte: Facebook 

terça-feira, 30 de julho de 2024

" BLUETOOTH "


Foto: DIvulgação


Seu nome vem do Rei Viking Harald "Bluetooth" Gormsson, famoso por unificar a Dinamarca e a Noruega no século X.

A ideia de Bluetooth nasceu na década de 1990, quando a empresa sueca de telecomunicações Ericsson procurava uma maneira de conectar dispositivos sem necessidade de cabos. Em 1994, o engenheiro Jaap Haartsen desenvolveu a especificação básica para a tecnologia, que permitiria a transmissão de dados a curta distância utilizando ondas de rádio.

Em 1998, Ericsson, juntamente com IBM, Intel, Nokia e Toshiba, formaram o Grupo de Interesse Especial Bluetooth (SIG) para desenvolver e promover a tecnologia. Em 1999, foi lançada a primeira versão oficial do Bluetooth.

As letras "H" e "B" de Harald Bluetooth são representadas pelas runas Hagall ( ᚼ) e Bjarkan ( ᛒ). Combinando-as, criou o icônico símbolo Bluetooth que vemos hoje. Esta união de runas não só homenageia o rei viking, mas também simboliza a missão da tecnologia Bluetooth de conectar e unificar dispositivos de diferentes tipos e marcas.


Fonte: Revistas Científicas 

domingo, 21 de julho de 2024

VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC

 

Beto Magno e Allan Kardec 


Por Benjamim Batista

Vestindo, com honra e mérito, a pelerine da Academia de Cultura da Bahia, o confrade Allan Kardec viveu momentos inesquecíveis no dia 20.07.2024 em Vit. da Conquista, quando o professor Durval Menezes ( amigo de muito tempo e sócio do meu irmão Rozendo no escritório de Contabilidade e Corretagem O OLHO - que brilhou na histórica Rua Coronel Gugé na amada terra das rosas, melhor clima (frio) da Bahia e o (calor) do afeto de sua gente feliz, onde Rozendo e eu vivemos a fase azul de nossa (quase distante rs rs juventude).

Também representaram nosso sodalício da Bahia (Academia de Cultura , singular e plural!) os diletos confrades: o médico Armênio Santos e o cineasta Beto Magno, ambos devidamente paramentados com a Beca Acadêmica.

Editado pela Gráfica e Editora JM do nosso confrade Marcos Medeiros,o livro Vida e Obra de Allan Kardec - que leva o nome do imortal divulgador do Evangelho Segundo o Espiritismo, agora é lido e divulgado a contento em Conquista e região.

De nossa parte, enquanto presidente da Academia de Cultura, ficamos felizes em testemunhar que os eventos que promovemos na Capital, também se espalham no interior, ajudando a descentralizar a educação e cultura.

Por sorte ( e por mérito, como costumar dizer nossa confreira Maribel Barreto, princesa de Jequié!)habemos Allan Kardec, seu exemplo de vida e fé, além do seu útil e necessário Museu a Céu Aberto localizado na mesma Vitória da Conquista ( que é uma redundância) e maravilha pra se viver.

Benjamin Batista 

Salvador,21.07.2024

Com nossas congratulações e agradecimentos ao imortal professor Durval Menezes,primus inter pares dos que fazem educação e cultura, naquela cidade do nosso coração.

Ah, Conquista, minha Conquista de açúcar!


* Benjamin Batista é Advogado e Presidente da Academia de Cultura da Bahia. 

sábado, 20 de julho de 2024

QUINTAIS IMAGINÁRIOS

 

Escultura: Tukurê e Solange Lessa 

Por Allan de Kard 

QUINTAIS IMAGINÁRIOS 

Perequeté me conduz num galope macio,    aos Quintais imaginários, ligados por um fio.            Tukurê em tuas Asas quero voar,  voar pra terras sem fim,   voar na imaginação, e encontrar um Coração.                   Que transborde sentimentos e emoção.    Por Labirintos infindos vou te encontrar,  Libertar todas as mentes da rotina opressora  Navegar nos oceanos infinitos, onde quero estar.  Despertar sentimentos, em aquarelas mil, e em águas calmas de encantos mil, também quero estar. Tukurê em tuas Asas vou voar, e pousar na cacimba pra água beber,  Água encantada da beira da estrada. Tukurê em tuas asas quero voar.

terça-feira, 9 de julho de 2024

ANTONIO OLAVO - UMA AULA DE CINEMA

 

Antonio Olavo 


Por Jorge Alfredo Guimarães 


ANTONIO OLAVO - UMA AULA DE CINEMA 


Hoje,segunda-feira, dia 8 de junho, ainda às 5 horas da matina, recebo a 3ª resposta de ANTONIO OLAVO às 3 perguntas que lhe fiz. Uma por dia. Sexta, sábado e domingo. Isso começou com a minha insistência que ele assim o fizesse, porque eu estou encantado com o filme dele que assisti na sala do Cinema do Museu, em Salvador, na avant-première. 


“1798 - Revolução dos Búzios” já está na sexta semana em cartaz. Quinta feira próxima é dia de mudar a programação nos cinemas e não sabemos se o filme continua ou não em cartaz. Ontem, domingo, na matinê do Cine Glauber Rocha 178 pessoas pagaram ingressos, estavam presentes e, ao final da sessão, aplaudiram de pé essa obra prima do cinema brasileiro.


Eu continuo a ter fé que esse  filme vai cumprir seu ideal; ANTONIO OLAVO conseguiu um grande feito com “1798 - Revolução dos Búzios”. 

Citando a professora Giselle Beiguelman, seu filme é como se fosse MEMÓRIA DA AMNÉSIA 


                 A ENTREVISTA 


- Olavo, eu como também sou um cineasta, sei das dificuldades em se colocar um filme no circuito comercial. Quando eu fui premiado em 2001 no Festival de Brasília, eu não entendia nada sobre esse mundo aí… Reconheço que o cinema nacional com o surgimento da Ancine, em 2002, 2003, encontrou muito apoio pra se lançar no mercado. E a gente recebia passagens e estadia quando éramos selecionados para festivais internacionais, etc. A produção nacional cresceu bastante com os editais, etc… No entanto, se no meu tempo quando nosso filme conseguia entrar no circuito comercial tínhamos pela menos na 1ª semana do lançamento o horário cheio nas salas onde nosso filme estava passando. E, assim, podíamos sentir como o filme estava sendo recebido pelo público alvo. Hoje em dia isso mudou. Me fale dessa sua experiência com “1798 - Revolta dos Búzios”?

 

 - Eu sempre produzi meus filmes, já são 19 documentários sendo 7 longas, e circulei em espaços culturais os mais distintos, inclusive já exibi em várias salas de cinema, na Bahia e em outros estados do Brasil, mas sempre com acesso livre, entrada gratuita. Aceitei a proposta da distribuidora Abará Filmes para colocar no circuito comercial o “1798 Revolta dos Búzios”, pensando principalmente que seria uma oportunidade maravilhosa de ampliar o trabalho que já desenvolvo há muitos anos de tornar nacionalmente conhecido esse movimento de 1798, um tema que pra mim é muito valioso e mobilizador. Então estar com o filme no Circuito Comercial, em 12 capitais do Brasil (Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Belém, Manaus, Recife, Maceió, São Luiz e Aracaju), sem dúvida é algo recompensador. Agora, tenho vivido essa experiência sabendo que é um desafio enorme pois estamos em um mercado dominando por forças poderosas que hegemonizam as salas de cinemas. Veja que o Brasil tem aproximadamente 3.500 salas e há duas semanas, “Divertidamente 2” uma mega produção da Disney,estreou ocupando nada menos que 2.800 delas, ou seja mais de 80% do total, e ainda na terceira semana de exibição se mantém com 2.220 salas. Imagine o que isso significa em termos de bilheteria para uma única produção estrangeira. Isso chega a ser cruel com a cultura de um país, pois é essência de um colonialismo cultural. Isso é ruim até para as grandes produções nacionais e temos o exemplo de “Grande Sertão”, o belo filme de Guel Arraes, que estreou em 360 salas e ao longo das semanas seguintes foi sendo engolido e agora, na 5ª semana, está em 7 salas de cinema. Então se para uma grande produção da Globo Filmes isso é ruim, imagine para as produções independentes como nosso “1798 Revolta dos Búzios”, que estreou há seis semanas em 15 salas e agora está resistindo bravamente em cinco delas, distribuídas em três capitais. Apesar disso tudo, tenho que sobretudo celebrar e comemorar, porque entendo que essas questões são estruturais e não são simples nem fáceis de serem equacionadas. Na Bahia, desde a estreia do nosso filme em 30 de maio, estamos com a 2ª bilheteria e isso sem a grande mídia para divulgar o filme, contando principalmente com o “Correio Nagô”, o poderoso boca-a-boca dos que assistem. E percebo que os exibidores, inclusive aqui na Bahia, poderiam colocar o filme em horários melhores, semana passada teve sessão única no dia às 13h30, horário difícil das pessoas assistirem, já teve também às 21h15, às 22h e é difícil o público chegar nesse horário, pois todos sabemos que são os menos frequentados. Por outro lado, o que mais tem me recompensado são as reações das pessoas com ofilme, que já foi aplaudido após a exibição em várias capitais (RJ, SP, BH, Brasília, Belém, Aracaju....). Em Salvador tem sido recorrente os aplausos e recebo todos os dias dezenas de manifestações de pessoas surpresas e emocionadas com a história. A gerente de um restaurante na Rua da Ajuda me disse que foi a primeira vez que esteve no cinema e vai voltar para assistir novamente, o dono da Banca do Rasta na Rua Chile disse que ficou emocionado em assistir e não sabia que trabalhava a 10 metros onde morava João de Deus, um dos mártires da Revolta, o senhor que vende cafezinho no edifício Braulio Xavier disse que fazia tempo a última vez que esteve no cinema, “...foi na época em que eu era gente.” Enfim.... não são poucos os relatos que recebo de pessoas que se emocionam com essa história encantadora e choram ao final do filme. Então isso é muito e fico eternamente grato. 

 


- Eu fiquei encantado com o jeito que você encontrou pra nos contar essa história, que como diz a música do filme, “o avô não contou pro seu pai e seu pai não lhe contou”. Em que livros de história você se baseou pra escrever o roteiro? Há 13 anos atrás você me presenteou com um calendário de parede lindíssimo, que conta a história do “1798-Revolta dos Búzios”.  Guardo esse calendário como se guarda uma obra de arte. Conte essa história pra gente, Olavo, por favor!

 

- Eu mergulhei muito a fundo na pesquisa para fazer esse filme. Foram 13 anos de trabalho e nesse período lancei o Calendário Revolta dos Búzios, com uma tiragem de 25 mil exemplares que foi distribuída nas escolas públicas e junto aos movimentos sociais. Contudo, considero que foi um tempo necessário para ter um pertencimento e poder fazer um filme com a segurança e serenidade que a encantadora história pedia. A Revolta dos Búzios é um tema complexo, multifacetado e ainda não totalmente conhecido. O filme inclusive fala sobre isso, em vários momentos ele apresenta os diversos “enigmas” que permeiam os acontecimentos e ainda não foram decifrados a contento. Durante séculos, com a impossibilidade do povo negro ter acesso às escolas, sua formação se dava, sobretudo pela oralidade, com os saberes sendo transmitidos de geração a geração, “de pai para filho” como se dizia. O Governo colonial, reprimindo e punindo os conspiradores e ainda declarando eles e seus descendentes como “infames para sempre” promoveu uma cruel política de silenciamento, buscando apagar a memória desse grandioso episódio. Como documentação do processo de 1798 restaram somente os “Autos da Devassa”, texto com mais de 2.000 páginas manuscritas no calor da hora com o desdobramento minucioso da investigação que se procedeu . Os "Autos..." cobrem um período de agosto/1798 a novembro/1799 e são transcrições de dezenas de sessões da Devassa, incluindo a íntegra dos longos depoimentos de mais de 70 pessoas envolvidas na conspiração. Essa documentação é a principal fonte primária sobre o episódio e, além de um documento volumoso e desordenado, é um texto absolutamente parcial, escrito por homens que integravam o aparelho de repressão do Estado colonial, comprometidos a priori com a condenação dos conspiradores. Esse material precisou ser lido e analisado com cuidado e muitas vezes trouxe respostas para questões intrigantes nas entrelinhas e omissões do seu texto. Foi uma documentação lida “a contrapelo”, como diria o filósofo alemão Walter Benjamin. O grande desafio que vivi foi transformar esse farto e complexo escrito em um roteiro cinematográfico que contasse de forma atrativa e dinâmica essa história. É nessa busca que surge a ideia de introduzir, logo na abertura do filme, um rapper apresentando essas indagações ancestrais: 

 

“Que história é essa que meu pai não me contou?

Que história é essa?

Que história é essa?

Meu avõ não contou para o meu pai

E meu pai, também não me contou

Que história é essa?

Que história é essa?”

 

Fizemos essas filmagens durante uma madrugada pelas ruas do Centro Histórico de Salvador, ruas que foram palco da conspiração de 1798. Então logo após essa espécie de “prólogo” eu começo a narração do filme, que fiz de forma linear, cronológica, sequencial... e ela começa em 12 de agosto de 1798, quando surgem pelas ruas os “papéis revolucionários” e segue numa linha do tempo apresentando os principais fatos até o 8 de novembro de 1799, dia em que ocorre o enforcamento dos quatro mártires na Praça da Piedade, em Salvador. 


- eu gostaria que você falasse sobre a equipe técnica e sobre o elenco. Quase nada se falou na imprensa sobre suas sábias opções. A fotografia, a música, os atores… Tudo de primeira grandeza!!!

 

- O filme captou apenas R$ 300.000 no Edital 2014 do IRDEB, então sob a gestão de José Araripe, mas que teve seu início na gestão anterior de Pola Ribeiro. Pra conseguir levar adiante essa produção, com tão poucos recursos, me restou buscar a cumplicidade de amigos e parceiros e isso encontrei. Na produção com Raimundo Bujão, Josias Santos, Daiane Rosárioe Leda Sacramento, que trabalharam em períodos diferentes; nas filmagens com a Direção de Fotografia de Antonio Luiz Mendes, um dos maiores fotógrafos do Brasil, que infelizmente nos deixou vitimado pela covid na pandemia, ainda sem vacina. Antonio Luiz já era um parceiro antigo, conhecia ele desde 1975 com “D. Flor e seus Dois Maridos” onde foi Assistente de Fotografia e eu Assistente de Produção, depois trabalhamos em 1977 no curta “Diga Ai, Bahia” ele já como Diretor de Fotografia e eu ainda Assistente de Produção. Quando comecei a dirigir meus filmes o chamei para vários: “A Cor do Trabalho” (2014), “Travessias Negras” (2018) e “1798 Revolta dos Búzios”. Conversei muito com ele buscando explicar o clima e a luz que eu queria no filme... as sombras, os detalhes semiocultos, a penumbra, as silhuetas, os planos fechados, os reflexos... enfim tudo que fortalecesse o sentido de algo secreto, clandestino, conspirativo, noturno...gestado nos subterrâneos de uma cidade negra no final do século XVIII. Deveríamos evitar todo e qualquer elemento contemporâneo. Fizemos todas as locações no Centro Histórico de Salvador, palco dos acontecimentos insurgentes de 1798, com as imagens captadas durante a madrugada e ao amanhecer. Também utilizamos bastante imagens subjetivas com detalhes de elementos da cultura negra, criando um jogo de simbologias aderentes. Tudo isso mediado por uma narração em off quase confessional, discreta, “para dentro”, típica das falas proibidas, clandestinas, feita pelo grande ator Rui Manthur. Trabalhamos também com admiráveis atores/atrizes que atuaram como narradores adicionais. Veja que time: Luciana Souza, Valdinéia Soriano, Jorge Washington, Sérgio Laurentino, Fábio Santana, Lázaro Machado, Rui Manthur, Renan Motta, Ridson Reis, Jean Pedro, Edy Firenzza .... aDireção de Arte foi do talentoso Raimundo Laranjeirae utilizamos várias linguagens na busca de contar a história de forma dinâmica, bonita e atraente. Esse episódio ocorrido em 1798, não foi merecedor de uma única peça iconográfica sequer. A fotografia não existia ainda (surge em 1839) e não houve nenhum desenho, nenhuma pintura... então utilizamos ilustrações e animações com cenas cotidianas produzidas por artistas estrangeiros que visitaram a cidade na época e Raimundo foi brilhante nisso.Criamos também ilustrações temáticas alusivas aos personagens e suas ações na conspiração, com base nas descrições registradas nos “Autos da Devassa" e essa criação ficou com Cau Gomez, um grande ilustrador. Utilizamos uma trilha sonora original maravilhosa e envolvente de autoria de Maurício Lourenço. Pedro Garcia fez o Som Direto e Eduardo Ayrosa fez a pós-produção de Áudio. Mas a história que estava sendo contada é muito densa e eu precisava de respiros e por isso busquei intercalar blocos do filme com vinhetas instrumentais executadas por músicos de alto nível como Mário Soares, Ivan Sacerdote, Tota Portela, Teca Gondim...tivemos algumas participações especiais como a de Mateus Aleluia, que declamou o poema “Liberdade e Igualdade”, que é considerado por alguns historiadores como o hino do movimento; outra participação marcante é a do Mestre Cobra Mansa, referência na capoeira do Brasil, com sua voz poderosa no chamamento à cumplicidade dos conspiradores. Já na abertura temos uma grata surpresa com o rapper Diego 157 subindo a Ladeira do Tabuão durante uma madrugada bradando alto“Que história é essa...que história é essa que meu pai não me contou...”. Contamos também com o pessoalda dança, Inah Irenam, Bruno de Jesus e Fred Lopes que fizeram performances de um pertencimento ímpar. Usamos as estampas de Goya Lopes, designer internacional. E ainda três importantes personagens cantando pontos de Candomblé de diferentes nações: Raimundo Konmannanjy (Bantu), Beroso (Jeje Mahi) e Jorjão Bafafé (Ketu). Outro momento forte é a referência a participação das mulheres na conspiração, ilustrada sonoramente com pela bela voz de Jurema Paes, cantando um trecho da linda música de Tiganá Santana. Ressalto que todos os atores/atrizes, bem como os músicos não ganharam nada para participar, fizeram por amor.... então o filme é delas e deles, principalmente. A montagem é de Raimundo Laranjeira, Thiago Lisboae minha. Não posso deixar de citar o final do filme com a grande atriz Valdinéia Soriano, declamando em off, emocionada, um poema manifesto de minha autoria, que transborda as emoções de dois séculos de luta do povo negro do Brasil por uma sociedade justa sem preconceito racial.